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Economia

- Publicada em 28 de Dezembro de 2021 às 14:59

Flat concluído por compradores espera liberação para abrir em Porto Alegre

Flat com130 unidades será do Ibis Styles e terá ainda um restaurante que também está pronto

Flat com130 unidades será do Ibis Styles e terá ainda um restaurante que também está pronto


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
Falta apenas um detalhe para os investidores que tiveram de bancar a conclusão de um flat inacabado em Porto Alegre verem o empreendimento aberto. Leia o conteúdo completo.
Falta apenas um detalhe para os investidores que tiveram de bancar a conclusão de um flat inacabado em Porto Alegre verem o empreendimento aberto. Leia o conteúdo completo.
Os proprietários aguardam o Habite-se, que é a carta de habitação conferida pela prefeitura, para liberar a operação. 
A bandeira do flat está definida e já molda a fachada: será do Ibis Styles, do grupo internacional Accor. O grupo Átrio, que administra outras unidades da Accor, será o operador. 
"Está tudo montado, cama pronta, louça pendurada no restaurante", descreve Vitor Silveira, presidente da Associação de Adquirentes das Unidades do Condomínio Apart-Hotel.
O acerto para operação do Ibis ocorreu em 2019. Também está definido o operador do restaurante, que será feito pelos donos da Amiche Pizzeria e do Pátio Restaurante. O flat deve abrir 45 empregos. Na fachada, tem uma faixa com oferta de vagas.
Foram quase três anos de obras e quase R$ 14 milhões injetados pelos 83 proprietários das 130 unidades do flat, na rua 24 de Outubro, 1513, esquina com a avenida Mariland.
Segundo Silveira, foram cerca de R$ 12,5 milhões somente na finalização da construção. O restante do valor envolve desde compra de índice construtivo do município a despesas com segurança. Na época da aquisição, cada unidade valia entre R$ 250 mil e R$ 320 mil. Na conclusão, o rateio é de pouco mais de R$ 100 mil, em média, por quarto. Muitos têm de duas a cinco unidades. 
O Habite-se, emitido a cada conclusão de obra, também é exigência da rede Accor para poder inserir a unidade no sistema de reservas, explica Silveira. Para obter a carta, a associação aguarda apenas um ajuste no registro do imóvel, que já está tramitando.
Em busca do Habite-se para poder colocar o flat em operação, representantes do grupo de investidores se reuniram com o prefeito Sebastião Melo nessa segunda-feira (27). O encontro, diz o presidente, serviu para sensibilizar a administração em relação à emissão do documento. 
"O flat aberto vai gerar empregos e receita em tributos para a cidade", cita Silveira. "Espero que nos próximos dias possamos dizer quando vamos abrir o hotel."  
Por nota, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Arquitetura (Smamus) informou que "em breve deverá ser expedida a liberação do Habite-se".
"Estamos muito orgulhosos e ansiosos pelo resultado de tanto investimento aportado, além da nossa conta!!!", desabafa Seli Ramaioli, uma das investidoras. Em 2016, Seli relatou ao Jornal do Comércio toda a sua frustração com a interrupção das obras e o risco sobre o investimento que ela havia feito pensando no futuro dos filhos. Passados cinco anos, a expectativa mudou:
"Acreditamos na proposta e dedicação de todos os envolvidos, na qualidade de acabamento da obra desde os serviços oferecidos! Ficou lindo!! A estrutura e a localização são top!!", valoriza Seli.

Construção parou em 2014 na crise do antigo M.Grupo

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Construção teve obra parada no começo de 2014; compradores conseguiram a posse em 2016. Foto: Marcelo G. Ribeiro/Arquivo/JC 
A torre ficou bem conhecida no Rio Grande do Sul por fazer parte da herança de obras inacabadas da Magazine Incorporações, que era do antigo M. Grupo, pertencente a empresários paulista, entre eles Lorival Rodrigues, no período de derrocada das operações, a partir de 2014 e 2015. A Magazine teve falência decretada pela Justiça gaúcha em 2017.  
Compradores como os do imóvel na Capital criaram associações para ir à Justiça reivindicar a posse dos ativos para finalizar os empreendimentos. Isso ocorreu em abril de 2016.
"Foi uma luta de seis anos e uma conquista para os compradores que conseguiram terminar a obra", comenta o advogado na ação, Flávio Luz, citando como decisivos o diálogo e a colaboração da Justiça (Vara de Falências), do administrador judicial e do Ministério Público para o resultado obtido.
"Isso contrastou com a atitude pouco colaborativa e até dificultando o processo da Magazine Incorporações", cita Luz.
Outros dois empreendimentos que seguem o mesmo roteiro de obras interrompidas ficam em Gravataí, nas imediações do Shopping da cidade, que também foi erguido pelos sócios do M.Grupo, hoje com outros donos. O shopping também passou a investidores.
Na cidade da Região Metropolitana, duas torres comerciais do conjunto Unique foram concluídas pelos compradores que já estão recebendo suas escrituras. Mas um conjunto residencial até hoje não teve a execução retomada e permanece na vizinhança como um esqueleto sofrendo deterioração pelo tempo. O empreendimento também passou à associação de compradores. Hoje está pendente a definição da perícia para estimar o custo da obra dentro de ação que envolve adquirentes e o Banco do Brasil.     
Na semana passada, dois shoppings do interior gaúcho que chegaram a pertencer aos empresários do grupo paulista e que haviam sido repassados a investidores em 2017 foram vendidos. O Shopping Lajeado RS foi arrematado pelo grupo Benoit e o Shopping Germânia, de Santa Cruz do Sul, foi comprado pelo empresário Gerson Tolotti.   
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