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Economia

- Publicada em 15 de Outubro de 2021 às 16:22

Píer para receber GNL em Rio Grande será multiuso

Empreendimento total, com píer e planta de regaseificação, tem previsão de mais de R$ 6 bilhões em investimentos

Empreendimento total, com píer e planta de regaseificação, tem previsão de mais de R$ 6 bilhões em investimentos


Portos RS/Divulgação/JC
Jefferson Klein
A implantação de uma termelétrica em Rio Grande pelo grupo espanhol Cobra não significará apenas uma nova fonte de geração de energia elétrica no Estado, a confirmação do empreendimento também representará ganhos logísticos para o porto gaúcho. Como a usina será alimentada com gás natural liquefeito (GNL), será necessário implementar um píer para receber os navios que transportam o combustível e essa estrutura poderá ser utilizada para movimentar outros produtos.
A implantação de uma termelétrica em Rio Grande pelo grupo espanhol Cobra não significará apenas uma nova fonte de geração de energia elétrica no Estado, a confirmação do empreendimento também representará ganhos logísticos para o porto gaúcho. Como a usina será alimentada com gás natural liquefeito (GNL), será necessário implementar um píer para receber os navios que transportam o combustível e essa estrutura poderá ser utilizada para movimentar outros produtos.
O superintendente da Portos RS, Fernando Estima, adianta que, do total do tempo de operação do píer em um ano, cerca de 30% será voltado para a movimentação do gás natural para atender à térmica e os 70% restante poderão ficar disponíveis para outras cargas. “Pode ser até gás, de outra empresa, que não seja a Cobra, ou outros produtos químicos, porque o local onde será construído o píer, no plano de zoneamento do porto, é para produtos químicos, gás e petróleo”, detalha o dirigente.
Além da termelétrica e do píer, está prevista a instalação de uma unidade de regaseificação (Regas) no porto de Rio Grande. Os projetos encontram-se em processo de licenciamento ambiental e, sendo viabilizados, significarão um investimento de aproximadamente R$ 6 bilhões. A usina, planejada para uma capacidade de 1.238 mil MW (o que corresponde a cerca de um terço da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul), venceu em 2014 um leilão para comercializar sua geração. Entretanto, posteriormente, teve sua outorga (autorização) revogada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mais recentemente, uma decisão da Justiça estipulou que fossem suspensas as determinações do órgão regulador do setor elétrico.
Conseguindo sair do papel, como a térmica não utilizará toda a capacidade da unidade de regaseificação, o excedente de combustível poderá ser destinado a outras regiões. O consumo da usina será de aproximadamente 5,5 milhões de metros cúbicos ao dia de gás natural e a capacidade da planta de regaseificação será de 14 milhões de metros cúbicos diários. Estima ressalta que o gás que chegar a Rio Grande pode ser deslocado através de caminhões, que transportam o produto por cilindros, por meio da construção de novos gasodutos ou até mesmo pelas hidrovias, podendo alcançar pontos como, por exemplo, o polo petroquímico de Triunfo.
Conforme o superintendente da Portos RS, outro benefício da iniciativa é na área tributária. O dirigente frisa que o terminal de GNL em solo gaúcho propiciará que o Estado receba recursos de ICMS que atualmente ficam no Mato Grosso do Sul, já que o gás boliviano que abastece o Rio Grande do Sul ingressa no País por aquela região. Ele calcula que o ganho na arrecadação pode atingir algo na ordem de R$ 500 milhões ao ano.
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