Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 09 de Setembro de 2021 às 14:05

PIB do RS cresce 2,5% no segundo trimestre de 2021 em relação aos três primeiros meses do ano

Desempenhos positivos da Agropecuária e da Indústria, que subiram 67,5% e 9,7%, foram decisivos para o resultado

Desempenhos positivos da Agropecuária e da Indústria, que subiram 67,5% e 9,7%, foram decisivos para o resultado


LUIZ CHAVES/ARQUIVO/PALÁCIO PIRATINI/JC
Jefferson Klein
Mantendo a tendência de recuperação, a economia do Rio Grande do Sul registrou alta de 2,5% no segundo trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados nesta quinta-feira (9), mostram um avanço de 27,7% quando a comparação é feita com o mesmo período do ano passado (essa elevada diferença percentual é explicada pela baixa base de comparação, pois 2020 foi mais afetado pela pandemia de Covid-19 e estiagem). Em ambos os casos, as taxas do Estado superam o desempenho registrado no Brasil (-0,1% e +12,4%, respectivamente).
Mantendo a tendência de recuperação, a economia do Rio Grande do Sul registrou alta de 2,5% no segundo trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados nesta quinta-feira (9), mostram um avanço de 27,7% quando a comparação é feita com o mesmo período do ano passado (essa elevada diferença percentual é explicada pela baixa base de comparação, pois 2020 foi mais afetado pela pandemia de Covid-19 e estiagem). Em ambos os casos, as taxas do Estado superam o desempenho registrado no Brasil (-0,1% e +12,4%, respectivamente).
No acumulado de 2021, o crescimento do PIB gaúcho chega a 16,2% em relação ao primeiro semestre de 2020, desempenho também superior ao observado no País (+6,4%). Os resultados referentes ao segundo trimestre do ano foram divulgados pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), por videoconferência.
Os destaques do segundo trimestre deste ano foram a Agropecuária, que avançou 5,6%, e o setor de Serviços, com alta de 1,0% na comparação com o primeiro trimestre de 2021. Os dois segmentos tiveram resultados superiores ao do Brasil (-2,8% e +0,7%, respectivamente). Na Indústria, o setor apresentou queda de -4,6% no período, puxado pelo resultado negativo da Indústria de transformação (-5,4%), a mais representativa indústria do Rio Grande do Sul.
"Os resultados do segundo trimestre e do acumulado do ano são reflexos da recuperação da forte estiagem que atingiu o Estado durante os meses de verão em 2020, que tiveram consequências significativas sobre a produção agrícola gaúcha", destaca a pesquisadora e coordenadora da Divisão de Análise Econômica do DEE/SPGG, Vanessa Sulzbach. Ela acrescenta que também era esperado um desempenho positivo do PIB em relação aos três primeiros meses do ano, justamente porque o segundo trimestre no Rio Grande do Sul, quando não há um fator climático atrapalhando, é alavancado pela produção agrícola.
Para o restante do ano, Vanessa argumenta que outros segmentos, como o de Indústria e Serviços, podem manter um bom ritmo da economia gaúcha. “Hoje, estamos em um patamar de produção da economia maior do que a gente estava antes de começar a pandemia”, frisa. Sobre os reflexos futuros no PIB com a atual instabilidade política vivida no País, a pesquisadora diz que é algo muito difícil de antever. No entanto, ela adianta que ações como, por exemplo, paralisações de caminhoneiros representam impactos no cenário econômico.
2º trimestre 2021 x 2º trimestre 2020
Quando a comparação do segundo trimestre de 2021 é feita com o mesmo período do ano passado, o destaque positivo segue sendo a recuperação da Agropecuária. O setor apresentou crescimento de 103,7%, sendo as principais contribuições o aumento na produção de Soja (+80,6%), Arroz (+6,3%) e Milho (+4,3%). No Brasil, o segmento registrou alta de 1,3% em igual período.
Já sobre o atual momento, o secretário estadual de Planejamento, Governança e Gestão, Claudio Gastal, acrescenta que é preciso considerar outras variáveis. “Como a própria questão da inflação e o ambiente econômico e político no País, que pode nos levar a algum tipo de solavanco, mas acreditamos que tenhamos boas notícias de recuperação”, comenta.
Na Indústria, o desempenho gaúcho, entre os três primeiros meses deste ano e mesmo período do ano passado, também ficou acima do nacional (+21,2% contra 17,8%), com destaque para o resultado da Indústria de transformação (+24,9%), da atividade de Eletricidade e gás, esgoto e limpeza urbana (+21,0%) e da Construção (+9,5%). Considerando apenas a Indústria de transformação, a alta foi puxada pela fabricação de Máquinas e equipamentos (+51,0%), Couro e artefatos de couro, Artigos para viagem e calçados (+67,8%), Produtos de metal (+50,1%) e Veículos automotores, reboques e carrocerias (+50,1%). O único desempenho negativo do segmento foi da atividade de Produtos alimentícios (-2,4%).
No setor de Serviços, a alta geral foi de 9,3%, abaixo dos 10,8% do País. O resultado positivo foi influenciado pelas variações do Comércio (+18,1%), Transporte, armazenagem e correio (+18,9%) e Outros serviços (+16,9%). Especificamente no segmento do Comércio, oito das dez atividades avaliadas registraram alta, em especial o Comércio de veículos (+31,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+86,1%) e Tecidos, vestuário e calçados (+92,3%). As duas quedas foram observadas nas atividades de Hipermercados e supermercados (-6,7%) e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-9,5%).
Quatro trimestres
No acumulado em quatro trimestres, o PIB do Rio Grande do Sul apresentou alta de 6,5%, enquanto no País o resultado foi positivo em 1,8%.
Taxa de crescimento do PIB do Rio Grande do Sul e do Brasil (2º trimestre – 2021)
Trimestre/trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal): RS 2,5% Brasil -0,1%
Trimestre/mesmo trimestre do ano anterior: RS 27,7% Brasil 12,4%
Acumulado ao longo do ano/mesmo período do ano anterior: RS 16,2% Brasil 6,4%
Últimos quatro trimestres/quatro trimestres imediatamente anteriores: RS 6,5% Brasil 1,8%
Fonte: SPGG-RS/DEE
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO