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Economia

- Publicada em 30 de Setembro de 2021 às 13:46

Leilão de energia acaba sem venda de usinas gaúchas

Rio Grande do Sul teve 81 empreendimentos eólicos cadastrados na disputa

Rio Grande do Sul teve 81 empreendimentos eólicos cadastrados na disputa


ELETROSUL/DIVULGAÇÃO/JC
Jefferson Klein
Apesar de 89 projetos de usinas a serem desenvolvidos no Rio Grande do Sul terem se cadastrado para disputar o leilão de energia nova A-5 (cinco anos para a entrega da geração), promovido pelo governo federal nesta quinta-feira (30), nenhum desses empreendimentos saiu vencedor da disputa. No total, o certame contratou a produção de 40 empreendimentos, que significarão um investimento na ordem de R$ 3 bilhões e disponibilizarão um adicional de capacidade instalada para o setor elétrico nacional de 860,796 MW (o que representa apenas cerca de 0,5% do que o Brasil possui de potência instalada atualmente).
Apesar de 89 projetos de usinas a serem desenvolvidos no Rio Grande do Sul terem se cadastrado para disputar o leilão de energia nova A-5 (cinco anos para a entrega da geração), promovido pelo governo federal nesta quinta-feira (30), nenhum desses empreendimentos saiu vencedor da disputa. No total, o certame contratou a produção de 40 empreendimentos, que significarão um investimento na ordem de R$ 3 bilhões e disponibilizarão um adicional de capacidade instalada para o setor elétrico nacional de 860,796 MW (o que representa apenas cerca de 0,5% do que o Brasil possui de potência instalada atualmente).
O presidente do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Guilherme Sari, argumenta que justamente o pouco volume de energia contratado é uma das explicações para que nenhum projeto gaúcho vendesse sua geração. Como o leilão registrou o cadastramento total de 1.694 projetos, que representaram 93.859 MW de potência instalada, essa grande oferta e a baixa procura acirrou a concorrência. As iniciativas oriundas do Rio Grande do Sul e inscritas na disputa eram compostas por 81 parques eólicos, cinco pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e três usinas a carvão, todos esses complexos somavam uma potência de 4.148 MW.
Apesar dos empreendimentos no Estado não terem comercializado suas gerações nesse certame, o presidente do Sindienergia-RS vê possibilidades futuras para a usinas, em particular para as eólicas, em nichos além dos leilões e do chamado ambiente regulado (que atende às distribuidoras de energia do País) “Temos um grande potencial para explorar no mercado livre (formado por grandes consumidores, como a classe industrial, que pode escolher de quem vai adquirir a geração elétrica)”, sustenta Sari.
O evento desta quinta-feira confirmou a contração da produção de usinas das fontes eólica, solar, recuperação energética de resíduos sólidos urbanos, hidrelétrica e termelétrica. Nesse último caso, concorriam estruturas abastecidas com carvão mineral nacional e gás natural, mas os empreendimentos dessa categoria que tiveram êxito (sete no total) utilizarão a biomassa como combustível, no caso bagaço de cana-de-açúcar e cavacos de madeira.
Esses projetos alimentados com matéria orgânica foram os que representaram a maior potência instalada entre os contratados no certame: 301,2 MW. Ao final, o leilão, de uma maneira geral, registrou um deságio de 17,48%, verificando um preço médio pelo MWh de R$ 238,37.
O gerente executivo da Secretaria Executiva de Leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Patrus, considerou o evento como bem-sucedido e informa que as usinas vencedoras estão distribuídas por 11 estados. Já o presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Rui Altieri, acrescenta que a oferta abundante de projetos neste certame antecipa que as próximas concorrências também deverão registrar uma elevada participação de usinas.
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