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Energia

- Publicada em 20 de Abril de 2022 às 14:38

Sulgás realiza reajuste no gás natural e aumentos variam entre 11,8% a 24,1%

Novo incremento nas tarifas está vigente desde quarta-feira

Novo incremento nas tarifas está vigente desde quarta-feira


Janine Pontes / Divulgação Sulgás/JC
Jefferson Klein
A Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) reajusta a partir desta quarta-feira (20) as tabelas do preço do gás natural para todos os seus clientes. O aumento, autorizado pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), varia de 11,8% a 24,1%, dependendo do segmento atendido, e reflete, segundo a empresa, apenas a reposição do custo da molécula (do gás adquirido), sem nenhum ganho para a distribuidora.
A Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) reajusta a partir desta quarta-feira (20) as tabelas do preço do gás natural para todos os seus clientes. O aumento, autorizado pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), varia de 11,8% a 24,1%, dependendo do segmento atendido, e reflete, segundo a empresa, apenas a reposição do custo da molécula (do gás adquirido), sem nenhum ganho para a distribuidora.
O segmento com incremento mais elevado foi o atendido por gás natural comprimido (GNC) e o menor impacto é na classe residencial. No caso do gás natural veicular (GNV), a alta na tarifa é de R$ 0,6661 por metro cúbico, sem considerar impostos. O reajuste para o setor industrial é de 18,6% a 23,2%, para o comercial de 14,3% a 17,8% e para o residencial de 11,8% a 15,2%.
Em nota, a Sulgás, afirma que “o reajuste decorre dos altos preços do petróleo e gás no mercado internacional, da variação cambial e das condições comerciais apresentadas pela Petrobras. Todos estes fatores afetam o valor da molécula de gás natural para os contratos de suprimento firmados pelas distribuidoras de diversas regiões do País”.
Em janeiro, a Sulgás já havia praticado reajustes que variaram entre 10,69% e 31,57%. Paralelamente à recomposição de suas tarifas, a companhia viu ser solucionada nesta semana um possível problema quanto à escassez de oferta de gás natural no Rio Grande do Sul para os anos de 2024 e 2025. Essa dificuldade estava iminente devido à chamada pública para contratação de capacidade de transporte da empresa TBG, operadora do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), que abastece o Estado. Conforme o resultado do certame, foi alocada uma capacidade de 1.727 milhão de metros cúbicos diários de gás natural a ser entregue no Rio Grande do Sul a partir de março até o final deste ano. Em 2023, o volume será de 1.728 milhão de metros cúbicos diários, mas em 2024 esse número cairia para 1.084 milhão de metros cúbicos e em 2025 ficaria em 1.081 milhão de metros cúbicos. Já para 2026, aumentaria para 1.374 milhão de metros cúbicos ao dia.
No entanto, recentemente, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou o reinício do processo na etapa de manifestação de interesse para as capacidades adicionais propostas pela TBG, a fim de que a demanda dos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul possam ser atendidas até 2026. Segundo o presidente da Sulgás, Carlos Camargo de Colón, essa medida resolve a questão. Assim, a distribuidora gaúcha poderá reestabelecer mais cerca de 645 mil metros cúbicos diários de gás natural para os anos de 2024 e 2025, além do volume inicial acordado.
Ele ressalta que a situação era tema de discussão intensa entre a distribuidora, ANP, TBG e outros participantes da chamada pública desde o final de fevereiro. “Porque o Rio Grande do Sul estava prejudicado”, frisa o dirigente. A solução proposta é que a TBG faça um investimento para incrementar a compressão de gás no trecho Sul do Gasbol, para ser possível restaurar a capacidade que tinha sido perdida pelo Rio Grande do Sul.
Colón argumenta que os trabalhos para garantir uma maior capacidade de abastecimento de gás natural no Estado deverão começar ainda este ano, porque o cenário precisa ser equacionado até 1º de janeiro de 2024. O dirigente comenta que se estima a necessidade de um aporte na ordem de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões para aumentar a capacidade de atendimento do Gasbol.
Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio, (JC) a TBG detalha que o plano apresentado pela empresa consiste em um reforço de compressão nas Estações de Araucária e Biguaçu de forma a transferir capacidade de saída de 680 mil metros cúbicos de gás natural ao dia para o extremo sul do gasoduto. A companhia informa que a capacidade total de fornecimento de gás pelo Gasbol para o Rio Grande do Sul é de 1,7 milhão de metros cúbicos diários.
“Com a implementação da solução proposta, em 2024, vamos assegurar a manutenção dessa capacidade dentro da pressão de entrega otimizada, e ainda assegurar a montante a disponibilidade de uma capacidade de 680 mil metros cúbicos ao dia a ser utilizada no estado de Santa Catarina”, ressalta a TBG, em nota. A companhia não revelou o investimento previsto na iniciativa.
Reajuste por segmento:
Industrial: 18,6% a 23,2%
Comercial: 14,3% a 17,8%
Residencial: 11,8% a 15,2%
Veicular: R$ 0,6661/m³
GNC: 24,1%
Fonte: Sulgás
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