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Economia

- Publicada em 07 de Setembro de 2021 às 15:55

Setor do turismo começa a sentir efeitos da vacinação

Demanda de visitantes em Gramado já supera níveis de antes da pandemia

Demanda de visitantes em Gramado já supera níveis de antes da pandemia


CLEITON THIELE/SERRAPRESS/DIVULGAÇÃO/JC
Vitorya Paulo
Foram 18 meses sem fazer vendas. À frente da operadora Ponto Com, de Porto Alegre, Maria Aparecida Lima celebra a retomada das vendas desde junho deste ano, com um aumento de 90% em relação aos meses anteriores.
Foram 18 meses sem fazer vendas. À frente da operadora Ponto Com, de Porto Alegre, Maria Aparecida Lima celebra a retomada das vendas desde junho deste ano, com um aumento de 90% em relação aos meses anteriores.
"Foi uma virada. Saímos do zero e voltamos a crescer", diz. O relato da empreendedora corrobora com o boletim referente ao mês de julho da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), feito em parceria com a UP Soluções: o levantamento aponta que 58% das associadas ainda não chegaram à metade do faturamento histórico, mas 17% atingiram ou ultrapassaram o total de vendas de 2019.
O aquecimento do turismo era esperado pelos representantes do setor. Com o avanço da vacinação a nível mundial, países abriram suas fronteiras e passaram a receber turistas brasileiros vacinados para a Covid-19. No caso da Ponto Com, que só trabalha com destinos internacionais, os roteiros mais buscados, segundo Maria Aparecida, foram o Egito, o Caribe, o México e as Ilhas Maldivas.
"Quem está decidido a viajar não tem medo nem restrição. Há muita documentação envolvida, mas as pessoas estão bem animadas", relata. Nem mesmo o dólar em patamar elevado, a mais de R$ 5,00, está espantando os clientes, segundo ela. Entre julho e agosto, na operadora, foram vendidos cerca de 50 pacotes internacionais.
Pesquisa da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav) realizada com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que 84% das viagens procuradas pelos turistas eram para destinos de praia. De cada dez agências integrantes da Abav, seis esperam ter aumento no faturamento ainda neste ano. Além disso, um terço dos empreendedores ouvidos no estudo pretendem contratar funcionários até dezembro. Presidente da Abav-RS, Lucia Bentz destaca que a demanda do turismo não parou de existir, visto que o sonho de realizar viagens só teve de ser adiado com a pandemia.
Segundo Lucia, outubro e novembro são os meses mais buscados na agenda. "Estamos vendo viagens mais próximas, nada de programações muito longe", afirma, explicando que apesar da animação, ainda há certo receio que as fronteiras internacionais voltem a fechar. Assim como Maria Aparecida, a presidente afirma que a alta das moedas como euro e dólar não afeta quem está procurando os passeios. "Quem tem disponibilidade de verba não está se apegando nisso. Quando a pessoa procura fazer a viagem, já tem tempo, verba e resiliência", pontua.
Dentro do Brasil, Gramado, Salvador, Fortaleza, Recife e Porto de Galinhas (PE), estão entre as cidades mais procuradas pelos viajantes. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o número de voos no Brasil em agosto chegou a 70% do que era antes da pandemia. Segundo Lucia, Gramado chega a registrar mais demanda do que antes da pandemia e, mesmo com os preços mais altos para destinos nacionais, os registros só crescem. "Para receber turistas cumprindo os protocolos, os custos aumentaram", observa, referindo-se a itens como máscaras, luvas e álcool em gel, disponibilizados por companhias aéras e hotéis. 
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