Quem circula pelas ruas de Madri percebe que a rotina, aos poucos, parece voltar ao normal. Embora muitos cuidados sanitários permaneçam, como a utilização de máscaras em locais fechados, como comércio e metrô, ao ar livre boa parte dos espanhóis deixou de utilizar a proteção, como visto pela reportagem ao circular pela capital espanhola. O
JC acompanha missão gaúcha no país.
Na Espanha, o uso de máscara não é obrigatório ao ar livre desde junho deste ano. A medida implementada pelo governo do país só foi possível com o avanço da vacinação. Em setembro último, cerca de 73% da população espanhola estava completamente vacinada, conforme dados do Ministério da Saúde local – esse percentual equivale a 36,7 milhões de pessoas.
A máscara permanece necessária em espaços fechados, como metrô, comércio e hotéis – nos abertos, só quando houver risco de aglomeração ou a distância de 1,5 metros não possa ser respeitada, situação que não é seguida por ninguém nas ruas lotadas de Madri.
Famosa pelas festas e pela movimentação que atravessa a madrugada, nas zonas turísticas da capital se percebe que animadas aglomerações se formam pelas ruas principais, como a Gran Vía. O burburinho permanece em áreas conhecidas por bares e restaurantes ao ar livre, como Puerta del Sol.
Máscara todos têm, mas geralmente estão penduradas como “pulseiras” nos braços, de onde são prontamente retiradas e levadas à boca e ao nariz quando é preciso entrar em um restaurante, por exemplos.
Ainda se percebe um bom número de pessoas usando máscaras ao ar livre na Espanha, mas basta um olhar rápido para perceber que são turistas. Muitos vêm de seus países ainda com regras sanitárias mais rígidas, como o Brasil, e continuam com os cuidados sanitários usuais, como o uso de máscaras tanto em lugares abertos quanto fechados e o famoso frasquinho de álcool gel na mochila, para desinfetar as mãos quando necessário.
A Espanha é um dos países europeus que sentiu mais duramente os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Em março do ano passado, foi decretado um lockdown rigoroso, obrigando praticamente toda a população a permanecer dentro de casa. Desde então, foram 4,95 milhões de casos de coronavírus em território espanhol, com um total de 86 mil mortos, conforme os últimos dados.