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MERCADO IMOBILIÁRIO

- Publicada em 28 de Abril de 2022 às 17:16

Melnick adquire em leilão área do antigo Hospital Álvaro Alvim por R$ 17,5 milhões

Prédio, abandonado há dois anos, vinha sofrendo ação de vândalos nos últimos meses

Prédio, abandonado há dois anos, vinha sofrendo ação de vândalos nos últimos meses


FREDY VIEIRA/JC
Fernanda Crancio
Abandonado há dois anos e alvo de saques nos últimos meses, o prédio onde funcionava o antigo Hospital Álvaro Alvim, no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, foi adquirido em leilão pela construtora e incorporadora Melnick.
Abandonado há dois anos e alvo de saques nos últimos meses, o prédio onde funcionava o antigo Hospital Álvaro Alvim, no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, foi adquirido em leilão pela construtora e incorporadora Melnick.
A empresa foi a única interessada no certame, realizado nesta quarta-feira (27), e arrematou o imóvel por R$ 17,5 milhões, R$ 500 mil a mais do que o lance mínimo definido pela Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SPU) do Ministério da Economia, que desde 2010 respondia pela área. Os empreendedores não informam quais os planos têm para a estrutura do prédio.
Com 13 mil metros quadrados de área construída, o terreno está situado em uma parte nobre da Capital, e deverá ser utilizado em projeto imobiliário da construtora. Segundo a empresa, a partir de agora será iniciado um processo de análise do local, para avaliação das possibilidades de uso futuro.
Em março, o primeiro chamamento de leilão para venda da área não recebeu nenhuma oferta e acabou remarcado. Na ocasião, o valor alto proposto pela União - R$ 23 milhões- foi apontado como causa do desinteresse no certame. Um novo edital, então, foi apresentado com lance mínimo de R$ 17 milhões, uma redução de 25% sobre o valor de avaliação do imóvel.
De acordo com o Ministério, vários fatores foram considerados para a decisão de baixar o valor do imóvel para a negociação. Entre eles, o fato de a área ter permanecido por 10 anos com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), e com utilização de apenas cerca de 10% de sua disponibilidade total de área; o desinteresse público em desenvolver políticas voltadas ao imóvel, seja na área da saúde ou em outro segmento; e os gastos da União com a manutenção do imóvel, avaliados em cerca de R$ 600 mil por ano.
O local, que prestava atendimento a pacientes com dependência química, foi desativado pelo HCPA no início da pandemia e desde então estava abandonado. Antes foi de propriedade da Ulbra, que mantinha o hospital e funcionamento.
Há cerca de dez dias, por mobilização de moradores do entorno, a prefeitura de Porto Alegre chegou a montar uma força-tarefa para reforçar a segurança na área, após relatos de ação diária de vândalos.
Nesta quinta-feira (28), equipes da prefeitura trabalhavam na limpeza e manutenção da entrada lateral do prédio, localizada na Travessa Desembargador Vieira Pires, onde uma contenção será construída para impedir o acesso de populares. A entrada principal do imóvel, na rua Professor Álvaro Alvim, segue fechada, e possui uma guarita com vigilância particular.
Segundo a União, os próximos trâmites para efetivar o repasse da área à Melnick dependem da homologação da empresa como vencedora da licitação e pagamento do lance proposto, assinatura do contrato entre as partes e publicação do mesmo.
Após esta etapa, ainda sem previsão de data, o contrato será levado ao Registro de Imóveis para confirmação da transferência da União para a construtora e exclusão do ativo imobiliário do Sistema de Gerenciamento de Imóveis de Uso Especial da União (Spiunet).
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