Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Combustíveis

- Publicada em 28 de Abril de 2022 às 18:26

Gás de cozinha sobe 10,5% no Rio Grande do Sul desde o começo do ano

Segundo a ANP, botijão de 13 quilos registra custo médio de R$ 112,96

Segundo a ANP, botijão de 13 quilos registra custo médio de R$ 112,96


SILVIO WILLIAMS/ARQUIVO/JC
Jefferson Klein
Conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Rio Grande do Sul o botijão de 13 quilos de gás de cozinha passou de um custo médio de R$ 102,10, em janeiro, para R$ 112,96, em levantamento feito no período de 17 a 23 da abril, o que representa um aumento de cerca de 10,5%. Apesar do impacto no bolso dos gaúchos, o valor é menor do que a média nacional (R$ 113,24) e do que o restante da Região Sul (R$ 114,49, no Paraná, e R$ 122,18, em Santa Catarina).
Conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Rio Grande do Sul o botijão de 13 quilos de gás de cozinha passou de um custo médio de R$ 102,10, em janeiro, para R$ 112,96, em levantamento feito no período de 17 a 23 da abril, o que representa um aumento de cerca de 10,5%. Apesar do impacto no bolso dos gaúchos, o valor é menor do que a média nacional (R$ 113,24) e do que o restante da Região Sul (R$ 114,49, no Paraná, e R$ 122,18, em Santa Catarina).
Ainda relativo ao intervalo de 17 a 23 da abril, em 36 municípios do Estado pesquisados pela ANP, o preço médio mais baixo pelo botijão de gás liquefeito de petróleo (GLP) constatado foi em São Leopoldo (R$ 103,25) e o mais elevado em Santo Ângelo (R$ 129,00). Já Porto Alegre registrou o valor de R$ 115,49. Entre os 26 estados do País, mais o Distrito Federal, o Rio Grande do Sul é o 9º em relação aos preços médios mais baixos, sendo superado por Rio de Janeiro (onde o GLP é o mais barato no Brasil, R$ 100,75), Bahia, Distrito Federal, Goiás, Sergipe, Alagoas, Mato Grosso do Sul e São Paulo. O custo médio mais alto foi averiguado em Mato Grosso (R$ 134,22), seguido de Rondônia (R$ 132,66).
Sobre as perspectivas do que acontecerá para o restante do ano quanto a preços, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello, comenta que é difícil apontar com precisão. “A tendência, talvez seja mais torcida, é a acomodação dos custos devido ao fim do inverno no hemisfério Norte (o que faz com que aquela região use menos volume de combustíveis fósseis, amenizando a pressão da demanda). Mas baixar, eu não vejo esse cenário”, afirma o dirigente. Ele lembra que a questão também dependerá de fatores cambiais e inflacionários do Brasil.
Mello reforça que o GLP, apesar dos aumentos, continua sendo competitivo em relação a outros combustíveis concorrentes, como o gás natural. Porém, o maior receio é que, com um valor muito elevado, a população de baixa renda acabe sendo obrigada a migrar para opções como a queima de madeira para cozinhar os alimentos. O presidente do Sindigás vê como alternativa de curto prazo para mitigar essa situação a adoção de programas sociais para as camadas da sociedade menos favorecidas e a revisão da carga tributária do botijão.
Já o presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral no Estado do Rio Grande do Sul (Singasul), Ronaldo Tonet, frisa que o aumento do GLP, que acontece principalmente através do produtor (refinarias), acaba dificultando a operação dos revendedores. “Nós somos o último elo da cadeia, pequenas empresas, a maioria delas familiares, atuamos com as nossas contas no limite e qualquer reajuste temos que repassar”, argumenta o dirigente. Ele informa que, hoje, são cerca de 4,6 mil companhias dessa natureza atuando no Rio Grande do Sul.
Tonet enfatiza que a margem dos revendedores é muito apertada. Nesse sentido, de acordo com dados da ANP, em março o custo do botijão de 13 quilos ao consumidor final no Rio Grande do Sul era de R$ 108,93, sendo R$ 56,63 desse total constituído pelo preço do produtor e R$ 26,95 pela margem bruta de revenda (o restante do valor era formado por tributos e distribuição). O presidente do Singasul chama a atenção que, devido ao incremento dos custos do GLP, alguns consumidores acabam optando por comprar vasilhames menores, que são, por unidade, mais baratos (no Brasil, abaixo dos 13 quilos, existe oferta de cinco, sete, oito e dez quilos, todos eles intercambiáveis, ou seja, pode se trocar um de maior volume por outro menor e vice-versa). No entanto, o dirigente adverte que quem decide adquirir uma embalagem menor pagará mais por quilo de GLP. Algo semelhante ao que ocorre normalmente quando alguém compra um saco de arroz de um quilo ao invés de cinco quilos.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO