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TURISMO

- Publicada em 29 de Outubro de 2021 às 18:13

Em gradual retomada, turismo corporativo e de negócios vislumbra 2022 com otimismo

Viagens corporativas e para rodadas de negócios voltam com força no País

Viagens corporativas e para rodadas de negócios voltam com força no País


ABRACORP/DIVULGAÇÃO/JC
Com a demanda reprimida ao longo dos meses de pandemia, a retomada do turismo corporativo começa a ganhar fôlego, amparada na volta dos eventos, rodadas de negócios e avanço da vacinação contra a Covid-19. Em todo o País, o mês de setembro registrou aumento de 96% em faturamento do segmento em relação ao mesmo período do ano passado- uma movimentação de mais de R$ 453,4 milhões - e de 16% na comparação com o mês de agosto de 2021. Embora ainda distante dos patamares pré-crise sanitária, os números animam o mercado e fortalecem a organização de roteiros e agendas para a consolidação do reaquecimento do setor em 2022 .
Com a demanda reprimida ao longo dos meses de pandemia, a retomada do turismo corporativo começa a ganhar fôlego, amparada na volta dos eventos, rodadas de negócios e avanço da vacinação contra a Covid-19. Em todo o País, o mês de setembro registrou aumento de 96% em faturamento do segmento em relação ao mesmo período do ano passado- uma movimentação de mais de R$ 453,4 milhões - e de 16% na comparação com o mês de agosto de 2021. Embora ainda distante dos patamares pré-crise sanitária, os números animam o mercado e fortalecem a organização de roteiros e agendas para a consolidação do reaquecimento do setor em 2022 .
As viagens de negócios representam 60% dos bilhetes aéreos emitidos no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp), e, se considerando o trimestre de julho a setembro, o crescimento geral do mercado de turismo corporativo em relação a 2020 chegou a 118%, o que dá ainda mais otimismo ao setor. Para se ter uma ideia, no segundo trimestre de 2021 as agências associadas à entidade amargaram queda de 68% em relação ao mesmo período do ano passado.
Levantamento da entidade sobre a recuperação dos principais produtos do segmento, na comparação com dados de 2019, último ano de atividades plenas do setor antes da pandemia, mostra incremento na retomada dos segmentos de hotelaria (60%) e aéreo (46,5%). Além disso, a área de locações registrou progresso de 6,7%.
Segundo o presidente executivo da entidade, Gervasio Tanabe, a expectativa é de que a retomada avance ainda mais a partir agora, inclusive com o retorno significativo das viagens mais longas. "Com a maior parte da população brasileira vacinada, as empresas devem começar a voltar ao modelo de trabalho presencial, impulsionando nosso setor", afirma.
Ele acredita, no entanto, que essa recuperação gradual será calcada em novas exigências relacionadas aos cuidados em relação ao distanciamento social e aos protocolos sanitários, que embasarão a escolha de companhias aéreas e hotéis. “O avanço da vacinação no Brasil e no mundo é um estímulo muito importante para a retomada das viagens. Isso gera confiança nas pessoas e a segurança necessária. Mas é muito importante que estejamos atentos aos protocolos, com o contínuo uso de máscaras e álcool em gel para a higienização”, complementa o dirigente da Abracorp.
Referência para o turismo de negócios, Porto Alegre em tempos pré-pandêmicos chegava a sediar uma média anual de 25 a 30 eventos corporativos. O impacto das restrições sanitárias e liberação tardia dos eventos com presença de púbico pode ser comprovado ao checar o calendário do site do Porto Alegre & Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau (POACVB). De setembro a dezembro deste ano, apenas sete eventos corporativos integram a agenda, todos já programados antes da pandemia e realizados agora.
Para 2022, já há pelo menos 12 eventos nacionais e três internacionais confirmados para a cidade, que devem movimentar cerca de R$ 4,2 milhões à economia local. "Não são números altos ainda, mas a previsão é de termos cerca de 9,2 mil visitantes se hospedando e consumindo na cidade, um impacto econômico muito positivo, e que mostra que a retomada está sendo gradual do nosso mercado", diz a presidente do POACVB, Adriane Hilbig.
Segundo ela, essa captação de eventos corporativos resultou de um intenso trabalho conjunto das entidades dos setores turístico, comercial e de eventos em divulgação de Porto Alegre como destino para essas atividades. "Nos empenhamos muito nisso ao longo de 2020, foi o que pudemos fazer em função da pandemia. Vejo 2022 como o ano da virada de chave para essa nossa retomada, completa Adriane.

