Apesar de ainda precisar ser aprovada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Rio Grande do Sul (Agergs), a proposta encaminhada pela Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) solicita que o reajuste das suas tarifas seja dividido em duas etapas, uma em janeiro e outra em agosto. Para janeiro agora, a sugestão é de um aumento médio de 27% no gás natural da concessionária e para agosto a indicação é de uma diminuição de 2,6%.
O órgão regulador irá deliberar sobre as mudanças das tarifas da distribuidora nesta terça-feira (11). Os reajustes também irão variar conforme a classe dos consumidores da Sulgás. Em janeiro, por exemplo, a perspectiva é que clientes residenciais tenham aumentos entre 13% e 17,3%, e os industriais de 22,14% a 29,22% (a variação depende de fatores como volume do combustível que é consumido). Já o gás natural veicular (GNV) para postos está com previsão de incremento de 27,16% e para frotas de 28,35%. Para o consumidor comercial a sugestão é de um aumento de 16,1% a 20,95%, para o gás natural comprimido (GNC) elevação de 30,64% e para cogeração e climatização alta de 29,49%.
Todos esses percentuais são ainda indicativos que precisam ser autorizados pela Agergs. Durante a cerimônia de transferência do controle da Sulgás para a Compass Gás & Energia, realizada na segunda-feira (3), no Palácio Piratini, o presidente da distribuidora, Carlos Camargo de Colón, já havia informado que o aumento de 50% no preço do gás natural imposto pela Petrobras a diversas concessionárias do País, e que começou a vigorar na entrada do ano, também afetaria a companhia gaúcha.
No entanto, o dirigente adiantou que não seria repassado um percentual tão alto aos clientes da empresa. Uma das razões que permite que a distribuidora não repasse inteiramente a elevação da Petrobras é porque o reajuste da estatal federal não abrange todo o volume de gás contratado pela concessionária.