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Economia

- Publicada em 08 de Novembro de 2021 às 10:14

IPCA 2021 sobe de 9,17% a 9,33% e 2022 vai de 4,55% a 4,63%, aponta Focus

Essa foi a 31ª alta consecutiva da projeção para a inflação

Essa foi a 31ª alta consecutiva da projeção para a inflação


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC/
Agência Estado
A projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 subiu pela 31ª semana consecutiva e passou de 9,17% para 9,33%, conforme o Relatório Focus, mais de quatro pontos porcentuais acima do teto da meta (5,25%) a ser perseguida neste ano pelo Banco Central (BC). Há um mês, estava em 8,59%. A estimativa para o índice em 2022 também continuou subindo, de 4,55% para 4,63% - o 16º aumento seguido. A mediana já está mais próxima da banda superior da meta (5,00%) do que do centro (3,50%). Quatro semanas atrás, estava em 4,17%.
A projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 subiu pela 31ª semana consecutiva e passou de 9,17% para 9,33%, conforme o Relatório Focus, mais de quatro pontos porcentuais acima do teto da meta (5,25%) a ser perseguida neste ano pelo Banco Central (BC). Há um mês, estava em 8,59%. A estimativa para o índice em 2022 também continuou subindo, de 4,55% para 4,63% - o 16º aumento seguido. A mediana já está mais próxima da banda superior da meta (5,00%) do que do centro (3,50%). Quatro semanas atrás, estava em 4,17%.
Considerando as 81 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para o IPCA de 2021 passou de 9,40% para 9,46%. Para 2022, também foram feitas 81 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa variando de 4,56% para 4,60%.
Depois das manobras anunciadas pelo governo no teto de gastos para bancar o aumento do novo Bolsa Família a R$ 400, diversas instituições majoraram as estimativas para a inflação em 2021 e, principalmente, em 2022, prevendo uma deterioração econômica devido à perda de credibilidade da âncora fiscal. Houve também sinais de desancoragem em horizontes mais longos.
Nesta edição, a expectativa para o IPCA em 2023 permaneceu em 3,27%. No caso de 2024, a previsão passou de 3,07% para 3,10%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% e 3,00%, respectivamente. A meta para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%). Já para 2024 o objetivo é de 3,00%, com margem de 1,5 ponto (de 1,5% para 4,5%).
No comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de outubro, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 9,5% em 2021, 4,1% em 2022 e 3,1% em 2023. O colegiado elevou a Selic em 1,5 ponto porcentual, para 7,75% ao ano.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro elevaram novamente a previsão para o IPCA em outubro de 2021, de alta de 0,89% para 1,00%.. Um mês antes, o porcentual projetado era de 0,56%.
Para novembro, a projeção no Focus passou de alta de 0,57% para 0,60%, enquanto, para dezembro, a estimativa permaneceu em 0,66%. Há um mês, os porcentuais indicavam elevações de 0,40% e 0,60%, nesta ordem.
A inflação suavizada para os próximos 12 meses cedeu marginalmente de alta de 5,12% para 5,11% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,56%.
Selic
Após o Comitê de Política Monetária (Copom) indicar, na ata da sua reunião de outubro, que o novo "plano de voo" é elevar a taxa Selic a passos de 1,50 ponto porcentual, os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a taxa básica da economia no fim de 2021 em 9,25%.
Essa estimativa considera justamente um aumento de 1,50 ponto porcentual no último encontro do ano, em dezembro. Há um mês, a mediana era de 8,25%. Já a estimativa para o fim de 2022 continuou subindo, passando de 10,25% para 11,00%, ante 8,75% de um mês antes.
Considerando apenas as 86 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para a Selic no fim de 2021 também permaneceu em 9,25%. Já para 2022, a mediana passou de 10,75% para 11,00%, considerando as 86 atualizações dos últimos cinco dias úteis.
O cenário para a taxa básica de juros da economia também ficou mais alta nos anos seguintes. A estimativa do Focus para a taxa Selic no fim de 2023 passou de 7,25% para 7,50%, ante 6,50% há quatro semanas. Para 2024, passou de 6,75% para 7,00%, ante 6,50% de um mês atrás.
PIB
O Relatório mostrou nova deterioração no cenário de crescimento econômico do Brasil. A redução na previsão mediana para Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 desta vez foi marginal, de 4,94% para 4,93%. Há quatro semanas, estava em 5,04%. Para 2022, a projeção de expansão do PIB recuou de 1,20% para 1,00%. Quatro semanas atrás, estava em 1,54%.
Considerando apenas as 48 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2021 passou de 4,90% para 4,92%. Para 2022, também foram feitas 48 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa caindo de 1,00% para 0,99%.
Para 2023, a projeção de crescimento continuou em 2,00%, de 2,20% há um mês. Já para 2024, a estimativa passou de 2,20% para 2,05%, ante 2,46% de quatro semanas atrás.
O Banco Central deixou de publicar, no documento do Focus, as projeções para a produção industrial, devido à pouca quantidade de respostas para esse indicador.
Déficit primário
O Relatório de Mercado Focus mostrou também que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 caiu de 60,30% para 60,15%. Há um mês, estava em 60,90%. Para o próximo ano, a expectativa passou de 63,00% para 62,90%, ante 62,80% de um mês atrás.
O relatório trouxe ainda alteração na relação entre o déficit primário e o PIB deste ano, de 1,20% para 1,00%. No caso de 2022, a estimativa passou de 1,20% para 1,15%. Há um mês, os porcentuais estavam em 1,40% e 1,00%, respectivamente.
Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2021 permaneceu em 5,90%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2022, variou de 6,50% para 6,55%. Há quatro semanas, essas relações estavam em 5,70% e 6,35%, nesta ordem.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros. Os economistas do mercado financeiro pioraram a projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2021, de US 9,39 bilhões para US 10,0 bilhões, na pesquisa Focus. Há um mês, a mediana era negativa em US 3,0 bilhões.
Para 2022, o rombo projetado continuou em US 19,0 bilhões, de US 19,50 bilhões de um mês atrás. Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2021 seguiu em US 50,00 bilhões, ante US 51,00 bilhões de um mês antes.
Para 2022, a expectativa continuou em US 60,00 bilhões, ante US 60,50 bilhões de um mês antes. No caso da balança comercial em 2021, a projeção subiu de superávit comercial de US 70,10 bilhões para US 70,25 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US 70,00 bilhões. Para 2022, a estimativa de superávit foi mantida em US 63,00 bilhões, mesmo patamar de um mês atrás.
Câmbio
O Relatório também trouxe manutenção no cenário da moeda norte-americana em 2021 e 2022. A mediana das expectativas para o câmbio no fim de período este ano permaneceu em R$ 5,50, ante R$ 5,25 de um mês atrás. Para 2022, a estimativa para o câmbio também ficou em R$ 5,50, de R$ 5,25 há quatro semanas.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus passou a ser calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano. A mudança foi anunciada em janeiro pelo BC. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
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