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Economia

- Publicada em 10 de Setembro de 2021 às 03:00

PIB do RS cresce 2,5% no segundo trimestre

Agropecuária segue entre os segmentos de melhor performance no Estado, registrando avanço de 5,6% no período; indústria teve queda de 4,6%

Agropecuária segue entre os segmentos de melhor performance no Estado, registrando avanço de 5,6% no período; indústria teve queda de 4,6%


/LUIZ CHAVES/ARQUIVO/PALÁCIO PIRATINI/JC
Jefferson Klein
Mantendo a tendência de recuperação, a economia do Rio Grande do Sul registrou alta de 2,5% no segundo trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados nesta quinta-feira (9), mostram um avanço de 27,7% quando a comparação é feita com o mesmo período do ano passado (essa elevada diferença percentual é explicada pela baixa base de comparação, pois 2020 foi mais afetado pela pandemia de Covid-19 e estiagem). Em ambos os casos, as taxas do Estado superam o desempenho registrado no Brasil (-0,1% e 12,4%, respectivamente).

Mantendo a tendência de recuperação, a economia do Rio Grande do Sul registrou alta de 2,5% no segundo trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados nesta quinta-feira (9), mostram um avanço de 27,7% quando a comparação é feita com o mesmo período do ano passado (essa elevada diferença percentual é explicada pela baixa base de comparação, pois 2020 foi mais afetado pela pandemia de Covid-19 e estiagem). Em ambos os casos, as taxas do Estado superam o desempenho registrado no Brasil (-0,1% e 12,4%, respectivamente).

No acumulado de 2021, o crescimento do PIB gaúcho chega a 16,2% em relação ao primeiro semestre de 2020, desempenho também superior ao observado no País ( 6,4%). Os resultados referentes ao segundo trimestre do ano foram divulgados pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), por videoconferência.

Os destaques do segundo trimestre deste ano foram a Agropecuária, que avançou 5,6%, e o setor de Serviços, com alta de 1,0% na comparação com o primeiro trimestre de 2021. Os dois segmentos tiveram resultados superiores ao do Brasil (-2,8% e 0,7%, respectivamente). Na Indústria, o setor apresentou queda de -4,6% no período, puxado pelo resultado negativo da Indústria de transformação (-5,4%), a mais representativa indústria do Rio Grande do Sul.

"Os resultados do segundo trimestre e do acumulado do ano são reflexos da recuperação da forte estiagem que atingiu o Estado durante os meses de verão em 2020, que tiveram consequências significativas sobre a produção agrícola gaúcha", destaca a pesquisadora e coordenadora da Divisão de Análise Econômica do DEE/SPGG, Vanessa Sulzbach. Ela acrescenta que também era esperado um desempenho positivo do PIB em relação aos três primeiros meses do ano, justamente porque o segundo trimestre no Rio Grande do Sul, quando não há um fator climático atrapalhando, é alavancado pela produção agrícola.

Para o restante do ano, Vanessa argumenta que outros segmentos, como o de Indústria e Serviços, podem manter um bom ritmo da economia gaúcha. "Hoje, estamos em um patamar de produção da economia maior do que a gente estava antes de começar a pandemia", frisa. Sobre os reflexos futuros no PIB com a atual instabilidade política vivida no País, a pesquisadora diz que é algo muito difícil de antever. No entanto, ela adianta que ações como, por exemplo, paralisações de caminhoneiros representam impactos no cenário econômico.

Quando a comparação do segundo trimestre de 2021 é feita com o mesmo período do ano passado, o destaque positivo segue sendo a recuperação da Agropecuária. O setor apresentou crescimento de 103,7%, sendo as principais contribuições o aumento na produção de Soja ( 80,6%), Arroz ( 6,3%) e Milho ( 4,3%). No Brasil, o segmento registrou alta de 1,3% em igual período.

Já sobre o atual momento, o secretário estadual de Planejamento, Governança e Gestão, Claudio Gastal, acrescenta que é preciso considerar outras variáveis. "Como a própria questão da inflação e o ambiente econômico e político no País, que pode nos levar a algum tipo de solavanco, mas acreditamos que tenhamos boas notícias de recuperação", comenta.

Na Indústria, o desempenho gaúcho, entre os três primeiros meses deste ano e mesmo período do ano passado, também ficou acima do nacional ( 21,2% contra 17,8%), com destaque para o resultado da Indústria de transformação ( 24,9%), da atividade de Eletricidade e gás, esgoto e limpeza urbana ( 21,0%) e da Construção ( 9,5%). Considerando apenas a Indústria de transformação, a alta foi puxada pela fabricação de Máquinas e equipamentos ( 51,0%), Couro e artefatos de couro, Artigos para viagem e calçados ( 67,8%), Produtos de metal ( 50,1%) e Veículos automotores, reboques e carrocerias ( 50,1%). O único desempenho negativo do segmento foi da atividade de Produtos alimentícios (-2,4%).

No setor de Serviços, a alta geral foi de 9,3%, abaixo dos 10,8% do País. O resultado positivo foi influenciado pelas variações do Comércio ( 18,1%), Transporte, armazenagem e correio ( 18,9%) e Outros serviços ( 16,9%). Especificamente no segmento do Comércio, oito das dez atividades avaliadas registraram alta, em especial o Comércio de veículos ( 31,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico ( 86,1%) e Tecidos, vestuário e calçados ( 92,3%). As duas quedas foram observadas nas atividades de Hipermercados e supermercados (-6,7%) e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-9,5%).

No acumulado em quatro trimestres, o PIB do Rio Grande do Sul apresentou alta de 6,5%, enquanto no País o resultado foi positivo em 1,8%.

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