Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Editorial

- Publicada em 30 de Outubro de 2020 às 14:22

Rivalidade econômica acirrada entre EUA e a China

Para os americanos que cresceram em um mundo em que os EUA eram o número um – e isso seria desde 1870 – a ideia de que a China pode derrubar os EUA como maior economia é impensável. Muitos americanos imaginam que a primazia econômica é direito inalienável, a ponto de se tornar parte de sua identidade nacional. A menos que os EUA se redefinam para se contentar com algo menos do que ser o número um, americanos cada vez mais acharão que a ascensão da China é perturbadora e intimidadora.
Para os americanos que cresceram em um mundo em que os EUA eram o número um – e isso seria desde 1870 – a ideia de que a China pode derrubar os EUA como maior economia é impensável. Muitos americanos imaginam que a primazia econômica é direito inalienável, a ponto de se tornar parte de sua identidade nacional. A menos que os EUA se redefinam para se contentar com algo menos do que ser o número um, americanos cada vez mais acharão que a ascensão da China é perturbadora e intimidadora.
Estamos vendo uma mudança tectônica do poder internacional. A participação dos EUA no PIB global diminuiu de metade em 1950 para um quarto no fim da Guerra Fria em 1991. Hoje é um sétimo e está em trajetória para ser um décimo em meados do século 21. Em 1991, a China mal aparecia em qualquer tabela de participação. Desde então, disparou para ultrapassar os EUA em PIB em Paridade de Poder de Compra (PPC), medida que a Agência Central de Inteligência (CIA) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) consideram como melhor parâmetro para comparar economias. O impacto dessa mudança é sentido não só entre EUA e China, mas entre eles e seus vizinhos.
Quando em 2001 a China entrou na Organização Mundial do Comércio (OMC), o principal parceiro comercial de cada grande nação asiática eram os EUA. Hoje, o parceiro comercial predominante é a China. Dito isso, seria prematuro excluir os EUA.
Para o Brasil, importa é manter as melhores relações comerciais com ambos os países, pois as exportações com destino tanto para a China - que comprou do Brasil 7,25 milhões de toneladas de soja no último setembro, contra 4,79 milhões de toneladas no mesmo mês de 2019, ou seja, mais 51% - quanto para os Estados Unidos têm sido de razoáveis a boas.
Como é sabido desde décadas, em princípio entre países existem negócios, não amizades, cada um buscando seu lado de interesse, mesmo que, aqui e ali, sejam necessárias concessões para evitar retaliações, como têm ocorrido justamente entre Pequim e Washington nos últimos anos.
O melhor seria se produtos com valor agregado tivessem maior participação nas exportações, no comércio internacional brasileiro, o que ainda está um pouco longe. Enquanto isso, nossos produtos agropecuários e minerais têm mostrado pujança boa nas vendas externas. Bom mesmo é que o saldo comercial de 2020 continua com previsão de formidáveis US$ 54 bilhões, um pouco mais ou menos. Neste final de ano, o fundamental é melhorar as perspectivas econômicas e, muito mais, fiscais para 2021.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO