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Editorial

- Publicada em 28 de Janeiro de 2021 às 03:00

Volta de restrições pode prejudicar retomada econômica

Estamos há quase um ano sofrendo as consequências da pandemia do coronavírus, mas um debate sem fim continua, sem vencidos nem vencedores, com opiniões divergentes semana após semana. Para alguns nichos da sociedade, bloquear atividades é um erro, enquanto, para outros, é o mais correto quando tantas mortes continuam sendo registradas no País.
Estamos há quase um ano sofrendo as consequências da pandemia do coronavírus, mas um debate sem fim continua, sem vencidos nem vencedores, com opiniões divergentes semana após semana. Para alguns nichos da sociedade, bloquear atividades é um erro, enquanto, para outros, é o mais correto quando tantas mortes continuam sendo registradas no País.
Como as gerações atuais não vivenciaram uma pandemia, salvo poucas pessoas ainda vivas e que passaram pela pandemia da Gripe Espanhola, a Influenza, em 1918, é difícil referenciar ou apoiar quem tem razão ou não. Mas, o certo é que as recomendações básicas para evitar o contágio continuam.
Há dias, o Banco Central manteve a taxa de juros em 2% ao ano, decisão não aceita por muitos, por conta da alta inflação. No mesmo viés, o fechamento de atividades e o toque de recolher em cidades são atitudes consideradas prejudiciais à retomada do crescimento econômico, que estava se verificando neste início de 2021.
O aumento nas restrições de funcionamento do comércio em São Paulo reforçava o viés de baixa para o Produto Interno Bruto (PIB) no início de 2021. Analistas econômico-financeiros afirmam que não é possível descartar uma nova recessão, com queda do PIB no primeiro e no segundo trimestres do ano.
O mercado financeiro estima crescimento de 2,50% do PIB no quarto trimestre de 2020, ante o terceiro trimestre. Já a mediana para o primeiro trimestre de 2021 é de alta de apenas 0,05%.
Por trás do pessimismo com a retomada está o entendimento de parte do mercado de que a vacinação vai mal no Brasil. A contagem atual é de pouco mais de 1 milhão pessoas vacinadas no País contra a Covid-19, muito pouco, considerando as cerca de 150 milhões de pessoas, ou 70% da população, que precisam ser imunizadas, conforme a versão mais recente do Plano Nacional de Imunização.
Se o PIB de fato recuar neste início de 2021, o movimento jogará por terra a retomada em V anunciada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ficando mais próxima de uma retomada em W. É que, neste caso, após crescer no segundo semestre de 2020, a economia voltaria a recuar no primeiro semestre deste ano para, depois, retomar a recuperação.
Mesmo com a perspectiva de que a Covid-19 possa frear novamente a atividade econômica, os dirigentes do Banco Central deixaram antever que a taxa básica de juros pode aumentar nos próximos meses. Isso porque a inflação segue em aceleração, puxada pelos alimentos e combustíveis. Seria uma medida acertada - a aguardar.
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