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Economia

- Publicada em 16 de Setembro de 2021 às 15:17

Estudantes do Ensino Médio estadual terão formação gratuita em TI

Lançado na manhã desta quinta-feira, Dev The Devs irá formar mil alunos da rede pública

Lançado na manhã desta quinta-feira, Dev The Devs irá formar mil alunos da rede pública


Luana Giazzon/Tecnopuc/JC
Juliano Tatsch
Na era da informação, o conhecimento é a maior riqueza. É pensando nisso que o Tecnopuc, em parceria com a Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp) e com a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-RS), lançou nesta quinta-feira (16) o programa Dev the Devs, que irá proporcionar a mil estudantes do Ensino Médio da rede pública estadual do Rio Grande do Sul a oportunidade de realizar uma formação gratuita na área da tecnologia.
Na era da informação, o conhecimento é a maior riqueza. É pensando nisso que o Tecnopuc, em parceria com a Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp) e com a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-RS), lançou nesta quinta-feira (16) o programa Dev the Devs, que irá proporcionar a mil estudantes do Ensino Médio da rede pública estadual do Rio Grande do Sul a oportunidade de realizar uma formação gratuita na área da tecnologia.
O projeto conta com o apoio da Secretaria Estadual da Educação, da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia e do Inova RS, e tem o patrocínio do Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE).
Do total de vagas disponíveis, metade será para meninos e metade para meninas. As inscrições começam no dia 21 de setembro e se encerram no dia 5 de novembro, e poderão ser feitas por meio do link https://bit.ly/InscricaoDev. Para acessar a página, é preciso possuir e estar logado no e-mail @educar.rs.gov.br, que está disponível para todos os estudantes da rede pública estadual. Quem não o tiver, pode consultar a direção da escola para obtê-lo.
Além disso, o estudante precisa ter acesso a um computador com aproximadamente 8GB de memória e internet capaz de reproduzir as vídeo-aulas. O equipamento pode ser próprio ou da escola.
"O curso terá carga horária semanal de 20h, e terá cinco meses de duração, não sendo necessário conhecimento algum prévio sobre programação", salienta a coordenadora do projeto, Daniela Carrion. As aulas irão abordar os seguintes temas:
  • conceitos de computação e de pensamento computacional
  • funcionamento abstrato de computadores
  • funcionamento da internet e impacto na programação de sistemas
  • conjunto de ferramentas e linguagens de programação para desenvolvimento de sistemas e para web
O governador Eduardo Leite participou, em vídeo, do lançamento do programa, e salientou a importância de iniciativas como essa em um momento de revolução tecnológica do mercado de trabalho. “Quem desenvolve os desenvolvedores? Esse programa é para isso, para apoiar o desenvolvimento de quem irá desenvolver soluções. Nossas secretarias estão mobilizadas para que isso se torne uma grande oportunidade para nossos jovens. Isso vai mudar a vida deles e de suas famílias”, disse Leite. "Temos capacidades reconhecidas, mas é tempo de nos reinventarmos, é tempo de abertura para o novo, com a oportunidade para que nossos jovens ingressem nesse mercado", completou o governador.
O presidente da Assespro-RS, Julio Ferst, salientou que a carência de profissionais qualificados para as empresas da área de TI no Brasil. “Qual o assunto que sempre esteve em pauta na associação? Capital humano. O que queremos é gente qualificada. Para isso, precisamos colocar mais informação sobre o setor de TI nas escolas, desde o Ensino Fundamental. As famílias não têm muitas referências a respeito das profissões na área da tecnologia. Então, programas como esse são muito importantes. O mercado está com muita falta desses profissionais”, destacou, salientando a importância de que o projeto disponibilizará metade das vagas da formação para meninas. “Temos apenas 14,9% dos profissionais de TI no Brasil sendo mulheres. Temos muito trabalho para mostrar que o setor de tecnologia não identifica gênero, identifica capacidade”, observou.
Já o presidente da Reginp, Artur Gibbon, alertou para a chamada “fuga de cérebros” que a pandemia trouxe consigo. Segundo ele, com a disseminação do home office, as startups brasileiras sofreram com a perda de profissionais que foram contratados por empresas estrangeiras. “Essas empresas de fora pagam em dólar e os profissionais trabalham de suas casas”, disse. Outro ponto destacado por ele diz respeito ao fato de o Dev the Devs distribuir as vagas disponíveis por todas as regiões do Rio Grande do Sul. “Precisamos qualificar todas as regiões gaúchas, para que as pessoas fiquem em suas cidades, levando desenvolvimento para os municípios.”
Presidente do BRDE, que patrocina o projeto, Leany Lemos destacou a importância de iniciativas que impactem as comunidades, gerando conhecimento e aumentando a renda das famílias. "Nos envolvemos no projeto, pois resolvemos problemas ligados ao mercado de trabalho. Além disso, o banco tem buscado muito incentivar ambientes de inovação", afirmou.
Presentes no evento de lançamento do projeto, realizado no Tecnopuc, o secretário estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luís Lamb, e a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, também falaram sobre o significado de um programa que forme estudantes da rede pública na área de Tecnologia da Informação.
“Esperamos que esses jovens sejam mais uma alavanca para o desenvolvimento. Tenho certeza de que esse programa irá semear muitas árvores que darão muitos frutos”, ressaltou Lamb.
Já a titular da Seduc-RS, falou sobre a necessidade de se olhar para os jovens da escola pública, e, além de saudar o recorte de gênero do projeto, apontou a necessidade de que, futuramente, em outras edições, também seja observado o recorte de raça. “Temos de olhar para os alunos das escolas públicas, eles são 82% dos estudantes gaúchos. Acho importante a divisão por gênero das vagas, mas acho que precisaremos também fazer um recorte racial. Na pandemia, na rede estadual, temos alunos com 18% de engajamento nas aulas remotas e estudantes com 78%. Esse engajamento é acesso à tecnologia. E, os que tem 18%, são meninos negros das periferias”, afirmou, destacando a importância de que projetos como o Dev the Devs voltem a colocar brilho nos olhos dos jovens estudantes. “Temos jovens desalentados. Toda escola que vou, tenho dificuldade para entrar nos sonhos dos alunos. Não vejo o brilho nos olhos da maioria. Esse programa vai permitir o retorno do brilho nos olhos deles”, disse.
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