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Energia

- Publicada em 19 de Maio de 2022 às 18:05

Conversora de energia em Garruchos receberá R$ 950 milhões em investimentos

Empreendimento é administrado pela empresa Enel Cien

Empreendimento é administrado pela empresa Enel Cien


divulgação Enel Cien
Jefferson Klein
Com a função de permitir a troca de energia entre o Brasil e a Argentina, a conversora localizada no município gaúcho de Garruchos e dividida em duas instalações (Garabi 1 e 2) está prestes a ser revitalizada. De acordo com estimativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a modernização do complexo, que envolve ainda uma estrutura de linhas de transmissão que vão até Santo Ângelo e Itá, absorverá um investimento de aproximadamente R$ 950 milhões.
Com a função de permitir a troca de energia entre o Brasil e a Argentina, a conversora localizada no município gaúcho de Garruchos e dividida em duas instalações (Garabi 1 e 2) está prestes a ser revitalizada. De acordo com estimativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a modernização do complexo, que envolve ainda uma estrutura de linhas de transmissão que vão até Santo Ângelo e Itá, absorverá um investimento de aproximadamente R$ 950 milhões.
Atualmente, a conversora, inaugurada em 2000, é administrada pela empresa Enel Cien. No entanto, o ativo faz parte do lote 5 do leilão de empreendimentos do setor elétrico que está marcado para 16 de dezembro na sede da B3, em São Paulo. Segundo a Aneel, no caso da unidade no Rio Grande do Sul, o objetivo do certame é garantir a continuidade da interligação internacional com a Argentina. A consulta pública que abrange o lote 5, para sugestões da sociedade, foi aberta em maio e se estende até 27 de junho.
O órgão regulador esclarece que assumirá a concessão da conversora o vencedor da licitação e a Enel Cien, atual gestora do complexo, pode participar do certame. Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio, a companhia não informou se pretende concorrer na disputa. Sairá ganhador quem oferecer a menor Receita Anual Permitida (RAP), ou seja, quem cobrar menos pelos serviços prestados.
Entre os aprimoramentos da estrutura, que deverão ser feitos no espaço de 60 meses após a assinatura de contrato com a concessionária, estão a modernização de sistemas de proteção, controle, supervisão e telecomunicação do empreendimento. A capacidade da planta em Garruchos, somadas as unidades Garabi 1 e 2, é de 2,2 mil MW, o que poderia atender a mais da metade da demanda elétrica média de um estado como o Rio Grande do Sul.
O uso de uma conversora para a importação ou exportação de energia entre Brasil e Argentina é necessário porque o sistema elétrico argentino trabalha com uma frequência de 50 hertz e o brasileiro com 60 hertz. O presidente do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Guilherme Sari, argumenta que o intercâmbio energético possibilita um maior conforto e segurança para o sistema elétrico das duas nações.
O dirigente ressalta que a possibilidade de conexão entre os países do Mercosul é uma oportunidade que se abre para o desenvolvimento de novos empreendimentos de energia, principalmente, os de fontes renováveis que são destaques dentro do conceito de transição energética global. Sari reforça também que há complementariedade entre os consumos de energia da Argentina e do Brasil.
Enquanto na nação vizinha a maior demanda energética é verificada no inverno, com o gás natural sendo muito utilizado para o aquecimento de residências e estabelecimentos comerciais, os brasileiros registram seus picos de consumo no verão, com o maior uso de aparelhos de ar-condicionado. Ou seja, normalmente no período em que há mais oferta de energia em um dos países o outro está com sua demanda mais elevada. “Hoje em dia estamos em um mercado globalizado, faz mais sentido unir os processos do que encarecer a produção de energia”, conclui o presidente do Sindienergia-RS.
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