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Editorial

- Publicada em 10 de Novembro de 2020 às 03:00

Pandemia e economia são desafios para Joe Biden

Indiferentemente das apelações judiciais prometidas pelo rival republicano Donald Trump, o democrata Joe Biden foi cumprimentado por líderes globais como vencedor. A euforia chegou ao mercado, com as bolsas subindo e o dólar caindo. Neste ponto, contribuiu ainda a informação de que uma vacina da Pfizer tem 90% de sucesso e poderá combater a pandemia, que já matou milhões, com os Estados Unidos (EUA) à frente da mortalidade.
Indiferentemente das apelações judiciais prometidas pelo rival republicano Donald Trump, o democrata Joe Biden foi cumprimentado por líderes globais como vencedor. A euforia chegou ao mercado, com as bolsas subindo e o dólar caindo. Neste ponto, contribuiu ainda a informação de que uma vacina da Pfizer tem 90% de sucesso e poderá combater a pandemia, que já matou milhões, com os Estados Unidos (EUA) à frente da mortalidade.
A presença na chapa de Kamala Harris, senadora democrata pela Califórnia, incentivou a vitória de Biden, num ano marcado por protestos contra mortes de negros. Será a primeira vice-presidente mulher e negra dos Estados Unidos.
Mesmo aconselhado por auxiliares a reconhecer a vitória de Biden, Trump continua disparando críticas contra o voto via postal, taxando-o de ser facilmente fraudado, mas sem comprovar, criticando os democratas e as pesquisas, que seriam corruptos e erradas, respectivamente. Nisso, foi contestado até por correligionários e a participação recorde de eleitores - lá, o voto é facultativo.
O pleito tensionado expôs um sistema eleitoral com escolha indireta de delegados em Colégio Eleitoral, que dá pesos diferentes aos votos dos cidadãos, dependendo da população de cada estado. É um modelo criado no século XVIII para evitar a sub-representação dos estados.
Chamado de negacionista por Joe Biden, Donald Trump negligenciou o quanto pode a pandemia da Covid-19. Porém, na economia, o atual presidente saiu-se bem, reativando setores que demitiram muito. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 33,1% no terceiro trimestre, alta recorde em relação aos três meses anteriores. No segundo trimestre, a economia americana havia encolhido 31,4%, na maior queda desde a crise de 1929.
Porém, Trump sairá do poder na contramão do seu discurso triunfalista. Nos últimos cem anos, ele é apenas o quinto presidente a não se reeleger. Para o presidente Jair Bolsonaro, que torce ainda por uma vitória de Trump, restará o cumprimento protocolar ao novo presidente - mas somente no fim das brigas judiciais, segundo ele - para reafirmar os laços que unem Brasil e Estados Unidos. Da mesma forma, é preciso colocar o Itamaraty em posição de liderança na aproximação com os Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás da China.
Não será uma tarefa simples, mas é fundamental para equilibrar os interesses nossos e do novo presidente. Espera-se que consiga desanuviar o ambiente, acalmando a questão ambiental no Brasil, criticada por Biden. Se conseguir, será bom para o nosso País.
 
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