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Economia

- Publicada em 19 de Outubro de 2021 às 18:37

Unidade da Cesa em Passo Fundo é leiloada por R$ 23,35 milhões

Área total que foi vendida é de aproximadamente 29 mil metros quadrados

Área total que foi vendida é de aproximadamente 29 mil metros quadrados


GOOGLE MAPS/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
Dando sequência ao plano de vender ativos para quitar as dívidas trabalhistas da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), foi leiloada nesta terça-feira (19) a unidade de Passo Fundo do grupo. O complexo foi arrematado por R$ 23,35 milhões por duas empresas locais: a New House Incorporações e Administração e a Brair Empreendimentos Imobiliários Eireli.
Dando sequência ao plano de vender ativos para quitar as dívidas trabalhistas da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), foi leiloada nesta terça-feira (19) a unidade de Passo Fundo do grupo. O complexo foi arrematado por R$ 23,35 milhões por duas empresas locais: a New House Incorporações e Administração e a Brair Empreendimentos Imobiliários Eireli.
O leiloeiro da Justiça do Trabalho Daniel Chaieb informa que não houve ágio no valor da venda. Ele recorda que foi a primeira vez que a unidade em questão foi ofertada de forma inteira. “Anteriormente, ela estava indo (a leilão) de maneira fatiada”, detalha.
O complexo fica localizado no Centro de Passo Fundo e possui uma área de aproximadamente 29 mil metros quadrados. Chaieb ressalta que quando a Cesa se instalou no local, há algumas décadas, era uma região menos povoada. O crescimento urbano dificultou o transporte de grãos pela localidade. Ele acrescenta que a área possui várias possibilidades de aproveitamento, tanto residenciais como comerciais.
Já o presidente liquidante da Cesa, João Fischer, considerou um bom negócio o resultado do leilão. Ele adianta que, com os recursos obtidos, será possível pagar várias prestações para os credores da Cesa, cumprindo acordo feito na Justiça do Trabalho com os funcionários da empresa. Fischer antecipa que, futuramente, mais ativos do grupo deverão ser submetidos a leilão.
A Cesa era controlada pelo governo do Estado e teve sua extinção aprovada pela Assembleia Legislativa em abril de 2018. O presidente do Sindicato dos Auxiliares de Administração de Armazéns Gerais do Estado (Sagers), Lourival Pereira, lembra que foi fechado um acordo com o governo do Estado para diminuir o tamanho do débito e que fosse feito o pagamento de 40% da dívida da companhia com os trabalhadores (o que representava originalmente R$ 117 milhões, somando custas do processo) em 72 parcelas.
Contudo, segundo o dirigente, os pagamentos somente ocorrem quando há a alienação de algum ativo da companhia. Assim, até o momento, foram quitadas 26 parcelas e 28 estão atrasadas. Apesar dessa situação, Pereira afirma que houve uma evolução ao serem estabelecidos critérios de vendas dos ativos da Cesa. Mas, o sindicalista adverte que no acordo original estava previsto que se fossem atrasadas três parcelas seguidas ou oito alternadas o valor da dívida a ser paga pelo governo voltaria a ser integral e não apenas de 40% do montante devido.
Ele informa que foram feitos quatro aditivos para prorrogar o prazo de pagamento, porém em fevereiro termina essa expansão de tempo e Pereira adianta que não serão feitos novos aditivos. “Se o governo não colocar em dia as parcelas atrasadas e não pagar as parcelas mensalmente, automaticamente vai voltar os 100% da dívida (cerca de R$ 290 milhões)”, alerta o dirigente.
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