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Economia

- Publicada em 25 de Agosto de 2021 às 17:27

Obras em transmissão de energia avançam no Rio Grande do Sul

Após concluídos, empreendimentos permitirão que novas usinas gaúchas escoem suas gerações

Após concluídos, empreendimentos permitirão que novas usinas gaúchas escoem suas gerações


Consórcio Chimarrão/Divulgação/JC
Jefferson Klein
Um importante reforço na infraestrutura do setor elétrico gaúcho está cada vez mais próximo de se concretizar. Uma série de obras no segmento de transmissão, entre projetos de linhas e subestações que foram leiloados em dezembro de 2018, estão entrando agora na reta final de construção. Os prazos nos contratos firmados estipulam a conclusão total dos empreendimentos nos primeiros trimestres de 2023 e de 2024, mas existe a perspectiva que esses cronogramas possam ser adiantados, além de que algumas estruturas já podem ser energizadas, antes do término total do pacote dos complexos.
Um importante reforço na infraestrutura do setor elétrico gaúcho está cada vez mais próximo de se concretizar. Uma série de obras no segmento de transmissão, entre projetos de linhas e subestações que foram leiloados em dezembro de 2018, estão entrando agora na reta final de construção. Os prazos nos contratos firmados estipulam a conclusão total dos empreendimentos nos primeiros trimestres de 2023 e de 2024, mas existe a perspectiva que esses cronogramas possam ser adiantados, além de que algumas estruturas já podem ser energizadas, antes do término total do pacote dos complexos.
Ao todo, foram leiloados há quase três anos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cinco lotes de obras (identificados pelos números 10, 11, 12, 13 e 14) a serem feitas no Rio Grande do Sul. Os quatro primeiros conjuntos consistiam em projetos que a Eletrosul não conseguiu concluir e tiveram que ser relicitados. A soma dos cinco lotes significa investimentos na ordem de R$ 5,3 bilhões e preveem a implantação de subestações e de aproximadamente 2,95 mil quilômetros de linhas de transmissão. Os trabalhos estão sendo conduzidos pelos grupos Consórcio Chimarrão, CPFL Geração de Energia, Taesa, Pampa Transmissão de Energia e Neonergia.
O secretário estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Luiz Henrique Viana, reforça que essas empresas pretendem antecipar a entrega dos complexos (os quatro primeiros lotes de obras, por contrato, devem ser finalizados até março de 2023 e o número 14 até março de 2024). O dirigente lembra também que as estruturas vão sendo energizadas conforme vão sendo feitas, não tendo que esperar que o conjunto de todos os projetos seja terminado. Em reunião do Comitê de Planejamento Energético do Estado do Rio Grande do Sul (Copergs), por exemplo, o Consórcio Chimarrão informou a operação de linhas de transmissão até setembro deste ano, mesmo mês que a CPFL prevê a entrega das subestações Porto Alegre 1 e Vila Maria e, até fevereiro de 2022, da subestação Osório 3.
Ainda sobre o Consórcio Chimarrão, que tem a CYMI Construções e Participações como líder, nesta semana o grupo teve por parte da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) a formalização de duas Licenças de Operação (LO) com Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima). Os documentos permitem o início da atividade de linhas de transmissão que somam 534 quilômetros de extensão.
As estruturas saem da Região Sul do Estado e passam pelos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande, conectando a Região Metropolitana, interligando a subestação Guaíba 3 às subestações Nova Santa Rita e Gravataí, passando por Eldorado do Sul, Charqueadas, Triunfo, Montenegro, Nova Santa Rita, Portão, Sapucaia do Sul e Gravataí. Viana ressalta que, devido à relevância desses projetos para o Rio Grande do Sul, a Fepam e a secretaria tentam agilizar a análise do processo de licenciamento, sem deixar de lado a questão da proteção ambiental. “O Estado precisa ter uma infraestrutura capaz de se abrir para o mundo”, defende o secretário.
O presidente do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Guilherme Sari, concorda sobre a importância dos investimentos em transmissão. “Demonstra um sinal de mercado aberto, de possibilidade de conexão”, destaca o dirigente. Sem essas estruturas, o Estado acabaria não conseguindo viabilizar novas usinas, de grande porte, pois não teria condições de escoar a produção de energia para as outras regiões do País.
Sari comenta que a pandemia de coronavírus atrapalhou um pouco o ritmo das obras, contudo não representou impactos significativos. Apesar da relevância dos empreendimentos que estão sendo desenvolvidos atualmente, o dirigente adianta que, em breve, será necessário realizar mais leilões de transmissão no Estado para atender à perspectiva futura de crescimento da capacidade de geração. Essa necessidade, calcula o presidente do Sindienergia-RS, deverá se apresentar, principalmente, por volta de 2028. Como as obras de infraestrutura levam alguns anos para serem concluídas, o planejamento dessas ações não pode tardar demasiadamente. Sari frisa que há tramitando na Fepam, somente em projetos eólicos e em algum estágio de desenvolvimento, cerca de 12 mil MW (três vezes mais do que a demanda média de energia no Rio Grande do Sul).
Detalhes das obras:
Consórcio Chimarrão (Lote 10/2018)
Investimento: R$ 2,4 bilhões
Empregos gerados: 6,088
Municípios atendidos: Candiota, Pinheiro Machado, Piratini, Canguçu, Amaral Ferrador, Dom Feliciano, São Jerônimo, Camaquã, Cerro Grande do Sul, Barão do Triunfo e Sertão Santana.
CPFL Geração de Energia (Lote 11/2018)
Investimento: R$ 348 milhões
Empregos gerados: 872
Municípios atendidos: Porto Alegre, Vila Maria, Caraá, Osório, Santo Antônio da Patrulha, Canoas, Esteio, Glorinha, Gravataí e Sapucaia do Sul.
Taesa (Lote 12/2018)
Investimento: R$ 610 milhões
Empregos gerados: 1.525
Municípios atendidos: Santana do Livramento, Quaraí, Alegrete, Rosário do Sul, São Gabriel, Cacequi, Dilermando de Aguiar, Santa Maria, Itaqui e Maçambará.
Pampa Transmissão de Energia (Lote 13/2018)
Investimento: R$ 776,8 milhões
Empregos gerados: 1.942
Municípios atendidos: Capiravi do Sul, Alvorada, Viamão, Dois Irmãos, Ivoti, Lindolfo Collor, Taquara, Capela de Santana, Montenegro, Portão, São Sebastião do Caí, Santo Antônio da Patrulha, Araricá, Eldorado do Sul, Glorinha, Nova Hartz, Parobé, Sapiranga, Charqueadas, Triunfo e Gravataí.
Neonergia (Lote 14/2018)
Investimento: R$ 1,2 bilhão
Empregos gerados: 2.429
Municípios atendidos: Rio Grande, Capão do Leão, Pelotas, Turuçu, São Lourenço do Sul, Cristal, Camaquã, Cerro Grande do Sul, Sertão Santana, Mariana Pimentel, Guaíba, Eldorado do Sul, Capivari do Sul, Osório, Santo Antônio da Patrulha, Caraá, Rolante, Taquara, São Francisco de Paula, Jaquirana e Cambará do Sul.
Fonte: Sema.
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