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Economia

- Publicada em 23 de Setembro de 2021 às 20:18

Retomada do turismo gaúcho na Argentina pode esbarrar na falta de liberação de voos regulares

Governo argentino deve publicar decreto com flexibilização do turismo nos próximos dias

Governo argentino deve publicar decreto com flexibilização do turismo nos próximos dias


MARINA LANG/FOLHAPRESS/JC
Fernanda Crancio
A oito dias da data anunciada para a reabertura de suas fronteiras a turistas de países limítrofes, como o Brasil, a Argentina ainda não publicou o decreto que normatizará a flexibilização da entrada em suas fronteiras. A expectativa, segundo anúncio do governo local, é de que o público de países vizinhos possa ser recebido já partir de 1º de outubro, ampliando, em novembro, aos demais estrangeiros. Enquanto aguardam pela regulamentação e divulgação das normas sanitárias dessa retomada, no entanto, turistas gaúchos já intensificam a busca por informações e o planejamento de roteiros futuros para destinos como Buenos Aires, Mendonza e Bariloche.
A oito dias da data anunciada para a reabertura de suas fronteiras a turistas de países limítrofes, como o Brasil, a Argentina ainda não publicou o decreto que normatizará a flexibilização da entrada em suas fronteiras. A expectativa, segundo anúncio do governo local, é de que o público de países vizinhos possa ser recebido já partir de 1º de outubro, ampliando, em novembro, aos demais estrangeiros. Enquanto aguardam pela regulamentação e divulgação das normas sanitárias dessa retomada, no entanto, turistas gaúchos já intensificam a busca por informações e o planejamento de roteiros futuros para destinos como Buenos Aires, Mendonza e Bariloche.
De acordo com o cônsul geral da República Argentina em Porto Alegre, Jorge Perren, a demanda por informações junto ao corpo consular, que foi permanente ao longo da pandemia, se multiplicou nos últimos dias, principalmente a partir de segunda-feira (21), quando houve o anúncio da reabertura do país. "Aqui no consulado somos muito procurados por telefone, e-mail e WhatsApp, e estamos muito felizes, pois significa que há uma demanda fiel para consumir o turismo da Argentina. Para nós era motivo de muita dó não poder receber os brasileiros em nosso país, em particular os gaúchos, o que causou grande prejuízo para a indústria do turismo e de serviço de ambos países", comenta Perren.
Segundo ele, a qualquer momento poderá ser publicada a normativa referente à reabertura das fronteiras, mas ainda não há detalhes se será permitido o ingresso imediato via terrestre e aéreo ao mesmo tempo, nem se haverá uma limitação de pessoas por dia. Ele lembra que a flexibilização deve atender a duas situações: os argentinos e pessoas com residência na Argentina que não conseguiram entrar no país durante as restrições da pandemia, e os turistas.
"Isso ainda está indefinido, não se sabe se todos entram na mesma categoria, nem se todos os aeroportos serão autorizados a receber turistas ao mesmo tempo. O que as autoridades argentinas já afirmaram é que o processo de retomada será gradativo", destaca o cônsul.
Para deslanchar o turismo portenho, no entanto, falta a regulamentação da malha aérea para o destino, já que as principais companhias que operam voos para a Argentina cancelaram as atividades por conta da pandemia, e aguardam a reabertura efetiva do país ao turismo para a retomada dos roteiros.
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Segundo a vice-presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-RS), Rita Vasconcelos, a Argentina é um destino importante para o mercado gaúcho e nacional. "A demanda de viagem para a Argentina ocorre o ano inteiro, e turistas e agências estão aguardando as regulamentações. Já começa a pipocar procura por roteiros nas agências, mas estamos com dificuldade em deslanchar pela falta de voos no momento", aponta.
Enquanto companhias aéreas como a Aerolíneas Argentinas e a Latam não anunciam a volta dos voos regulares a partir de Porto Alegre para o país vizinho, os roteiros seguem inviabilizados. Outra possibilidade aos interessados pode acabar sendo o embarque via São Paulo ou Rio de Janeiro, quando for possível, o que encarece a viagem para os gaúchos. "Se torna impossível cotar uma viagem a Buenos Aires sem o destino estar efetivamente aberto, não há como manter a rota, mas acreditamos que os voos serão retomados assim que se concretizarem as informações do governo argentino", completa Rita.
Victor Almeida, proprietário da agência de viagens Victor Travel, de Porto Alegre, reforça ainda que a impossibilidade momentânea do turismo argentino reflete no aumento da procura dos gaúchos por outros destinos como países do Caribe e México, já abertos aos brasileiros. "A Argentina tem um apelo turístico muito interessante em Buenos Aires e região de Mendonza, pelos vinhos, e Bariloche, pela neve, muito procurados pelos gaúchos. Neste momento, no entanto, por mais que ocorra o anúncio da reabertura, ainda não temos a demanda aquecida. Mas vemos com muito otimismo essa retomada, quando os voos estiverem permitidos", avalia.
Segundo anunciou o Ministério da Saúde argentino, na segunda-feira (21), a ideia é que, a partir de outubro, para entrar no país sem a necessidade de quarentena, o turista deva comprovar o esquema vacinal completo e apresentar o teste PCR negativo nas 72 horas anteriores ao embarque, ou o teste rápido (antígeno) na chegada ao país. Nesse caso, será necessário passar por outro PCR entre o quinto e sétimo dia de estadia. Quem não tiver as duas doses de vacina contra a Covid-19, incluindo os menores de 17 anos, também poderá embarcar, mas precisará cumprir a quarentena após a chegada. Além disso, argentinos e estrangeiros que chegarem ao país a trabalho já não precisarão cumprir isolamento.
O uso obrigatório de máscara ao ar livre também deixou de ser exigido na Argentina, mas permanece como regra em ambientes fechados ou em reuniões feitas ao ar livre. Futuramente, quando mais da metade da população portenha estiver totalmente imunizada, também deverá ser derrubada a exigência de testes após a chegada ao país. Atualmente, 45,8% dos argentinos já foram vacinados com as duas doses contra a Covid-19.
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