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Conjuntura

- Publicada em 10 de Maio de 2022 às 09:50

Sinalização sobre Selic reforça postura de cautela com incertezas, diz BC em ata

O BC admitiu que houve uma "deterioração marginal" da inflação no País

O BC admitiu que houve uma "deterioração marginal" da inflação no País


MARCELLO CASAL JR/ABR/JC
O Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC) avaliou, por meio da ata divulgada nesta terça-feira (10), de seu último encontro, que a sinalização de uma "provável" nova alta da Selic (a taxa básica de juros) - em menor magnitude - na reunião de junho reforça a postura de cautela do colegiado diante das incertezas do cenário. Na semana passada, o Copom elevou a Selic em 1,00 ponto porcentual, de 11,75% para 12,75% ao ano, a décima alta consecutiva.
O Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC) avaliou, por meio da ata divulgada nesta terça-feira (10), de seu último encontro, que a sinalização de uma "provável" nova alta da Selic (a taxa básica de juros) - em menor magnitude - na reunião de junho reforça a postura de cautela do colegiado diante das incertezas do cenário. Na semana passada, o Copom elevou a Selic em 1,00 ponto porcentual, de 11,75% para 12,75% ao ano, a décima alta consecutiva.
"Tal estratégia foi considerada a mais adequada para garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante, assim como a ancoragem das expectativas de prazos mais longos, ao mesmo tempo que reflete o aperto monetário já empreendido, reforça a postura de cautela da política monetária e ressalta a incerteza do cenário", argumentou o BC.
Apesar de destacar que o ciclo atual de aperto monetário foi "bastante intenso e tempestivo", o Copom reconheceu que, devido à defasagem da política monetária, "ainda não se observa grande parte do efeito contracionista esperado bem como seu impacto sobre a inflação corrente".
Desde o início do processo de aperto monetário, a Selic já subiu 10,75 pontos porcentuais, a alta mais forte desde 1999.
O BC também admitiu que houve uma "deterioração marginal" tanto da inflação de curto prazo - com surpresas mensais para cima - quanto nas projeções mais longas. O Copom repetiu que o cenário segue cercado de incerteza e volatilidade acima do usual.

Projeções para inflação

A ata do último encontro do Copom indicou que a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2022 no cenário de referência está em 7,3%. Este cenário pressupõe a taxa de juros variando conforme a pesquisa Focus e o câmbio partindo de R$ 4,95 e evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC). Além disso, a premissa é que o barril de petróleo segue a curva futura de mercado, termina 2022 em US$ 100 no fim do ano e sobe a 2% ao ano na sequência. Para 2023, a projeção para o IPCA está em 3,4%.
Essas estimativas já constaram no comunicado da semana passada, quando o Copom aumentou a Selic.
A projeção para 2022 continua a indicar um novo descumprimento do mandato principal do BC este ano, considerando que está muito acima do teto da meta (5,00%). Para 2023, a estimativa do BC está um pouco superior ao alvo central (3,25%), que tem margem entre 1,75% e 4,75%.
No documento, o BC ainda indicou que "antevê como provável uma extensão do ciclo com um ajuste de menor magnitude", em relação à próxima reunião, em junho, embora tenha pregado cautela diante da incerteza elevada e do estágio avançado do ciclo.
Na ata da reunião anterior, em março, as projeções de inflação no cenário que considerava juros do Focus, câmbio PPC e petróleo a US$ 100 no fim do ano eram de 6,3% para 2022 e 3,1% para 2023. Esse cenário foi nomeado de alternativo na reunião de março.
Agência Estado
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