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Relações internacionais

- Publicada em 23 de Fevereiro de 2022 às 21:22

RS ultrapassa SP e se torna maior parceiro comercial da Argentina no Brasil

Embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli (c) se reuniu com governador Leite no Piratini

Embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli (c) se reuniu com governador Leite no Piratini


Palacio Piratini/Divulgação/JC
Em 2021, o Rio Grande do Sul se tornou o principal mercado da Argentina no Brasil. A balança comercial entre o Estado e os argentinos teve resultado de US$ 3,1 bilhões em transações durante o ano. A Argentina vendeu cerca de US$ 2,1 bilhões em produtos ao mercado gaúcho, enquanto o Estado exportou cerca de US$ 1 bilhão Com este resultado, o Rio Grande do Sul ultrapassou São Paulo, até então principal parceiro comercial argentino no País, que chegou ao valor de US$ 2,5 bilhões na balança comercial.
Em 2021, o Rio Grande do Sul se tornou o principal mercado da Argentina no Brasil. A balança comercial entre o Estado e os argentinos teve resultado de US$ 3,1 bilhões em transações durante o ano. A Argentina vendeu cerca de US$ 2,1 bilhões em produtos ao mercado gaúcho, enquanto o Estado exportou cerca de US$ 1 bilhão Com este resultado, o Rio Grande do Sul ultrapassou São Paulo, até então principal parceiro comercial argentino no País, que chegou ao valor de US$ 2,5 bilhões na balança comercial.
A informação foi confirmada pelo embaixador da Argentina no Brasil, ex-presidente do País e ex-governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, durante visita às casas dos poderes Executivo e Legislativo do Estado.
O Rio Grande do Sul importou da Argentina, principalmente, picapes, automóveis, milho, motores e petróleo, enquanto exportou majoritariamente polímero etileno, autopeças, polipropileno, máquinas agrícolas e hidrocarbonetos durante o ano de 2021.
“Isso é fruto de trabalho junto ao governo do Estado e a empresários. A partir de encontros com o governador Eduardo Leite (PSDB) e (o deputado estadual) Frederico Antunes, unimos esforços e tomamos decisões. Agora, este é o resultado”, afirmou Scioli.
“O Rio Grande do Sul é o nosso primeiro mercado no Brasil, e acreditamos que deve continuar assim em 2022, inclusive aumentar”, declarou o chefe de seção econômica da Embaixada, ministro Rodrigo Bardoneschi.
Um dos produtos de importação que devem ajudar a aumentar a relação comercial entre a Argentina e o Rio Grande do Sul é o milho. A estiagem que atinge o Estado deve causar quebra de cerca de 70% da safra do grão gaúcho, o que deve fazer com que indústrias produtoras da proteína animal tenham que importar milho de fora do País. A Argentina é um dos principais mercados.
“Somos um grande fornecedor de milho para o Brasil, sempre foi um dos nossos principais produtos de exportação para o País e para o Rio Grande do Sul. Então, estamos muito interessados em continuar e aumentar esse comércio”, disse Bardoneschi.
A agenda da comitiva da embaixada argentina em Porto Alegre, além de reunir autoridades do poder público como Leite, o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), o presidente da Assembleia Legislativa Valdeci Oliveira (PT) e secretários de Estado, também contou com a presença de empresários e representantes de empresas. Entre eles: Compass, Grupo Dass, Marcopolo, Randon, Renner, Sulgás, Tramontina e Uniagro.

Gasoduto de Uruguaiana é possível, afirma embaixador da Argentina

A “obra binacional mais importante de todos os tempos”. Assim definiu o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, sobre a construção de um gasoduto ligando Uruguaiana a Porto Alegre - possibilidade debatida há mais de duas décadas.
Mais que isso, Scioli disse que “é possível” a implementação da obra. No passado, o principal empecilho foi a capacidade de produção de gás na Argentina, que preferiu manter a matéria-prima para abastecer o mercado interno.
A situação mudou após a descoberta da jazida chamada de Vaca Muerta, localizada nas províncias de Neuquén e Mendoza. A nação vizinha passou a contar com abundância de gás de folhelho, também chamado de gás de xisto.
Justamente nesta quarta-feira (23), por obra do acaso, teve início a construção da ampliação da rede de gasodutos na região. As obras possibilitam o transporte de gás de Vaca Muerta para outras localidades da Argentina e posterior fornecimento para o Brasil.
“Com isso, já começa a extrair o xisto e fazer a produção de gás e a buscar clientes. E o maior cliente que a Argentina tem é o Brasil. Para viabilizar que venha para cá, precisamos da sequência do gasoduto, que chegue a Uruguaiana, e chegue até o Polo Petroquímico (de Triunfo)”, afirmou o deputado estadual Frederico Antunes, natural de Uruguaiana, que participou da agenda da comitiva da embaixada da Argentina a Porto Alegre e mantém relação próxima com o país vizinho. “É importante para a Argentina ter um equilíbrio na balança comercial, vendendo o gás para o Brasil, e é importante para o Brasil, que vai ter essa opção de fornecimento de gás”, concluiu o deputado.
A Compass, que comprou a Sulgás, e a Âmbar, proprietária da termelétrica de Uruguaiana, demonstraram interesse à embaixada em participar de um consórcio para a construção do gasoduto. A Transportadora Sulbrasileira de Gás (TSB) também tem interesse.
“Há muitas empresas do Rio Grande do Sul interessadas no gás argentino, que vai permitir aumentar a oferta de gás para o Brasil, e para o Rio Grande do Sul em particular”, disse o chefe de seção econômica da Embaixada, ministro Rodrigo Bardoneschi.

Leite deve ir à Argentina entre o final de março e o início de abril

O governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) recebeu do embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, um convite para visitar o país vizinho entre o final de março e o início de abril. Um dos objetivos é que o governador convide oficialmente a Argentina para participar do South Summit, que ocorrerá em Porto Alegre em maio.
Leite também deve se reunir com o presidente argentino Alberto Fernández, com o poder Legislativo do país vizinho e com empresários, com o objetivo de estreitar as relações comerciais entre Argentina e Rio Grande do Sul.
Além disso, Leite foi convidado para participar do primeiro voo que marca a retomada da rota Buenos Aires-Porto Alegre pela Aerolineas Argentinas, em 4 de abril. Serão quatro voos semanais ligando diretamente a capital gaúcha à capital argentina.