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Energia

- Publicada em 12 de Janeiro de 2022 às 16:19

Reajuste da Sulgás começa a vigorar nesta quinta-feira

Analistas preveem que custo do gás natural permanecerá elevado

Analistas preveem que custo do gás natural permanecerá elevado


MARIANA ALVES/JC
Jefferson Klein
A partir desta quinta-feira (13) entram em vigor as novas tabelas do gás natural para todos os clientes da Sulgás. O reajuste foi homologado pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) e terá um impacto médio de 27%, variando entre 10,69% a 31,57% dependendo do segmento atendido. No caso do gás natural veicular (GNV), o aumento na tarifa será de R$ 0,6644 por metro cúbico, sem considerar os impostos.
A partir desta quinta-feira (13) entram em vigor as novas tabelas do gás natural para todos os clientes da Sulgás. O reajuste foi homologado pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) e terá um impacto médio de 27%, variando entre 10,69% a 31,57% dependendo do segmento atendido. No caso do gás natural veicular (GNV), o aumento na tarifa será de R$ 0,6644 por metro cúbico, sem considerar os impostos.
Em nota, a empresa afirma que o incremento reflete apenas a reposição do custo da molécula (o gás comprado para depois entregar aos seus consumidores), sem nenhum ganho para a distribuidora. O último reajuste de tarifas da Sulgás foi realizado em agosto de 2021, também considerando apenas o repasse dos custos de aquisição do gás, segundo a companhia. O comunicado frisa ainda que o “reajuste a ser aplicado neste mês de janeiro decorre dos altos preços do petróleo e gás no mercado internacional, da variação cambial e das novas condições comerciais apresentadas no fim de 2021 pela Petrobras, a ser aplicado sobre a molécula de gás natural para os novos contratos de suprimento firmados pelas distribuidoras de diversas regiões do País”.
Conforme a proposta que a Sulgás apresentou para a Agergs, está prevista ainda uma redução média de 2,6% nas tarifas a partir do próximo mês de agosto. Contudo, essa diminuição precisa ser confirmada mais adiante e analistas consideram difícil a sustentação dessa queda. “Eu não apostaria nisso”, afirma o diretor da consultoria ES-Petro, Edson Silva. Ele destaca que a tendência é de que os preços do gás natural e dos derivados do petróleo, como gasolina e diesel, continuem subindo no mercado internacional em 2022.
No Brasil, entretanto, o dirigente admite que é mais complexo fazer uma projeção exata por se tratar de um ano eleitoral e pela Petrobras, segundo ele, ter perdido a transparência e previsibilidade da sua política de preços. “Em um ambiente de eleições, com uma forte interferência do governo na Petrobras, por mais que a sua diretoria diga o contrário, o meu temor é que essa imprevisibilidade da companhia aumente”, reitera o consultor.
O diretor da MaxiQuim Assessoria de Mercado, João Luiz Zuñeda, também considera complicada a confirmação da redução do custo do gás natural pela Sulgás a partir de agosto. “As previsões são de alta para o gás natural”, reforça. Ele salienta que o mundo entrou em um ciclo de preços elevados de commodities. Zuñeda recorda que, no dia 1º de janeiro de 2021, o gás natural no mercado spot (curto prazo) nos Estados Unidos estava custando US$ 2,54 o milhão de BTU, chegou em outubro a quase US$ 6,00, e hoje está na ordem de US$ 4,16. “Se pegarmos o preço do GNL (gás natural liquefeito), que é o gás natural que fica transitando no planeta, o preço subiu quase 500% em determinado momento”, informa o integrante da MaxiQuim.
Para Zuñeda, a perspectiva de retomada da economia global deve pressionar os custos de petróleo e gás natural. Além disso, a tendência de diminuir os energéticos à base de carbono no mundo tem reduzido a oferta de financiamentos com taxas atraentes para os agentes que investem em fontes fósseis, o que torna os empreendimentos mais caros.
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