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Mercado de capitais

- Publicada em 07 de Março de 2022 às 03:00

Ibovespa registra ganho de 1,18% na semana

Com apenas duas sessões e meia desde a retomada dos negócios na Quarta-feira de Cinzas, o Ibovespa conseguiu sustentar ganho de 1,18% na semana passada. Mas na sexta-feira, o índice fechou em baixa de 0,60%, aos 114.473 pontos, em dia de forte avanço para o petróleo e de leve queda para o minério, ambos ainda sustentados como outras commodities (trigo) e insumos (alumínio) pela incerteza geopolítica em dois grandes produtores de matérias-primas. No ano, o Ibovespa avança 9,21%.
Com apenas duas sessões e meia desde a retomada dos negócios na Quarta-feira de Cinzas, o Ibovespa conseguiu sustentar ganho de 1,18% na semana passada. Mas na sexta-feira, o índice fechou em baixa de 0,60%, aos 114.473 pontos, em dia de forte avanço para o petróleo e de leve queda para o minério, ambos ainda sustentados como outras commodities (trigo) e insumos (alumínio) pela incerteza geopolítica em dois grandes produtores de matérias-primas. No ano, o Ibovespa avança 9,21%.
Com os olhos do mundo no acirramento do conflito entre Rússia e Ucrânia, o medo de que os efeitos da crise - já perceptíveis no crescimento do número de refugiados - venham a colocar em risco a própria segurança de outros países europeus, e mesmo dos Estados Unidos, deixou em segundo plano, no retrovisor do Brasil, a leitura sobre o PIB de 2021, em recuperação ante o primeiro ano da pandemia, e lá fora, a forte leitura sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos em fevereiro, também divulgada na sexta-feira.
Da mesma forma, com toda aversão a risco que tem prevalecido no mundo desde o último dia 24 de fevereiro, o dólar acumulou queda de 1,50% nesta semana frente ao real, tendo chegado na mínima de R$ 5,0260, com máxima a R$ 5,10, e fechamento a R$ 5,0783 ( 1,00% na sessão) na sexta-feira.
O dólar desacelerou o ritmo de alta ao longo da tarde e fechou a R$ 5,0783, em alta de 1,00%. Apesar disso, encerrou a semana pós-carnaval, que contou com apenas três pregões, em queda de 1,50% - o que leva a desvalorização acumulada neste ano a 8,92%.
A resiliência mostrada pelo câmbio e pela Bolsa indica que o Brasil, apesar da gravidade do momento, continua a atrair fluxo externo. "Temos um equilíbrio instável. Se a situação se agravar, pode prevalecer a fuga para qualidade, em dólar e Treasuries. Aí o fluxo para cá seca", diz Rodrigo Knudsen, gestor da Vitreo.
Ele destaca o movimento de sexta-feira na curva de juros, em estresse, com os juros curtos subindo ainda mais do que os longos, mostrando que o mercado, que já precificava aumento de 1 ponto para a Selic na próxima reunião do Copom (em 15 e 16 de março), precifica agora outro também, de 0,75 a 1, em maio. "A percepção agora é esta: guerra, medo e commodities subindo; mais inflação, mais juros", acrescenta.
Ainda assim, a perspectiva do mercado para as ações no curtíssimo prazo mostrou melhora no Termômetro Broadcast Bolsa de sexta-feira, em relação ao levantamento da semana passada. Entre os participantes, 46,15% disseram esperar ganho para o Ibovespa na semana que vem, porcentual maior do que os 23,08% apurados na última pesquisa. A fatia dos que preveem baixa recuou de 38,46% para 15,38% e a dos que responderam estabilidade permaneceu em 38,46%.
Na ponta positiva do Ibovespa, destaque para Suzano ( 6,70%), Bradespar ( 4,97%) e Klabin ( 4,83%). No lado oposto, Azul (-7,77%), Gol (-7,64%), e CVC (-6,67%). Entre as blue chips, apesar do avanço do petróleo, ajuste negativo para Petrobras na sessão (ON -0,67%, PN -0,03%), enquanto Vale ON avançou 2,28% apesar de pequena perda, pontual, no preço do minério de ferro nesta sexta-feira. Entre os grandes bancos, o dia foi de queda entre 1,52% (Itaú PN) e 2,88% (Bradesco PN).
Após dois dias de queda expressiva, em que acumulou desvalorização de 2,47% e flertou com o rompimento do piso de R$ 5,00, o dólar subiu no mercado doméstico de câmbio em sintonia com a valorização da moeda americana no exterior. O recrudescimento da guerra no leste europeu, na esteira do ataque russo a uma usina nuclear na Ucrânia (a maior da Europa), desencadeou um movimento global de aversão ao risco. Investidores venderam ações e correram para se abrigar no dólar e nos títulos do Tesouro americano na véspera do fim de semana.
A despeito da alta do dólar na sexta-feira, os fatores que dão sustentação à perspectiva favorável ao real no curto prazo - em especial a forte alta das commodities (petróleo e grãos, por exemplo) seguem intactos.
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