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VAREJO

- Publicada em 03 de Setembro de 2021 às 16:20

Com três novas franquias abertas em um dia, Jorge Bischoff aposta em expansão

Nova loja aberta em Curitiba no mês de agosto é uma das 13 franquias previstas para o ano de 2021

Nova loja aberta em Curitiba no mês de agosto é uma das 13 franquias previstas para o ano de 2021


JORGE BISCHOFF/DIVULGAÇÃO/JC
Apostando na retomada econômica, a grife gaúcha Jorge Bischoff abriu três novas franquias em um único dia, em agosto. As novas lojas, nas capitais paulista e paranaense e em Governador Valadares, em Minas Gerais, completam oito dos 13 espaços que devem ser inaugurados ainda neste ano. Com isso, serão 91 unidades em todo o Brasil, em uma expansão que contraria a crise enfrentada por muitas empresas.
Apostando na retomada econômica, a grife gaúcha Jorge Bischoff abriu três novas franquias em um único dia, em agosto. As novas lojas, nas capitais paulista e paranaense e em Governador Valadares, em Minas Gerais, completam oito dos 13 espaços que devem ser inaugurados ainda neste ano. Com isso, serão 91 unidades em todo o Brasil, em uma expansão que contraria a crise enfrentada por muitas empresas.
Mesmo em franco crescimento, o CEO e designer Jorge Bischoff, que empresta seu nome à marca, garante que passar pela pandemia não foi fácil. “Foi o momento mais desafiador pelo qual já passamos. Logo no começo, em março do ano passado, foi um susto muito grande. Todas as operações fechadas, as lojas multimarcas com as quais trabalhamos também. As indústrias não sabiam o que iria acontecer com a produção em andamento. Foi assustador, mas começamos a entender que teríamos de criar alternativas. Tínhamos um e-commerce indo muito bem e parceiros fortes. Adequamos as lojas para que elas trabalhassem de portas fechadas. E as coisas foram evoluindo. Fizemos um ano razoável em 2020. Depois, janeiro e fevereiro deste ano foram muito bons, com maior confiança das pessoas. E, em março, começou tudo de novo, mas, neste momento, já estávamos mais preparados e as equipes, bem treinadas”, conta.
O conhecimento adquirido nas dificuldades e um trabalho que começou ainda antes da crise têm garantido que 2021 seja um ano próspero para os negócios. Segundo Bischoff, a marca está prestes a concluir um profundo plano de modernização das ferramentas de tecnologia e de fortalecimento da cultura. “Desde antes da pandemia, estávamos trabalhando com um projeto, com um alto investimento, para a reorganização da nossa área de informática. Temos também investimentos na área de distribuição e, há pouco, mudamos para um novo centro de distribuição, muito mais moderno. Em paralelo, intensificamos o treinamento das equipes, independentemente da frente de trabalho, porque são elas que passam as nossas ideias para o público. Então, estamos voltando muito fortes. Esperamos terminar 2021 com um faturamento semelhante ao de 2019 e com uma perspectiva de crescimento de, no mínimo, 15%, descontada a inflação, no próximo ano.”

Investimento em treinamento foi realizado para adaptar frentes de atendimento

Para auxiliar no crescimento planejado, a relação com os stakeholders é considerada essencial. O CEO aponta que a clientela da grife costuma ser fiel e “apaixonada” pelos produtos, assim como os responsáveis por trás das franquias. “Mantivemos uma parceria muito boa com os franqueados, cuidando e dando condições para que eles também passassem por esse período. Grande parte deles são pessoas que gostavam muito da marca e, por isso, vieram para agregar ao negócio. Então, eu costumo brincar que alguns deles gostam mais da Jorge Bischoff que eu. Tudo isso devido a essa construção que fizemos ao longo do tempo. Entregamos produtos de valor agregado e com um bom mark up para o franqueado, o que é essencial. É um projeto diferenciado que nos ajuda a crescer”, diz.
Com as mudanças no mercado, provocadas pela pandemia, o treinamento dos colaboradores e parceiros da Jorge Bischoff em busca de uma cultura de atuação multiplataforma se tornou a chave para o diferencial que esperam. Isso porque, ainda que reconheça a importância das lojas físicas e o interesse de seguir expandindo em todo o País, a empresa entende que as suas equipes precisam ser omnichannel. É assim que as lojas da grife pretendem extrapolar os limites físicos dos espaços que ocupam, alcançando o público além da região onde estão e fortalecendo vínculos com ele.
 
“Esse mundo é novo e dinâmico. Veio para desacomodar muita gente. O nosso colaborador não pode ficar restrito à atuação na loja. Ele precisa se conectar com os clientes, seja por ferramentas digitais ou pelo telefone, por exemplo. As pessoas estão esperando isso também, porque a pandemia mudou muito a vida delas. O valor dado à vida é outro. Os clientes não buscam mais o consumo pelo consumo, dá-se mais valor a tudo. Por isso, um excelente atendimento e uma boa comunicação presencial ou remota são fundamentais. As vendas online não vão deixar de existir, por melhor que seja a loja física e nós acreditamos muito nela, nessa experiência”, projeta.

Aos 18 anos, marca mira em diversificação de atuação

Criada em 2003, a partir de uma loja-laboratório na badalada rua Padre Chagas, em Porto Alegre, e com sede criativa em Igrejinha, a grife Jorge Bischoff passou a apostar em franquias apenas quatro anos depois. Focada em não perder a identidade, obtida através da experiência proposta ao consumidor, a marca nunca deixou o tema de lado com a adoção do novo sistema. “A nossa loja da Padre Chagas tinha piscina, as pessoas chegavam lá e bebiam espumante, havia uma máquina de café incrível. Então, o cliente ia para curtir a loja. Isso sempre foi a nossa preocupação. Quando decidimos adotar o modelo de franquias, porque éramos muito cobrados por isso, nosso principal desafio foi transportar essa mesma experiência para todos os pontos do Brasil, seja aqui ou em Manaus, Belém, Recife ou qualquer outro lugar. Só tinha uma saída, treinamento e treinamento”, revela.
O know-how obtido na primeira experiência com o varejo permitiu que a grife chegasse à maioridade pronta para novos voos. Além da expansão de lojas e das promissoras estimativas para os próximos anos, a marca investe também em outras frentes. “Temos uma identidade fortíssima, que nos permitiu estes movimentos. Hoje, possuímos uma ótima coleção masculina e que vem crescendo. Além disso, criamos uma coleção de aromas que está nas lojas. Temos também um espumante, junto com a Família Geisse, de Pinto Bandeira, e estamos vindo com uma proposta nova, que está sendo trabalhada há cinco anos, a partir de uma área que adquirimos em Mendoza, na Argentina, para produção do nosso vinho. Ele deve começar a ser distribuído até o final do ano. São experiências para ampliar nossa atuação e nosso relacionamento. Passamos a ser uma marca lifestyle, além do sapato e das roupas.”