Apesar do País ter finalizado 2021 com o maior incremento em capacidade instalada de geração de energia elétrica dos últimos anos, com 7.562,08 MW agregados a sua potência (melhor resultado desde 2016, quanto foi registrado o acréscimo de 9.528 MW), o Rio Grande do Sul contribuiu pouco para essa performance: apenas 43 MW, provenientes de duas novas usinas. O desempenho coloca os gaúchos entre os estados que registraram os menores crescimentos em seus parques geradores (16ª posição). Já a matriz elétrica nacional como um todo atingiu uma capacidade acumulada de 181,5 mil MW.
De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), passaram a fazer parte da matriz elétrica brasileira no ano passado as usinas da Innova, em Triunfo, alimentada com biomassa (madeira de acácia, pinus, eucalipto, resíduos vegetais, cascas de arroz e sobras de serrarias na forma de cavaco) e a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Forquilha IV, localizada no rio Forquilha, entre os municípios de Maximiliano de Almeida e Machadinho, no Norte do Estado. Esse último empreendimento foi desenvolvido pelas cooperativas Creral de Erechim, Coprel de Ibirubá, Ceriluz de Ijuí e a empresa Erechim Energia. Somados, os dois complexos totalizaram um investimento de aproximadamente R$ 300 milhões.
Para 2022, o órgão regulador também não apresenta uma perspectiva muito expressiva para a liberação de operação comercial de novas usinas no Estado. Por enquanto, a previsão é de apenas duas, a térmica a biomassa de madeira da Três Tentos Agroindustrial, em Ijuí, e a PCH Cachoeira Cinco Veados, do grupo Havan, que está sendo construída entre os municípios de Quevedos e São Martinho da Serra, na região Central do Estado, no rio Toropi. Os dois projetos totalizam uma capacidade instalada de 22 MW.
Há algumas explicações para que o Rio Grande do Sul esteja, atualmente, atrás de outros estados no quesito de expansão de potência de energia elétrica. O presidente do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Guilherme Sari, argumenta que o maior destaque quanto ao aumento de energia no sistema nacional ultimamente tem ficado com as gerações solar e eólica.
Os estados que verificam um desempenho mais forte quanto a essas fontes estão localizados na região Nordeste do País que, além de terem disponibilidade abundante de irradiação solar e vento, contam com agentes dessas indústrias instalados na região. “É uma política toda desenhada, que se consolidou”, frisa o dirigente. No ano passado, a Bahia, com 1.532,38 MW acrescidos na matriz nacional, e o Rio Grande do Norte, com outros 1.505,69 MW, foram os estados que mais se sobressaíram em termos de crescimento.
Outro ponto ressaltado por Sari é que o Rio Grande do Sul estava com algumas obras de transmissão defasadas, o que atrapalhava o escoamento da energia de novos projetos gaúchos. No entanto, o presidente do Sindienergia-RS comenta que boa parte dessas estruturas (linhas e subestações de energia) serão concluídas neste ano, o que melhorará a condição da movimentação de energia local. Apesar dessa expectativa positiva, o dirigente reforça que projetos de geração de energia precisam de algum tempo para serem desenvolvidos. Dentro dessa lógica, a estimativa é que uma quantidade mais expressiva de usinas no Estado possa gerar energia entre os anos de 2024 e 2026.
Fonte eólica registra maior evolução no País
No âmbito nacional, 2021 simbolizou a maior ampliação da geração eólica registrada no País. Segundo a Aneel, as usinas movidas pela força dos ventos responderam por 3.694,32 MW de potência instalada, marca que superou os 2.786 MW liberados pela agência em 2014, até então o recorde de entrada em operação dessa fonte no Brasil. As usinas eólicas constituem neste momento 20,8 mil MW de potência instalada, respondendo por 11,4% da matriz elétrica brasileira.
“Em 2021, aceleramos a entrada em operação das usinas para combater a escassez hídrica e assim promover segurança energética e contribuir com a retomada do crescimento econômico do País”, enfatiza o diretor-geral da Aneel, André Pepitone. A capacidade instalada em eólicas no ano passado correspondeu quase à metade (48,85%) do acréscimo total de potência no período envolvendo todas as fontes de energia.
Já as termelétricas responderam por uma expansão de 2.449,69 MW (32,39%) e as solares fotovoltaicas por um incremento de 1.299,46 MW (17,18%). Por sua vez, as PCHs agregaram à matriz 114,14 MW, 1,51% do total do ano. Ainda conforme informações da Aneel, atualmente cerca de 83% da energia elétrica em operação no País é gerada por fontes renováveis.
“Em 2021, aceleramos a entrada em operação das usinas para combater a escassez hídrica e assim promover segurança energética e contribuir com a retomada do crescimento econômico do País”, enfatiza o diretor-geral da Aneel, André Pepitone. A capacidade instalada em eólicas no ano passado correspondeu quase à metade (48,85%) do acréscimo total de potência no período envolvendo todas as fontes de energia.
Já as termelétricas responderam por uma expansão de 2.449,69 MW (32,39%) e as solares fotovoltaicas por um incremento de 1.299,46 MW (17,18%). Por sua vez, as PCHs agregaram à matriz 114,14 MW, 1,51% do total do ano. Ainda conforme informações da Aneel, atualmente cerca de 83% da energia elétrica em operação no País é gerada por fontes renováveis.
Expansão da matriz elétrica brasileira por estados em 2021:
BA – 1.532,38 MW
RN – 1.505,69 MW
RJ – 1.338,30 MW
SP – 686,83 MW
CE – 606,00 MW
PB – 433,12 MW
PI – 377,30 MW
PE – 267,36 MW
MS – 252,12 MW
MG – 118,50 MW
AM – 113,91 MW
PR – 85,20 MW
SC – 70,06 MW
RO – 64,00 MW
MT – 44,50 MW
RS- 43,00 MW
ES – 12,01 MW
TO – 8,00 MW
GO – 3,00 MW
PA – 0,80 MW
AC – 0 MW
RR – 0 MW
AP – 0 MW
MA – 0 MW
SE – 0 MW
AL – 0 MW
Fonte: Aneel.
RN – 1.505,69 MW
RJ – 1.338,30 MW
SP – 686,83 MW
CE – 606,00 MW
PB – 433,12 MW
PI – 377,30 MW
PE – 267,36 MW
MS – 252,12 MW
MG – 118,50 MW
AM – 113,91 MW
PR – 85,20 MW
SC – 70,06 MW
RO – 64,00 MW
MT – 44,50 MW
RS- 43,00 MW
ES – 12,01 MW
TO – 8,00 MW
GO – 3,00 MW
PA – 0,80 MW
AC – 0 MW
RR – 0 MW
AP – 0 MW
MA – 0 MW
SE – 0 MW
AL – 0 MW
Fonte: Aneel.