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Economia

- Publicada em 07 de Dezembro de 2021 às 18:29

Comissão do Senado aprova projeto que cria nova política de preços para combustíveis

Proposta que cria programa de estabilização ainda deve ser votado pelos senadores

Proposta que cria programa de estabilização ainda deve ser votado pelos senadores


LUIZA PRADO/JC
A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou nesta terça-feira (7) um projeto de lei para tentar conter a alta nos valores dos combustíveis e do gás liquefeito de Petróleo (GLP). Além de criar um programa de estabilização, a proposta estabelece uma nova política de preços para a venda desses produtos. O texto segue para ser votado no plenário da Casa.
A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou nesta terça-feira (7) um projeto de lei para tentar conter a alta nos valores dos combustíveis e do gás liquefeito de Petróleo (GLP). Além de criar um programa de estabilização, a proposta estabelece uma nova política de preços para a venda desses produtos. O texto segue para ser votado no plenário da Casa.
De acordo com o projeto, os preços internos praticados por produtores e importadores de derivados do petróleo deverão ter como referência as cotações médias do mercado internacional, os custos internos de produção e os custos de importação.
Atualmente, a Petrobras utiliza a política de paridade internacional para precificar os combustíveis no Brasil. Para o autor da proposta, senador Rogério Carvalho (PT-SE), isso tem prejudicado a população e beneficiado apenas a empresa com os lucros.
"A Petrobras, atualmente, segue a lógica de uma empresa financeirizada, por meio da política de preços de derivados baseada nos preços de importação, repassando os ganhos a seus acionistas. Na medida em que tem custos de produção internos competitivos, a atual política de preços da Petrobras para derivados implica elevada margem bruta de lucro", afirma Carvalho.
Em outro ponto, o texto cria as chamadas "bandas de preços" com a intenção de evitar variações abruptas. O mecanismo seria regulamentado pelo Poder Executivo e consistiria na definição de limites para a variação dos preços em determinado período.
O sistema de bandas seria viabilizado financeiramente com a criação do imposto de exportação sobre o petróleo bruto.
Assim, toda vez que os preços superarem o limite da banda, os recursos obtidos pelo novo tributo poderiam ser utilizados para pagar a diferença de preços.
"Assim, quando os preços estiverem baixos, os recursos correspondentes à diferença entre o preço de mercado e o limite inferior da banda são acumulados. Na situação contrária, quando os preços se situarem acima do limite superior da banda, os recursos são utilizados de forma a manter os preços dentro da banda", explica o relator do projeto, senador Jean Paul Prates (PT-RN).
Pela proposta, a alíquota do imposto de exportação ficará zerada quando o barril de petróleo bruto custar US$ 45 (R$ 255). Se esse valor estiver acima de US$ 45 e abaixo de US$ 85 (R$ 483), poderá ser aplicada uma alíquota mínima de 2,5% e de no máximo 7,5%.
Caso o barril seja negociado entre US $80 (R$ 454) e US $100 (R$ 568), a taxa deverá variar de 7,5 e 12,5%. Acima de US $100, a porcentagem mínima será de 12,5% e a máximo de 20%
Em relação ao Programa de Estabilização, ele também deverá ser regulamentado pelo Executivo, que que definirá a forma de utilização dos recursos e os parâmetros para redução da volatilidade de preços.
A iniciativa poderá ter como fonte o Imposto de Exportação incidente sobre o petróleo bruto; os dividendos da Petrobras devidos à União; participações governamentais destinadas à União, resultantes tanto do regime de concessão quanto do regime de partilha de produção.
Agência Folhapress
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