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Turismo

- Publicada em 17 de Novembro de 2021 às 21:41

Hotéis do litoral estão otimistas com o fim de ano

Com a alta do dólar, estabelecimentos devem priorizar o público nacional na próxima temporada

Com a alta do dólar, estabelecimentos devem priorizar o público nacional na próxima temporada


/EDUARDO SEIDL/PALÁCIO PIRATINI/JC
O setor hoteleiro do litoral gaúcho chega ao fim deste ano com altas expectativas para o período de festas, como Natal e Ano Novo, e também para o veraneio 2022. Isso representa uma grande oportunidade para reduzir as perdas geradas pela pandemia de coronavírus. Somente na praia de Torres, a prefeitura prevê 500 mil pessoas aproveitando a virada do ano.
O setor hoteleiro do litoral gaúcho chega ao fim deste ano com altas expectativas para o período de festas, como Natal e Ano Novo, e também para o veraneio 2022. Isso representa uma grande oportunidade para reduzir as perdas geradas pela pandemia de coronavírus. Somente na praia de Torres, a prefeitura prevê 500 mil pessoas aproveitando a virada do ano.
De acordo com a presidente do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares do Litoral Norte do Rio Grande do Sul (Sindi Litoral Norte), Ivone Ferraz, quanto ao fim do ano, a busca por reservas aumentou 50% em relação ao ano passado. Para o verão, é projetado crescer ainda mais.
O Hotel Araçá, em Capão da Canoa, espera que o verão de 2022 seja o melhor dos últimos quatro anos. Ainda no inverno, eles tiveram uma movimentação alta, que é atípica para esse período. As tarifas mais competitivas ajudaram a atrair um novo tipo de cliente: os trabalhadores. "Acredito que o pessoal não está querendo mais ficar em casa. E quando tem um serviço bom e tarifa boa, eles vêm", conta o gerente do hotel, Henrique Fernando de Oliveira. Para o ano que vem, o hotel, que tem como público-alvo famílias com filhos, procurou manter o mesmo tarifários de anos anteriores.
Ainda assim, um desafio é transformar o alto volume de interessados em reservas efetivadas. "O pessoal tem procurado bastante e pesquisado em vez de fechar com o primeiro hotel", ressalta Oliveira.
Na alta temporada, o turista do exterior respondia por 80% dos hóspedes do Farol Hotel, de Torres. Com o aumento do dólar e as restrições sanitárias de ingresso ao Brasil, o estabelecimento deve priorizar o público nacional no próximo verão. Segundo o gerente, Victor Pozzi Negrini, os argentinos e uruguaios costumam fazer reservas mais longas e com mais pessoas, além de comprarem grandes pacotes de viagem.
"O brasileiro reserva muito em cima da hora. Tem aquela coisa de previsão do tempo e vê se tem dinheiro ou não, é mais delicado", compara. Por isso as expectativas para a alta temporada de verão são incertas - apesar disso, o Farol Hotel já tem 60% de ocupação para o Ano Novo e 50% para o Natal.
Um ponto que exige certo jogo de cintura dos hoteleiros é a utilização de reservas efetivadas antes da pandemia e não utilizadas pelos turistas. Quando os hotéis fecharam, em março de 2020, muitas pessoas optaram por receber uma espécie de carta de crédito, para uso futuro, referente aos valores já pagos.
Agora, chegou a hora deste cliente usar suas diárias, em um cenário econômico completamente diferente: alta da inflação e custos maiores com insumos como água, energia e combustíveis. Em alguns casos, os custos estão 50% maiores.
"Eu recebi em 2020 e gastei em 2020. Hoje eu vou ter que pagar mais caro os meus insumos e receber esse cliente", lamenta Ivone Ferraz, presidente da Sindi Litoral Norte.

Inflação corroeu carta de crédito

Gerente do Farol Hotel, Victor Pozzi Negrini, prevê verão melhor que dos últimos 2 anos

Gerente do Farol Hotel, Victor Pozzi Negrini, prevê verão melhor que dos últimos 2 anos


Farol Hotel/Divulgação/JC
Quando os hotéis fecharam em março de 2020, as pessoas que haviam feito reservas durante o período da pandemia tiveram que optar entre duas opções: pedir reembolso ou receber uma carta de crédito para poder utilizar em outros serviços da empresa, com um prazo de 12 para utilizar. Contudo, o aumento da inflação fez com que os insumos (gás, água e luz) gastos no ano passado, hoje, estejam custando 50% a mais. Ou seja, mesmo que tenha movimento nesse final de ano e veraneio, não vai haver circulação de dinheiro por conta desses créditos acumulados dos dois anos de pandemia. "Eu recebi em 2020 e gastei em 2020. Hoje eu vou ter que pagar mais caro os meus insumos e receber esse cliente", lamenta a presidente da Sindi Litoral Norte.