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Expodireto 2022

- Publicada em 11 de Março de 2022 às 17:40

Expodireto encerra semana com R$ 4,9 bilhões em negócios

Feira deste ano superou em 87% resultados totais de 2020

Feira deste ano superou em 87% resultados totais de 2020


Ramiro Furquim/@outroangulofoto/jc
Diego Nuñez
Diego Nuñez, de Não-Me-Toque
Diego Nuñez, de Não-Me-Toque
Financeiramente, a Expodireto Cotrijal foi um sucesso. Com negócios quase batendo os R$ 4,95 bilhões horas antes do final da feira, os resultados são 87% superior aos da última edição, em 2020, quando foram comercializados R$ 2,653 bilhões.
A maior parte do montante foi contabilizado pelos bancos, onde a maior parte das transações ficou por conta do setor de máquinas e implementos agrícolas - R$ 4,374 bilhões, aumento de 74% em comparação a 2020.
O pavilhão internacional foi o setor que registrou maior crescimento de negócios na feira, também em comparação a 2020 - 526%. Foram negociados R$ 62,6 milhões, ante R$ 10 milhões há dois anos.
O pavilhão da agricultura familiar, que vinha registrando boas vendas durante toda a semana, ampliou em 45% seu faturamento. Os produtos cultivados pela agroindústria gaúcha de pequeno porte chegou a R$ 1,7 milhões.
Nesta expodireto, houve grande crescimento nas negociações com recursos próprios dos produtores. Com aumento de 308%, operações dessa natureza atingiram R$ 510 mil. “Aqui, temos muitos produtores de soja, que dobrou de preço. Isso possibilitou que o produtor realizasse muitos negócios à vista”, explicou o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, durante o balanço de encerramento da feira.
O público, apesar de ter crescido em relação aos presentes em 2020, não bateu recorde e se manteve na média dos últimos anos da feira. Ao todo, com número computados horas antes do final da feira, foram 263 mil pessoas que passaram pelo parque de Não-Me-Toque durante a Expodireto. “Nosso público fica mais ou menos nessa média, porque não tem show, bebida alcoólica, roda gigante. Aqui é business. Foi um pouco maior do que no ano passado, mas confesso que, visualmente, acho que tinha mais gente, mas o número é esse”, disse Mânica.
O presidente da Cotrijal já anunciou a data da Expodireto 2023: ocorrerá na primeira semana de março, entre os dias 6 e 10 do mês. Mânica chegou ao final da exposição visivelmente cansado, mas muito satisfeito com o trabalho realizado durante a semana. “Chego no dia de hoje emocionado. Cansado fisicamente, mas rejuvenescido”, falou.
A 22ª edição recebeu visitantes de mais de 60 países advindos de todos os continentes do planeta. "Surpreendeu positivamente. Vendeu mais máquinas, havia uma demanda represada há dois anos. E esses não são os números finais, tem muito negócio saindo ainda” relatou o patrono da feira.
Parte deste resultado expressivo tem a ver com a própria volatilidade da economia durante a pandemia. Entre as duas edições da Expodireto, os preços das máquinas e implementos agrícolas disparou, avançando 50% em alguns casos. Mânica considerou esta variável, mas, ainda assim, acredita que o número de vendas, em unidades, também aumentou. “Foi um pouco das duas coisas. Parte foi em cima do avanço dos preços, que ajuda no número final. Mas, pelas informações, as empresas venderam mais”, disse.
Mânica viu como um dos resultados positivos da Expodireto a garantia dos recursos anunciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para diminuir os reflexos da seca no agronegócio do Sul do País. "Quando começamos, tínhamos indefinição quanto aos recursos. Ocorreram todas essas movimentações políticas e felizmente fizemos reunião com a ministra (Tereza Cristina) onde foram anunciadas essas medidas importantes. Isso mostra a força do agro, da Expodireto, das entidades - todos em prol de um objetivo em comum”, afirmou o presidente.
Em seu discurso de encerramento da feira, Mânica diminuiu críticas recebidas pela falta de uso de máscaras em diferentes ambientes do parque e pela completa ausência de protocolos de segurança sanitária para prevenção contra o contágio de Covid-19 durante a pandemia. “Alguns questionaram pelo uso de máscara… aqui o agronegócio não usa máscara, a gente trabalha de cara limpa”, rebateu o presidente da Cotrijal.
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