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mercado de trabalho

- Publicada em 15 de Março de 2022 às 12:00

Fila para feirão de empregos tem centenas de candidatos em Porto Alegre

Edição que marca o aniversário de 250 anos da capital gaúcha oferece 980 vagas de emprego

Edição que marca o aniversário de 250 anos da capital gaúcha oferece 980 vagas de emprego


LUIZA PRADO/JC
Fernanda Soprana
Atualizada às 12h45min
Atualizada às 12h45min
Mais de 500 pessoas foram ao Centro Histórico de Porto Alegre em busca de emprego nesta terça-feira (15), em frente à sede do Sistema Nacional de Emprego (Sine). Uma fila com cerca de quatro voltas preencheu a avenida Sepúlvuda durante a manhã, na abertura do Feirão de Empregos que marca os 250 anos da capital gaúcha, que se estende até esta quinta (17).
O primeiro dia da feira tem mais de 300 vagas de trabalho oferecidas por 20 empresas — no total, 980 oportunidades serão disponibilizadas ao longo dos três dias. Até às 12h, foram completados pelo menos 347 atendimentos.
“Começamos a fazer essa feira no segundo semestre do ano passado, com uma ação individual na Restinga. Pela repercussão e pelo momento da pandemia, em que as pessoas estão precisando de emprego e renda, decidimos transformá-lo em um programa de governo com uma periodicidade mensal”, explica o diretor do Sine municipal, Adriano Weinmann.
Segundo Weinmann, o público é composto majoritariamente por pessoas desempregadas com escolaridade intermediária em busca de recolocação no mercado de trabalho. Mas o perfil é bem variado.
Uma das candidatas é Natália, jovem de 17 anos que entrou na fila para finalmente assinar a carteira.
“Já trabalhei informalmente em vários lugares — como vendedora freelancer e educadora, em creches, por exemplo. Agora estou em busca de carteira assinada. Essas coisas de ‘freelancer’ não são garantidas — uma hora, não vão mais precisar de ti e vão te tirar”, afirma a estudante, que cursa o 3º ano do Ensino Médio.
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Estudante de 17 anos, Natália busca a garantia oferecida pela carteira de trabalho assinada.
Já Ana Cláudia, desempregada aos 56 anos de idade, tem Ensino Médio completo e procura qualquer oportunidade. 
"O que vier, preciso trabalhar. Estou desempregada oficialmente desde 2019, mas trabalho com depilação, vendas de salgados que minha irmã faz... a gente vai se virando", diz Ana, que começou a jornada no mercado de trabalho aos 16 anos.
O currículo de Ana reúne experiências como operadora de telemarketing e nos Correios, oportunidade que adquiriu pelo Sine. Lá, trabalhou cinco meses com carteira assinada. Contudo, os últimos anos não têm sido fáceis.
"Acho que o que mais pesa é a idade. No meu caso, é. Já passei pelo processo seletivo de algumas empresas em que dá tudo certo, mas quando perguntam ‘quantos anos tu tens’, tá fora", relata.
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Ana Cláudia considera que a maior dificuldade que enfrenta no mercado de trabalho é o preconceito relacionado à idade.
Nesse sentido, uma vivência semelhante à de Ana é a de Sérgio, aposentado da área da Educação. Aos 67 anos, Sérgio entrou na fila do feirão às 7h50min desta manhã à procura de um complemento de renda para conseguir pagar as contas.
"Só tenho a renda de aposentado e minha esposa trabalha. Mas, mesmo assim, não estou conseguindo pagar as contas. Já estou há 8 anos sem aumento", conta o candidato.
Por ter curso de eletricista, Sérgio foi encaminhado para uma entrevista no Grupo Setup, empresa voltada a instalações de segurança eletrônica que disponibilizou 200 vagas nesta manhã. Com curso superior completo, o geógrafo foi educador pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), mas se aposentou como funcionário integral de escola. Ele também tem experiência em outros setores, como o comércio.
Assim como Ana, Sérgio começou a trabalhar cedo e, hoje, sente que enfrenta preconceito relacionado à idade.
“Entreguei vários currículos em escolas particulares, mas por causa da minha idade, não deu certo. Acho que a idade me impediu de conseguir uma vaga de emprego, porque muitos colegas meus conseguiram. Até nem sei se vou conseguir aqui por causa do fator da idade, mas espero que sim. Conhecimento e experiência eu tenho — comecei a trabalhar com 14 anos e me aposentei com 42 anos de serviço. Mas, depois que tu passa dos 50 ou 60 anos, fica complicado”, relata.
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Sérgio começou a trabalhar com 14 anos e hoje, aposentado, busca um complemento de renda para pagar as contas.
Weinmann afirma que, no começo da pandemia, foi verificada uma redução no número de vagas e um aumento considerável na emissão e no encaminhamento do seguro-desemprego na capital. Contudo, a situação já demonstra otimismo:
“Agora, já houve uma redução bem grande no volume do seguro-desemprego e um bom aumento no número de vagas, indicando que a economia está reaquecendo”, diz o diretor do Sine.
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