Reuniões e viagens para fechamentos de contratos movimentaram hotéis e agências

Viagens de negócios colaboraram para a manutenção das agências de turismo em meio à pandemia

Viagens de negócios colaboraram para a manutenção das agências de turismo em meio à pandemia


JULIO BITENCOURT/DIVULGAÇÃO/JC
Na Capital, o peso das viagens de negócios, em gradual crescimento desde o ano passado, também fez toda a diferença para a manutenção das agências de viagem. Vice-presidente de Relações institucionais da seccional gaúcha da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav-RS) e presidente do Conselho Municipal de Turismo de Porto Alegre, Rita Vasconcelos comenta que as viagens voltadas às rodadas de negócios, reuniões e fechamentos de contratos foram fundamentais para o mercado em meio à pandemia.
"Foi o turismo corporativo que nos ajudou a ter alguma venda ano passado. E, agora, quando caminhamos para a retomada do turismo de lazer pelo Brasil, ele também aparece de forma mais significativa", comenta.
Proprietária da RC Tour, ela destaca ainda que vê mudança de hábitos entre as empresas nas viagens corporativas. A primeira alteração percebida refere-se ao fim das viagens para reuniões rápidas, hoje substituídas pelas conversas online. Também há toda uma preocupação maior com o enxugamento de gastos, priorizando tarifas mais em conta e menos colaboradores em trânsito. "As viagens agora passam por um crivo maior dentro das empresas, que avaliam com mais intensidade a necessidade, os custos e resultados. Tanto em passagens áreas quanto em hotelaria se priorizam as tarifas mais econômicas e, em muitos casos, as viagens de ônibus, quando o translado permite", revela.
No entanto, Rita comenta que o aumento da demanda começa a tomar forma, já que nada substitui o "olho no olho" na hora de fechar um negócio. "Há os eventos corporativos, que começam a voltar com mas frequência, mas também as reuniões para fechamento de contrato e rodadas de negócios que seguem um movimento de retomada acelerada mês a mês".
Esse reaquecimento do mercado também vem refletindo nas contratações de colaboradores para as agências de viagens, bem como na reorganização dos negócios, que voltam a operar nas sedes físicas, e não mais apenas remotamente. "Muitas agências fecharam as lojas físicas e dispensaram funcionários durante o período mais crítico da pandemia, mas não chegaram a encerras as empresas, permanecendo o atendimento remoto. Agora, começa o movimento de volta presencial, um saldo positivo para todos", explica.
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No setor hoteleiro de Porto Alegre, a ocupação média dos estabelecimentos ao longo do mês de setembro chegou a 46%. Embora ainda aquém aos meses sem pandemia, o índice colabora para ameniza um pouco as perdas acumuladas pelo setor.
"Os números da nossa hotelaria estão melhorando. Ainda não atingimos o mesmo nível que tínhamos antes da pandemia, mas estamos vislumbrando uma boa retomada. Perceber que o turismo corporativo está voltando a ganhar força nos dá, também, uma boa dose de otimismo. Ainda não há exatamente o que comemorar porque, apesar da retomada deste tipo de turismo, a ocupação média de nossos hotéis ficou em 46% no mês de setembro, por exemplo. É bem melhor do que 2020, claro, mas ainda precisamos melhorar e avançar", avalia Carlos Henrique Schmidt, presidente do Sindicato de Hotéis de Porto Alegre (SHPOA).
De acordo com a União Brasileira dos Promotores Feiras (Ubrafe), a expectativa é que até 2022 o País tenha um calendário completo com mais de 700 feiras e eventos de negócios, o que traz otimismo e esperança ao segmento de turismo no geral. Em 2019, segundo a entidade, o estudo de demanda de turismo internacional do Ministério do Turismo apontou que o turismo de negócios foi o segundo principal motivo da vinda de estrangeiros ao Brasil.