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Economia

- Publicada em 30 de Novembro de 2021 às 14:37

Maiores cidades do Nordeste e outras 6 capitais cancelam Réveillon

Recife, Fortaleza e Salvador oficializaram, nos últimos três dias, a desistência em promover aglomerações durante a virada de ano

Recife, Fortaleza e Salvador oficializaram, nos últimos três dias, a desistência em promover aglomerações durante a virada de ano


Prefeitura de Fortaleza/ Divulgação/ JC
As maiores capitais do Nordeste anunciaram que não vão realizar festas de Réveillon neste ano por temor de um avanço da Covid-19 com a chegada da variante Ômicron. Recife, Fortaleza e Salvador oficializaram, nos últimos três dias, a desistência em promover aglomerações durante a virada de ano. Os eventos privados, porém, estão mantidos.
As maiores capitais do Nordeste anunciaram que não vão realizar festas de Réveillon neste ano por temor de um avanço da Covid-19 com a chegada da variante Ômicron. Recife, Fortaleza e Salvador oficializaram, nos últimos três dias, a desistência em promover aglomerações durante a virada de ano. Os eventos privados, porém, estão mantidos.
Além delas, mais cinco capitais já anunciaram publicamente, nesta semana, que não terão festa da virada: Aracaju, São Luís, João Pessoa, Campo Grande, Palmas e Florianópolis.
Fortaleza foi a primeira a anunciar, no sábado, o cancelamento da festa. O anúncio foi feito pelo prefeito Sarto (PDT) por meio de suas redes sociais, ressaltando que "a vacinação contra a Covid-19 vai bem e os números de internações e óbitos seguem estáveis em níveis baixos".
"Até chegamos a considerar a possibilidade de realizar nossa tradicional festa da virada, se a situação permitisse. Mas não podemos relaxar, sob pena de colocarmos todo trabalho feito até aqui a perder. O cenário internacional é preocupante. E estamos em alerta", afirmou.
Nesta segunda (29), foi a vez de Salvador anunciar que também estava deixando para trás a ideia de fazer uma festa para a virada de ano, alegando os mesmos riscos.
"Diante da chegada de uma nova variante da Covid-19 e do aumento de casos na Europa, estou tomando a decisão de cancelar o Virada Salvador deste ano. Sei da importância do evento para a economia da nossa cidade, mas seguimos colocando a vida das pessoas em primeiro lugar", escreveu no Twitter o prefeito Bruno Reis (DEM).
Hoje, foi a vez de o Recife confirmar que não vai realizar shows e terá apenas queima de fogos sem estampido em quatro balsas na orla de Boa Viagem, além de espetáculos no Ibura, Lagoa do Araçá, Jardim São Paulo e Morro da Conceição.
"Vamos ter queima tradicional de fogos na orla de Boa Viagem, mas sem promoção de shows, que promovem grandes aglomerações, chegando a registrar mais de 1 milhão de pessoas na orla", disse o prefeito João Campos (PSB).
Além das três maiores capitais, Aracaju, João Pessoa e São Luís também já anunciaram que não vão ter festas de virada neste ano após a descoberta da Ômicron.
Ainda no Nordeste, Natal tem editais lançados e segue, a princípio, com as festas marcadas, mas avalia se mantêm ou não os eventos. Já Maceió decidiu manter as festividades, sem alterações. Teresina -que não tem tradição em realizar festas no fim de ano- ainda não se posicionou oficialmente sobre o Réveillon 2022.
Fora do Nordeste, a Prefeitura de Florianópolis também anunciou cancelamento da festa e diz que fará apenas o show pirotécnico.
Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que vai esperar uma melhor definição da ciência, com dados da Vigilância Sanitária, para "agir tecnicamente". "Se não houver algum risco sanitário para a população, terá Réveillon. Se houver, não teremos, numa posição totalmente apartidária."
No Rio, a prefeitura de Eduardo Paes (PSD) já planeja o Réveillon com três palcos na praia de Copacabana para atrair ao menos 2 milhões de pessoas com queima de fogos e "obrigatoriamente uma atração de renome internacional".
Também estão previstas festas no Flamengo (zona sul), Parque Madureira (zona norte), em outros sete bairros e na Ilha de Paquetá. Pela primeira vez, haveria palcos em Bangu e no Boulevard Olímpico, no Centro. Para esses eventos, a expectativa é de 1 milhão de pessoas.
Em Campo Grande, tampouco irá realizar celebração neste ano, assim como Palmas -que nem fogos terá.
Com o avanço da vacinação, as festas de Réveillon eram negociadas desde o meio do ano pelas principais cidades do Nordeste, que pretendiam aproveitar a retomada do turismo, celebrar a virada e incentivar a economia.
Mas, com países da Europa vivendo uma quarta onda da doença, as prefeituras começaram a repensar o assunto. O surgimento da variante Ômicron foi a gota d'água para que as festas fossem definitivamente abortadas.
"A rigor, não temos segurança nenhuma para a realização dessas festas agora em dezembro", diz a epidemiologista Glória Teixeira, do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e participante da Rede do Covida.
Folhapress
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