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Logística

- Publicada em 18 de Maio de 2022 às 17:50

Aeroporto Salgado Filho começa a operar com pista ampliada nesta quinta-feira

Expansão é resultado de investimento de R$ 135 milhões

Expansão é resultado de investimento de R$ 135 milhões


Ricardo Botelho/Minfra/Divulgação/JC
Jefferson Klein
Uma antiga reivindicação do setor logístico do Rio Grande do Sul virou uma realidade. A partir das 5h15min desta quinta-feira (19), a pista do aeroporto Salgado Filho de Porto Alegre estará operando com a sua nova extensão. A estrutura foi ampliada em 920 metros, atingindo agora um comprimento total de 3,2 mil metros, o que permitirá que aviões de maior porte e autonomia utilizem o complexo na capital gaúcha, favorecendo o transporte de cargas e a segurança das atividades.
Uma antiga reivindicação do setor logístico do Rio Grande do Sul virou uma realidade. A partir das 5h15min desta quinta-feira (19), a pista do aeroporto Salgado Filho de Porto Alegre estará operando com a sua nova extensão. A estrutura foi ampliada em 920 metros, atingindo agora um comprimento total de 3,2 mil metros, o que permitirá que aviões de maior porte e autonomia utilizem o complexo na capital gaúcha, favorecendo o transporte de cargas e a segurança das atividades.
As obras nessa iniciativa da concessionária Fraport Brasil absorveram um aporte de R$ 135 milhões. Os trabalhos começaram em 2019 e fazem parte das contrapartidas previstas no leilão do aeroporto vencido pela empresa em 2017 e que prevê um investimento total de, pelo menos, R$ 1,9 bilhão no Salgado Filho. A expansão da pista, inicialmente, estava prevista para ser concluída ainda em 2021, no entanto questões como a retirada de famílias que viviam no entorno do local e a pandemia de coronavírus atrapalharam o cronograma.
Em abril deste ano, a Fraport Brasil recebeu a formalização da homologação dos equipamentos de auxílio aos pousos e decolagens para operar com a pista ampliada, entre os quais o Instrument Landing System (ILS – sistema de pouso por instrumento). Depois disso, a empresa teve que esperar 30 dias para a realização da publicidade oficial das novas cartas de procedimentos para utilização da pista estendida emitidas pelo Instituto Cartográfico da Aeronáutica (ICA) e trabalhou nas adequações das sinalizações horizontais e luminosas de eixo e borda da estrutura.
Nesse meio tempo, no começo de maio, a pista do Salgado Filho foi vistoriada pelo ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio. Durante a sua inspeção, o dirigente ressaltou que os investimentos feitos melhoram a eficiência dos serviços e integram a capital gaúcha com o mercado externo, gerando oportunidades de negócios, emprego e renda para toda a região. “A nossa expectativa é que tenha um aumento significativo de voos cargueiros e internacionais”, afirma Sampaio.
Ele acrescenta que a expectativa é que a expansão da pista e o novo Terminal de Cargas Internacional (Teca) do aeroporto, pronto em 2021, impliquem crescimento nas operações de importação e exportação a partir do Salgado Filho, saindo de 35 mil toneladas para 100 mil toneladas ao ano. O Teca, que tem área total de cerca de 10,5 mil metros quadrados, é resultado de um investimento de aproximadamente R$ 50 milhões e conta com armazéns, inclusive para cargas perigosas, câmaras frigoríficas, docas, espaço para espera de caminhões e estacionamentos, entre outras funcionalidades.
O presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, Paulo Menzel, ressalta que a ampliação da pista e o aprimoramento do Salgado Filho eram uma reivindicação de décadas no Rio Grande do Sul. Para ele, a obra reforça que há papéis que precisam ser exercidos pela iniciativa privada, devido a uma maior eficiência e rapidez, e não pelo poder público.
Porém, Menzel argumenta que a expansão da estrutura não significa, automaticamente, que mais companhias aéreas irão optar pelo Salgado Filho para fazer suas operações. “Agora é um trabalho da Fraport de desenvolver rotas na medida que houver carga disponível”, diz o presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura. Ele frisa que diversos itens, como insumos das cadeias de eletroeletrônica, tecnologia, calçadista, entre outras, podem aproveitar o transporte aéreo como opção.
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