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Infraestrutura

- Publicada em 14 de Setembro de 2021 às 03:00

Pavimentação da ERS-118 promete aquecer turismo em Viamão

Obra irá facilitar o acesso ao Parque de Itapuã, entre outros pontos turísticos da região

Obra irá facilitar o acesso ao Parque de Itapuã, entre outros pontos turísticos da região


LUIZA PRADO/JC
A pavimentação de 14,5 quilômetros da ERS-118 e a perspectiva de facilitar a circulação do público animam os agentes ligados à atividade turística em Viamão. A colocação do asfalto ocorrerá das proximidades do hotel Vila Ventura Ecoresort, ainda em território viamonense, até o bairro Lami, em Porto Alegre. A obra, recentemente anunciada pelo governo do Estado, deverá ser concluída no final do próximo ano e receberá R$ 17,67 milhões em investimentos.
A pavimentação de 14,5 quilômetros da ERS-118 e a perspectiva de facilitar a circulação do público animam os agentes ligados à atividade turística em Viamão. A colocação do asfalto ocorrerá das proximidades do hotel Vila Ventura Ecoresort, ainda em território viamonense, até o bairro Lami, em Porto Alegre. A obra, recentemente anunciada pelo governo do Estado, deverá ser concluída no final do próximo ano e receberá R$ 17,67 milhões em investimentos.
O prefeito de Viamão, Valdir Bonatto, enfatiza que o empreendimento permitirá o melhor desenvolvimento do turismo local. Ele destaca que há na região o projeto conhecido como Rota das Especiarias, cujo maior obstáculo para o seu fortalecimento é a dificuldade de acesso e mobilidade fora das zonas urbanas do município. A iniciativa consiste em empreendimentos rurais que oferecem diversos tipos de serviços e produtos, como conservas de frutas, pães, queijos, sucos, cucas, entre outros.
A pauta da pavimentação na região é uma demanda antiga. Um trecho de um pouco mais de quatro quilômetros de estrada de chão foi asfaltado em 2014, quando o hotel Vila Ventura recebeu a seleção equatoriana de futebol que disputaria a Copa do Mundo no Brasil. Já havia na ocasião a previsão da continuidade da pavimentação da ERS-118 (que na localidade assume outros nomes durante o seu trajeto, como Hartur José Gatino e Capororoca) por mais cerca de 20 quilômetros, alcançando o parque de Itapuã. No entanto, desde aquela época os trabalhos não foram adiante.
Para o diretor do Vila Ventura, Samuel da Silveira, a continuidade da pavimentação é muito importante, pois se trata de uma área com diversos atrativos, entre eles o parque de Itapuã. "Que, para mim, é o principal potencial turístico que temos no Rio Grande do Sul", enfatiza o empresário. Justamente depois das obras nos 14,5 quilômetros, do total dos 80 quilômetros da ERS-118, vão restar somente 4,7 quilômetros em Itapuã sem asfalto. A licitação para pavimentar também esse segmento deve ser aberta ainda em 2021 e a perspectiva é da conclusão das obras em 2022.
Silveira argumenta que, antes da pavimentação alcançar o Vila Ventura, qualquer chuva atrapalhava muito a vinda das pessoas para o hotel e outras propriedades no entorno ainda sofrem com essa situação. "Estamos falando de um turismo rural, mas até a pessoa chegar com o seu carro no destino, tem que ter o asfalto, isso vai oportunizar o desenvolvimento da região como um todo", prevê.

ERS-118


 

Para evitar poeira, caminhão-pipa despejava água na estrada

A melhoria da infraestrutura na área coincide com o projeto de condomínio fechado que a empresa Vila Ventura Empreendimentos está conduzindo ao lado do hotel. A iniciativa já está em execução e, em uma primeira fase, comercializará 165 lotes (terrenos que vão de 477 metros quadrados a 1.072 metros quadrados). O complexo projeta a operação até dezembro de 2022 e, futuramente, deverão ser ofertados mais 123 lotes.
Apesar de preferir não revelar as estimativas atuais de valores envolvidos com a ação, Silveira adianta que os moradores do chamado Villa's Home Resort também poderão usufruir de toda a infraestrutura de lazer que o hotel oferece. Uma das atrações será a construção de uma piscina, em formato de praia artificial, com ondas e areia.
Outro empreendedor que espera que o aprimoramento da logística local seja benéfico para os residentes e investidores da região é o sócio-proprietário da Zapata Cervejaria Rural, Filipe Araújo de Paula. A cervejaria artesanal, que ainda não conta com acesso pavimentado, atua na região há cerca de seis anos e hoje possui uma capacidade para produzir cerca de 20 mil litros por mês de cerveja. "Meu produto pode chegar melhor ao seu destino se não tiver que chacoalhar em uma rodovia sem asfalto, sem falar dos custos (que uma estrada em condições precárias implica)", aponta de Paula.
Ele lembra que, no passado, um caminhão-pipa passava molhando a estrada de chão para não gerar poeira, contudo logo a água evaporava sendo um desperdício do líquido e de combustível. O sócio-proprietário da cervejaria acredita que diversos roteiros rurais podem ser favorecidos com a qualificação da infraestrutura. Além da venda de cerveja, a Zapata realiza eventos como visitas a sua unidade para conhecer o processo produtivo e o Zapata In Concert, reunindo bandas autorais de Porto Alegre e Viamão.