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Economia

- Publicada em 02 de Dezembro de 2021 às 18:05

RS tem potencial para mais que triplicar número de participantes no mercado livre de energia

Governo gaúcho tenta privatizar área de geração, após ter vendido segmentos de distribuição e transmissão

Governo gaúcho tenta privatizar área de geração, após ter vendido segmentos de distribuição e transmissão


CEEE-G/Divulgação/JC
Jefferson Klein
Hoje, são cerca de 2,3 mil consumidores gaúchos que integram o mercado livre de energia (formado por grandes clientes como indústrias, shoppings ou redes de supermercados que atingem carga acima de 0,5 MW). Porém, segundo cálculos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), já haveria condição de chegar a mais do que o triplo dessa quantidade, alcançando outras 7,3 mil unidades.
Hoje, são cerca de 2,3 mil consumidores gaúchos que integram o mercado livre de energia (formado por grandes clientes como indústrias, shoppings ou redes de supermercados que atingem carga acima de 0,5 MW). Porém, segundo cálculos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), já haveria condição de chegar a mais do que o triplo dessa quantidade, alcançando outras 7,3 mil unidades.
O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, argumenta que o fato de o Rio Grande do Sul apresentar um nível alto de industrialização e comércio é um dos elementos que contribui para que se tenha um número relevante de consumidores que podem migrar para o ambiente de contratação livre de energia. Esse mercado permite a negociação direta de contratos com fornecedores, sejam eles geradoras ou comercializadoras.
Entre os agentes gaúchos que já podem, mas ainda não participam desse contexto, a maior parte encontra-se na faixa de consumo comercial, seguido pelo poder público, rural e industrial. Na tarde desta quinta-feira (2), Altieri concedeu entrevista coletiva à imprensa falando dos desafios e perspectivas do setor elétrico. Um dos tópicos abordados pelo presidente do Conselho de Administração da CCEE foi a crise hídrica enfrentada no Brasil.
Ele lembra que, de janeiro a outubro de 2021, o País registrou o pior cenário hidrológico em um período de 91 anos. Altieri ressalta que, por meados de agosto, muitos especialistas falavam que seriam inevitáveis o corte de carga elétrica e o racionamento de energia, entretanto por meio de uma série de medidas, como o aumento da geração térmica, foi possível reverter a situação.
“Todo esse esforço teve um custo e ele é alto, não dá para negar”, admite o representante da CCEE. A estimativa é que os consumidores brasileiros (dos ambientes livre e cativo – abastecido pelas distribuidoras e que abrange a classe residencial) vão ser onerados em cerca de R$ 24,3 bilhões. Esse é o gasto com o chamado despacho por segurança energética, que é o acionamento das termelétricas e importação de energia do Uruguai e da Argentina para suprir a escassez hidrelétrica, que resultou em uma geração total de energia na ordem de 4.135 MW médios. Os valores envolvidos, para Altieri, provam que a matriz térmica nacional precisa ser melhorada, pois é obsoleta, ambientalmente inadequada e custa caro.
Apesar desse ônus, o cenário hídrico no Brasil apresentou uma leve melhora e as projeções estão mais otimistas. O integrante da CCEE enfatiza que as ações adotadas permitiram agregar aos reservatórios das hidrelétricas do Sistema Elétrico Interligado Nacional (SIN) 20 pontos porcentuais de elevação, fechando 30 de novembro com aproximadamente 26% de capacidade de armazenamento. “Imagina (se as medidas não fossem tomadas) a gente começar o período úmido (de chuvas) com 6% de armazenamento, não teria como operar o sistema” comenta.
Quanto à carga de energia que o País deve fechar 2021, a expectativa é de alcançar o patamar de 69.475 MW médios, significando um crescimento de 3,9% em relação ao verificado no ano passado. Já para 2022, a projeção é de aumento de 2,7%, considerando um incremento de 1,3% no PIB nacional.
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