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Economia

- Publicada em 05 de Outubro de 2021 às 07:50

Nova térmica no RS terá aporte de R$ 6 bi e pode ser licenciada até dezembro, diz grupo espanhol

Eduardo Leite visitou a sede do grupo espanhol em Madri e conversou com os empreendedores

Eduardo Leite visitou a sede do grupo espanhol em Madri e conversou com os empreendedores


GUSTAVO MANSUR/PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC
Cristiano Vieira
No segundo dia de atividades da missão gaúcha em Madri, uma boa notícia para a zona Sul e todo o Rio Grande do Sul: o grupo Cobra anunciou que espera apenas a concessão da licença de instalação e autorização da Aneel para começar as obras da termelétrica a gás de Rio Grande, um projeto inicialmente estimado em R$ 4 bilhões e que passou para R$ 6 bilhões após modificações no empreendimento.
No segundo dia de atividades da missão gaúcha em Madri, uma boa notícia para a zona Sul e todo o Rio Grande do Sul: o grupo Cobra anunciou que espera apenas a concessão da licença de instalação e autorização da Aneel para começar as obras da termelétrica a gás de Rio Grande, um projeto inicialmente estimado em R$ 4 bilhões e que passou para R$ 6 bilhões após modificações no empreendimento.
O governador Eduardo Leite visitou a sede do grupo espanhol na manhã de terça-feira (5) e conversou com os empreendedores. Conforme explicou o diretor geral do grupo Cobra, Jaime Lllopis, uma audiência pública deve ocorrer na próxima semana, na Assembleia Legislativa, para apresentar o projeto.
Decorridos 45 dias e caso não haja novo impedimento, a perspectiva é que a licença seja concedida pela Fepam ainda em dezembro deste ano. As obras, então, poderiam começar já em janeiro de 2022.
A história do megaempreendimento se arrasta desde 2009, quando foi anunciado, e está completamente paralisado. Inicialmente seria construído pelo grupo gaúcho Bolognesi, que se afastou do projeto, assumido depois pelo Cobra.
No começo, estava prevista a construção de uma estrutura sobre a água para a regaseificação do GNL e que receberia diretamente os navios. Essa alternativa foi abandonada e, agora, o projeto prevê gigantescos tanques construídos na mesma área, próxima ao porto de Rio Grande, para armazenar o gás, que chegará liquefeito a Rio Grande, de navio, para ser transformado em GNL no terminal.
São estruturas de contenção total, das mais seguras já existentes hoje no planeta – isso vai exigir um aporte extra realizado pelo Cobra entre R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões no projeto inicial (por isso chegaria a R$ 6 bi). A previsão é que o gás venha de países como Estados Unidos, Trinidad e Tobago e de países africanos.
Agora o governo gaúcho pretende intensificar as viagens à Brasília para convencer a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a liberar o projeto. A agência alegou dificuldades dos empreendedores em cumprir o cronograma de construção da unidade e revogou a outorga da iniciativa.
“A partir do momento em que tivermos a licença emitida, é mais um argumento que temos para pedir autorização à Aneel”, informou Leite, animado, ao fim da visita. Enquanto exibia certa dificuldade para ajeitar a gravata na entrevista, Leite confidenciou aos jornalistas que engordou 12 quilos desde que assumiu o governo e conseguiu, por enquanto, perder apenas quatro. “Tem aí um saldo de 8 quilos para reduzir, mas não está fácil”, brincou.
Com tudo correndo nos prazos estimados, a expectativa é que a usina, com capacidade para 1,2 MW de energia (um terço do consumo médio do Rio Grande do Sul) possa operar comercialmente em maio de 2024.
Aí entraria um segundo passo: a construção de um gasoduto ligando Rio Grande até a Região Metropolitana de Porto Alegre e, ainda, levar o gás via barcaças, pela Lagoa dos Patos, para abastecer a demanda do Polo Petroquímico de Triunfo.
“Hoje, todo o gás consumido pelo RS entra no Estado via Gasbol. Teríamos uma alternativa para nosso consumo, reduzindo essa dependência. Esse projeto representa uma oportunidade fantástica para o Rio Grande do Sul”, informou o superintendente do Porto de Rio Grande, Fernando Estima, que acompanhou a agenda.
Também representaria um incremento da ordem de R$ 1 bilhão por ano de ICMS aos cofres do governo do Rio Grande do Sul. Como o imposto é tributado na origem e, hoje, o gás que chega ao Estado entra no Brasil via Mato Grosso, a arrecadação de ICMS fica no estado do Centro-Oeste. Com o insumo entrando no Brasil via usina de Rio Grande, essa cobrança beneficiaria o governo gaúcho.
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