Em um momento em que os reservatórios das hidrelétricas do País encontram-se em baixíssimos níveis, o setor elétrico nacional está prestes a contar com a volta da disponibilidade da geração da termelétrica Pampa Sul, que tem capacidade instalada de 345 MW (energia suficiente para atender cerca de 1,3 milhão de pessoas). A usina gaúcha a carvão mineral, pertencente ao grupo Engie, prevê concluir sua parada programada para manutenção de rotina no próximo domingo (17).
De acordo com a assessoria de imprensa da companhia, o investimento na manutenção, iniciada em setembro, foi de aproximadamente R$ 50 milhões e gerou em torno de 1 mil empregos diretos no pico da atividade, que é considerada essencial para a confiabilidade do funcionamento da estrutura. Além do complexo da Engie situado em Candiota, outra térmica no Rio Grande do Sul que poderá entrar em operação em breve é a Central Térmica Uruguaiana.
Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS) Elétrico, o acionamento do empreendimento na Fronteira Oeste do Estado está previsto para ocorrer de outubro até dezembro. Porém, para isso se concretizar, a planta necessita confirmar o fornecimento de gás natural que é proveniente da Argentina.
Paralelamente ao fim da manutenção da Pampa Sul, a Engie também está recebendo propostas para a alienação desse ativo. A entrada em operação comercial da usina ocorreu em junho de 2019, sendo que a térmica já recebeu investimentos de mais de R$ 2 bilhões e tem 100% da sua energia contratada até 31 de dezembro de 2043.
No dia 30 de agosto, a Engie assinou o contrato de venda para a FRAM Capital do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, localizado em Capivari de Baixo, no Sul de Santa Catarina, cuja capacidade instalada é de 857 MW. O preço de aquisição foi estipulado em até R$ 325 milhões, sendo que R$ 210 milhões pagos no fechamento da operação e R$ 115 milhões sujeitos ao cumprimento de determinadas condições previstas no acordo do negócio.