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Energia

- Publicada em 17 de Janeiro de 2022 às 18:15

Capacidade de geração de energia solar deve dobrar no Brasil em 2022

Potência instalada seria suficiente para atender à demanda elétrica média de seis estados

Potência instalada seria suficiente para atender à demanda elétrica média de seis estados


CARLOS MACEDO/DIVULGAÇÃO/JC
O setor fotovoltaico no País se prepara para dar um salto neste ano. Conforme projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), somando os segmentos de gerações distribuída (sistemas em telhados, fachadas de edifícios, terrenos, propriedades rurais e prédios públicos) e centralizada (grandes usinas solares), a fonte passará de cerca de 13 mil MW de potência instalada para quase 25 mil MW (o que seria suficiente para atender à demanda elétrica média de seis estados como o Rio Grande do Sul).
O setor fotovoltaico no País se prepara para dar um salto neste ano. Conforme projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), somando os segmentos de gerações distribuída (sistemas em telhados, fachadas de edifícios, terrenos, propriedades rurais e prédios públicos) e centralizada (grandes usinas solares), a fonte passará de cerca de 13 mil MW de potência instalada para quase 25 mil MW (o que seria suficiente para atender à demanda elétrica média de seis estados como o Rio Grande do Sul).
Em geração distribuída é esperado um acréscimo de aproximadamente 17,1 mil MW e de centralizada mais 7,7 mil MW. Também segundo a entidade, a fonte solar deverá gerar mais de 357 mil novos empregos no País e os investimentos privados no segmento poderão ultrapassar a cifra de R$ 50,8 bilhões em 2022.
A coordenadora estadual da Absolar, Mara Schwengber, ressalta que já durante 2021 verificava-se um aumento da procura pelos sistemas fotovoltaicos devido à perspectiva de ocorrerem mudanças na legislação do setor, com a instituição de um marco regulatório, o que foi oficializado no começo deste ano. A dirigente detalha que a nova norma interfere no payback (tempo de retorno do investimento) dos projetos, esticando esse prazo.
Porém, quem encaminhar seu empreendimento solar até o início de janeiro de 2023 terá garantida ainda uma condição mais vantajosa da compensação dos créditos, que serão oriundos da geração fotovoltaica e abatidos na conta de luz da distribuidora, até 2045. “A gente percebe que, principalmente, nos sistemas de maior porte, de comércios e indústrias, têm crescido a procura em função da segurança jurídica (com o marco legal já publicado)”, frisa a dirigente. Mara revela que na empresa da qual é proprietária, a Solled Energia, desde setembro aumentou em 150% a sondagem por orçamentos.
Para usufruir das melhores condições possíveis de payback, o projeto precisa ter seu parecer de acesso à rede elétrica homologado na concessionária local antes de janeiro do próximo ano. A representante da Absolar informa que algumas simulações, com a nova regra, apontaram seis meses a mais para o retorno de investimento em iniciativas que antes se pagavam em quatro anos e meio. Mara argumenta que esse cenário faz com que muitos interessados nessa solução tentem adiantar suas iniciativas, mas não se trata de um impacto que vá inviabilizar a energia solar no Brasil em longo prazo.
Ela destaca também que sempre há uma procura maior por sistemas fotovoltaicos no verão. Porém, mais do que motivada pela perspectiva de uma melhor geração de energia nessa época do ano, a dirigente acredita que o principal fator que propicia essa demanda é a intenção do consumidor em diminuir a conta de luz que sobe com o uso dos aparelhos de ar condicionado. “No verão, se produz mais energia do que no inverno, mas não é em função do calor, o que faz com que se tenha mais produção (fotovoltaica) é porque temos mais horas de sol, o dia é mais comprido”, explica Mara.
O diretor-geral da Ecosul Energias, Alan Spier, também prevê uma demanda intensa pelos sistemas fotovoltaicos durante 2022. O empresário confirma que, naturalmente, o verão influi na busca pelos equipamentos. No entanto, ele adverte que o consumidor precisa ficar atento que a instalação de um sistema fotovoltaico não é algo imediato, os projetos levam em torno de três meses para serem implementados e homologados nas concessionárias.
Spier atesta que no verão há um melhor rendimento dos sistemas fotovoltaicos, por contarem com mais luz do dia. No entanto, ele descreve que as temperaturas excessivas podem ser nocivas ao equipamento. “O calor prejudica um pouco, ele sobreaquece a placa, o ideal seria ter várias horas de sol sem uma temperatura tão alta”, comenta o diretor da Ecosul Energias. Sobre valores, Spier enfatiza que cada projeto tem seu preço, mas, em média, para atender ao consumo residencial de 300 kWh ao mês, o custo de um sistema fotovoltaico estaria por volta de R$ 20 mil.

Perspectiva de crescimento da geração fotovoltaica no País:


ABSOLAR/DIVULGAÇÃO/JC