Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

conjuntura

- Publicada em 12 de Janeiro de 2022 às 16:55

Bolsonaro atribui inflação a medidas de distanciamento e fenômeno global

Presidente comparou ainda os índices com o final do governo Dilma Rousseff

Presidente comparou ainda os índices com o final do governo Dilma Rousseff


EVARISTO SA/AFP/JC
Um dia depois de a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ter registrado variação de 10,06% em 12 meses, o presidente Jair Bolsonaro (PL) creditou a alta de preços a políticas de distanciamento social defendidas por governadores e a um fenômeno global.
Um dia depois de a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ter registrado variação de 10,06% em 12 meses, o presidente Jair Bolsonaro (PL) creditou a alta de preços a políticas de distanciamento social defendidas por governadores e a um fenômeno global.
Questionado numa entrevista virtual sobre os impactos da inflação em sua campanha pela reeleição, o mandatário comparou ainda os índices com o final do governo Dilma Rousseff (PT) - em 2015, o índice acumulado bateu em 10,67%.
"Olha só, se não me engano em 2014 ou 2015 a inflação foi de 10% também. Me aponte qual crise aconteceu nesses dois anos? Não teve crise nenhuma. Nós tivemos aqui a questão da Covid", declarou Bolsonaro.
"Com a política do fique em casa a cadeia produtiva sofreu solavancos e a inflação é uma questão natural", complementou.
Em seguida, ele afirmou que o aumento de preços de itens como os combustíveis tem ocorrido "no mundo todo".
"Ou alguém acha que eu sou o malvadão? Foi aumentado o preço da gasolina e diesel ontem porque eu sou o malvadão. Primeiro que eu não tenho controle sobre isso. Eu já falei algumas vezes que se eu pudesse, ficava livre da Petrobras", afirmou.
"O preço de combustível encareceu no mundo todo".
Na terça (11), a Petrobras informou um novo aumento nos preços do diesel nas refinarias (8%), enquanto a gasolina vendida às distribuidoras teve aumento médio de 4,85%.
Em carta aberta divulgada na terça, o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, atribuiu o estouro da meta de inflação em 2021 aos sucessivos choques de custos e enfatizou que trata-se de movimento observado também em outros países.
"De fato, a aceleração significativa da inflação em 2021 para níveis superiores às metas foi um fenômeno global, atingindo a maioria dos países avançados e emergentes", disse o texto, endereçado ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
Na véspera, em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro já havia culpado as medidas restritivas adotadas ano passado por conta da Covid pela inflação.
"Agora temos problemas. Econômico, inflação, está o mundo todo com esse problema. Lembram do 'fique em casa a economia a gente vê depois?' Estão vendo a economia. Ficou em casa, apoiou, agora quer me culpar da inflação", disse.
Agência Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO