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Economia

- Publicada em 13 de Agosto de 2021 às 14:45

Economia circular e energia renovável ganham força entre empresas gaúchas

Produção de energia através dos ventos aumentará de 10% para 14% participação na matriz elétrica

Produção de energia através dos ventos aumentará de 10% para 14% participação na matriz elétrica


PATRIK STOLLARZ/AFP/JC
Jefferson Klein
Os princípios de ESG (do inglês, Environmental, Social and Corporate Governance, que envolve o conceito de meio ambiente, social e de governança responsável) estão cada vez mais sendo difundidos no planeta e já são uma realidade para algumas companhias gaúchas. A Plastiweber, com sede em Feliz, e a Nutrire, que possui unidades em Garibaldi (RS) e Poço de Caldas (MG), investiram tanto na utilização da energia limpa como no aproveitamento de materiais reciclados para aumentar a sustentabilidade de suas atividades.
Os princípios de ESG (do inglês, Environmental, Social and Corporate Governance, que envolve o conceito de meio ambiente, social e de governança responsável) estão cada vez mais sendo difundidos no planeta e já são uma realidade para algumas companhias gaúchas. A Plastiweber, com sede em Feliz, e a Nutrire, que possui unidades em Garibaldi (RS) e Poço de Caldas (MG), investiram tanto na utilização da energia limpa como no aproveitamento de materiais reciclados para aumentar a sustentabilidade de suas atividades.
O diretor executivo da Ludfor Energia (consultoria que auxiliou tanto a Nutrire quanto à Plastiweber a adquirem geração de fontes renováveis), Douglas Ludwig, enfatiza que as empresas que não seguirem os conceitos de ESG tendem a ficar ultrapassadas “Porque os próprios consumidores estão enxergando isso e selecionando as companhias”, ressalta. A Plastiweber firmou um contrato de compra de energia limpa (que pode ser oriunda de centrais geradoras hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa - matéria orgânica, solar ou eólica) até 2025 e a Nutrire até 2026.
No caso dessa última empresa, que atua na indústria de alimentos para pets, para atender aos consumos de energia de suas unidades no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais ela vai desembolsar cerca de R$ 13 milhões. Apesar da cifra, Ludwig comenta que o uso da energia renovável, adquirida no mercado livre (formado por grandes consumidores que podem escolher de quem vão comprar a geração), além de representar um menor impacto ambiental, pode ser mais interessante financeiramente do que no chamado ambiente cativo, atendido pelas concessionárias.
Segundo o diretor da Ludfor, a planta em Poço de Caldas da Nutrire registra atualmente uma economia na ordem de 15% na sua conta de luz e a de Garibaldi em cerca de 30%. Quem produz a energia comprada pelo grupo gaúcho são as empresas Copel e Cemig. A geração não precisa ser feita necessariamente no Rio Grande do Sul ou em algum local determinado, mas deve ser de fonte renovável. Fisicamente, não é a mesma energia utilizada pelas unidades consumidoras, trata-se de uma espécie de compensação da eletricidade usada, como alguém que deposita uma nota de R$ 100,00 em um banco e retira outra em um caixa eletrônico situado em outro lugar. Ludwig argumenta que, como o efeito estufa é um problema global, quando se deixa de realizar uma geração de fonte fóssil em qualquer parte do mundo, ajuda-se a mitigar os impactos ambientais no planeta como um todo.
Para o diretor executivo da Nutrire, Gerson Luiz Simonaggio, ações como essa servem como inspiração para as pessoas. “Mas, claro que tem a questão econômica já que, conforme o contrato que tu fazes, consegues custos mais acessíveis que no mercado convencional (de energia)”, frisa. Ele acrescenta que a pauta socioambiental envolve vários fatores e outra medida tomada pela companhia nesse sentido é o uso de embalagens (externas, que não têm contato com o produto alimentício) recicladas.
O sócio e diretor da Plastiweber, Moisés Weber, informa que a empresa fornece para a Nutrire, por mês, cerca de 6 mil quilos de embalagens recicladas oriundas da logística reversa dos supermercados onde o grupo do segmento de pets entrega o seu produto. Ele ressalta que, com as objeções que são feitas contra o plástico, muitas companhias estão buscando o uso de embalagens feitas de matéria-prima reciclada. “Nos posicionamos hoje como uma empresa de economia circular”, salienta Weber. Além de também utilizar energia renovável em sua operação, dos cerca de 1 milhão de litros demandados diariamente pela fábrica da Plastiweber, 900 mil são reutilizados.
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