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Economia

- Publicada em 14 de Dezembro de 2021 às 11:43

Fiergs estima que PIB gaúcho fechará o ano com incremento de 9,6%

Petry apresentou balanço e projeções da economia

Petry apresentou balanço e projeções da economia


DUDU LEAL/FIERGS/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
A economia gaúcha crescerá mais do que a brasileira em 2021. Conforme cálculos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), enquanto o PIB do Estado deve verificar uma evolução de 9,6%, o País deve registrar um aumento de 4,6%. Para 2022, a expectativa é de que o PIB gaúcho tenha um desempenho na casa de 1,6%, contra 1,0% do brasileiro.
A economia gaúcha crescerá mais do que a brasileira em 2021. Conforme cálculos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), enquanto o PIB do Estado deve verificar uma evolução de 9,6%, o País deve registrar um aumento de 4,6%. Para 2022, a expectativa é de que o PIB gaúcho tenha um desempenho na casa de 1,6%, contra 1,0% do brasileiro.
Uma das explicações para o melhor desempenho da economia gaúcha que a do País está no PIB da agropecuária estadual, que deve aumentar 57,7% neste ano, contra uma retração de 29,6% em 2020 e uma perspectiva de alta de 6,3% para 2022. Ainda para o próximo ano, a Fiergs prevê que a taxa de desemprego elevada e a permanência das interrupções nas cadeias de fornecimento devem ajudar a diminuir o ritmo de crescimento.
Assim, a expectativa é de uma criação de 614 mil empregos formais em âmbito nacional e para o Rio Grande do Sul a perspectiva é da geração de 29 mil postos de trabalho em 2022, sendo cerca de 9 mil no setor industrial. O PIB da indústria gaúcha deve fechar 2021 com uma elevação de 6,8% (contra 5,1% do brasileiro) e no próximo ano deve aumentar em 0,6% (e o nacional 0,9%).
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14), pelo presidente da Fiergs, Gilberto Petry, durante a apresentação do Balanço e Perspectivas da Economia 2021/2022. Na ocasião, o dirigente aproveitou o evento para comentar ainda sobre os bons índices de vacinação no Brasil, superiores aos de países como Alemanha, Áustria e Estados Unidos. “Nossa principal atividade hoje é evitar que a Covid-19 se alastre mais”, defende Petry. O presidente da Federação das Indústrias, que realizou uma coletiva on-line, ainda se emocionou ao falar do seu primo, o jornalista e professor Flávio Porcello, falecido em decorrência do coronavírus.
Sobre a economia mundial, o economista-chefe da Fiergs, André Nunes de Nunes, projeta um PIB de 5,6% para 2021 e de 4,5% no ano seguinte. Quanto à inflação no Brasil, o economista prevê uma desaceleração em 2022, fechando em 5,8%. A transição de 2021 para o próximo ano vem sendo pontuada pela persistência da inflação, que vem corroendo o poder de compra das famílias e as margens das empresas. Para Petry, o aumento de 1,5 ponto percentual na taxa Selic, chegando a 9,25%, anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na semana passada, é vinculado a esse fenômeno.
Na ocasião, o presidente da Fiergs argumentou que com as maiores incertezas sobre o teto de gastos, a possível antecipação do aperto monetário nos Estados Unidos, e a nova variante do coronavírus (Ômicron) o cenário se torna mais desafiador para o crescimento e para a inflação de 2022. Outro indicador importante, o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), revelado recentemente pela Fiergs, após subir por quatro meses consecutivos, permaneceu estável na passagem de setembro para outubro.
Mesmo sem crescer, o IDI-RS manteve-se 7,9% acima do patamar anterior ao da pandemia, em fevereiro de 2020. Porém, o índice aponta para uma desaceleração nos últimos meses e uma atividade industrial estável no Rio Grande do Sul. Na média móvel trimestral, que compara o trimestre encerrado em outubro com o finalizado em setembro, a alta foi de 0,7%, enquanto foi de 1%, em setembro, e 1,3%, em agosto.
Quanto ao ambiente político, Petry observa a atual predominância de duas candidaturas para a eleição presidencial do próximo ano. “Nós sabemos aqui, não precisa ser muito inteligente, que temos dois candidatos-chave: o ex-presidente Lula e o atual presidente Bolsonaro, esses dois têm um volume de votos meio cativo que farão com que eles possam disputar a eleição e o segundo turno”, projeta o dirigente.
Ele acrescenta que todo o trabalho que está sendo feito pelos outros concorrentes é para conseguir entrar na disputa com um desses dois. Para Petry, a questão eleitoral será um tema preponderante em 2022, entretanto como esse assunto afetará a economia terá que ser observado com o andamento do cenário. Questionado sobre o perfil de candidato que a Fiergs quer ver eleito, o dirigente afirmou que “a casa ainda não sentou, com a sua diretoria, para dizer: olha o nosso candidato ideal seria fulano de tal”. Mas, Petry sustenta que o candidato tem que ser alguém que se preocupe com o setor industrial e monte uma política para esse segmento.
No Rio Grande do Sul, ele frisa que há o detalhe que o governador Eduardo Leite disse que não irá concorrer à reeleição. Apesar disso, o presidente da Fiergs comenta que considera o trabalho de Leite como governante muito bom. Petry acrescenta que os diretores da Fiergs (que são 110) têm plena autoridade para se pronunciarem sobre aqueles que mais lhe agradam. “Quando chegar o momento apropriado, vamos fazer as nossas manifestações”, finaliza o presidente da Fiergs.
Desempenho do PIB no mundo, Brasil e Rio Grande do Sul:
Mundo:
2020 2021 2022
-3,1% +5,6% +4,5%
Brasil:
2020 2021 2022
-3,9% +4,6% +1,0%
Rio Grande do Sul:
2020 2021 2022
- 7,0% +9,6% +1,6%
Fonte: Fiergs
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