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Desenvolvimento

- Publicada em 23 de Março de 2022 às 16:52

Fundopem para ampliação da Todeschini deve ser aprovado em abril

Reunião-almoço na Federasul debateu

Reunião-almoço na Federasul debateu "Investimentos no RS"


ANDRESSA PUFAL/JC
A Todeschini está prestes a ter confirmado o incentivo fiscal do Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem/RS) para o projeto de ampliação de sua fábrica de móveis em Bento Gonçalves, estimado em R$ 272 milhões. Conforme o secretário estadual de desenvolvimento econômico, Edson Brum, o benefício para a iniciativa deve ser aprovado na próxima reunião do Grupo de Análise Técnica (Gate), formado por uma equipe de diversas áreas do governo gaúcho, prevista para 1º de abril.
A Todeschini está prestes a ter confirmado o incentivo fiscal do Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem/RS) para o projeto de ampliação de sua fábrica de móveis em Bento Gonçalves, estimado em R$ 272 milhões. Conforme o secretário estadual de desenvolvimento econômico, Edson Brum, o benefício para a iniciativa deve ser aprovado na próxima reunião do Grupo de Análise Técnica (Gate), formado por uma equipe de diversas áreas do governo gaúcho, prevista para 1º de abril.
O investimento da companhia moveleira será focado na aquisição de maquinário, que exigirá uma duplicação da fábrica em 40 mil metros quadrados, e na implantação de um novo centro de distribuição. As obras da expansão começaram em janeiro e devem ser concluídas até o final deste ano. De uma maneira geral, Brum lembra que, em 2021, o Fundopem viabilizou R$ 752 milhões de investimentos no Rio Grande do Sul e neste ano o montante deve ser ainda maior.
O secretário foi um dos participantes da reunião-almoço Tá na Mesa promovida nesta quarta-feira (23) pela Federasul e que tratou do tema “Investimentos no RS”. Outro integrante do encontro foi o diretor geral da Cobra Brasil, Jaime Llopis, que abordou o projeto do grupo espanhol que prevê a construção de uma termelétrica de 1.238 MW (quase um terço da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul) e de um terminal de gás natural liquefeito (GNL) em Rio Grande. Somando todo o complexo, o aporte nessa ação é calculado em cerca de R$ 6 bilhões.
Llopis ressalta que as emissões das licenças de instalação da termelétrica e prévia da unidade de regaseificação, liberadas em fevereiro, sinalizam a viabilidade ambiental das estruturas que era tão aguardada pelo empreendimento. Segundo o executivo, esse era o último elemento necessário para completar o processo de transferência da iniciativa da gaúcha Bolognesi para o Grupo Cobra, que está tramitando dentro da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Esse é o ponto que estamos agora e não temos dúvidas que isso vai acontecer”, frisa.
Além desse procedimento administrativo, Llopis recorda que há um processo na Justiça requerendo a retomada da outorga (autorização) da usina, que foi revogada pela agência reguladora em 2017 devido a atrasos no cronograma inicial. No entanto, o dirigente argumenta que, se a Aneel concordar administrativamente com a transferência do empreendimento para o Grupo Cobra e com o prosseguimento do projeto, a ação judicial acabará nula e não terá mais razão de existir. O dirigente comenta ainda que não há um prazo estipulado para a análise da questão, mas ele espera que ocorra uma definição o mais rápido possível.

Térmica em Rio Grande somente entrará em operação após 2024

Apesar dos projetos do terminal de GNL e da usina em Rio Grande terem verificado importantes avanços nos últimos meses, o diretor geral da Cobra Brasil, Jaime Llopis, que inicialmente previa que a termelétrica poderia entrar em operação em 2024, admite que levará mais tempo para finalizar o complexo como um todo. Resolvida a questão da transferência e da outorga da térmica na Aneel, a estimativa é que sejam necessários cerca de 40 meses para concluir todos os empreendimentos envolvidos na iniciativa.
Entre os investimentos já em andamento no Estado, está o da empresa de alimentos e de proteína JBS, que entre 2021 e 2023 pretende desembolsar R$ 1,7 bilhão em melhorias e expansões de sete fábricas gaúchas. Essas unidades estão localizadas nas cidades de Bom Retiro do Sul, Caxias do Sul, Nova Bassano, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, Seberi e Trindade do Sul.
Também presente na reunião Tá na Mesa, o diretor de negócios da Seara, do grupo JBS, Fábio Soares, comentou, além dos investimentos, que a tendência é de elevação dos custos na área de alimentos e não necessariamente devido a reflexos da guerra entre Rússia e Ucrânia, mas por causa do aumento de insumos como energia e combustíveis. “Isso será repassado para o preço”, adianta o executivo.
Ainda no encontro na Federasul, a diretora de Operações do BRDE, Leany Lemos, falou sobre as atividades do banco. Neste ano, o BRDE já contratou financiamentos que somam R$ 575,2 milhões na Região Sul do País, sendo R$ 288,6 milhões apenas em operações no Rio Grande do Sul. A dirigente destaca que uma das prioridades da instituição são projetos envolvendo sustentabilidade e energias renováveis. “A energia limpa todo mundo quer financiar, então a gente consegue taxas muito atrativas e prazos longos”, afirma Leany.