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Editorial

- Publicada em 01 de Março de 2021 às 03:00

Brasil tem que produzir insumos para a vacina

Em um momento no qual as restrições em capitais e cidades do Brasil afora são as maiores já vistas desde o início da pandemia, com 15 estados com sistemas hospitalares perto do colapso, a esperança de milhões é a vacina. Mas ela chega, literalmente, em doses ou em insumos, seja da Europa ou da China.
Em um momento no qual as restrições em capitais e cidades do Brasil afora são as maiores já vistas desde o início da pandemia, com 15 estados com sistemas hospitalares perto do colapso, a esperança de milhões é a vacina. Mas ela chega, literalmente, em doses ou em insumos, seja da Europa ou da China.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI), em parceria com estados e municípios, busca os idosos como os preferidos na vacinação. Contudo, a lentidão tem sido grande. Depois de brigas virtuais por conta de qual seria a melhor vacina, envolvendo o Palácio do Planalto, o Ministério da Saúde e governadores, eis que se chega à conclusão de que o Brasil poderia ter fabricado sua própria vacina para combater a Síndrome Respiratória Aguda Grave, a Covid-19. O País tem duas instituições que produzem os mais diversos tipos de imunizantes, inclusive fornecendo para países da África.
Uma é o Complexo Tecnológico de Vacinas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, a Bio-Manguinhos/Fiocruz, que garante a autossuficiência em vacinas essenciais para o calendário básico de imunização do Ministério da Saúde. Está voltado à produção de vacinas para moléstias e infecções como febre amarela, Haemophilus influenzae tipo B (Hib), meningite A e C, pneumocócica 10-valente, poliomielite oral (VOP), poliomielite inativada (VIP), rotavírus humano, tríplice viral e tetravalente viral.
O Bio-Manguinhos é reconhecido internacionalmente como fabricante da vacina da febre amarela, a antiamarílica. As preparações vacinais são obtidas em seus laboratórios, desde 1937. Acordo de transferência tecnológica entre Biomanguinhos e a empresa GlaxoSmithKline, em outubro de 2003, resultou na produção da vacina contra sarampo, caxumba e rubéola, chamada Tríplice Viral, até então o único imunobiológico presente no calendário básico de vacinação ainda importado pelo Ministério da Saúde.
Também produz a imunização contra a varicela, a catapora, além de sarampo, caxumba e rubéola, já contempladas na Tríplice Viral. Outra referência em vacinas no Brasil é o Instituto Butantan, produzindo, desde 1901, imunizantes contra vírus e bactérias, gerando produtos de qualidade, segurança e eficácia, com oito tipos de vacinas fornecidas ao Ministério da Saúde.
Em razão da pandemia, o Brasil precisa de mais doses de vacinas contra a Covid do que nenhuma outra vacina na história para imunizar as pessoas e alcançar a imunidade coletiva. As restrições nos estados ajudam a segurar a propagação do coronavírus, mas a vacina imuniza as pessoas, em quase 100%. É preciso uma ação federal urgente neste sentido.
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