Pirelli encerra atividades na fábrica de Gravataí

Conforme anunciado em 2019, a Pirelli está encerrando até o fim de julho a operação na sua fábrica em Gravataí. No local, eram fabricados pneus para motocicletas. A decisão de fechar a unidade teve como justificativa o fortalecimento da planta da empresa em Campinas (SP).

O complexo gaúcho começou a operar em 1976 e empregava em 2019 cerca de 900 pessoas. No ano passado, já no processo de encerramento das atividades, 140 funcionários foram demitidos.

Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio, a Pirelli informou que não divulga o número de empregados trabalhando atualmente na fábrica. Segundo a empresa, a Pirelli celebrou um acordo com Sindicato da Borracha de Gravataí, homologado no Tribunal Regional do Trabalho, que prevê diversos benefícios tais como um incentivo financeiro por tempo de serviço e extensão do plano de saúde por seis meses.

O prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon (MDB), diz que foi informado mensalmente pela direção da Pirelli sobre como estava ocorrendo o processo de encerramento das atividades na unidade. Sobre o desligamento de funcionários, Zaffalon diz que muitos conseguiram transferir-se para outras áreas da Pirelli em Campinas e outros foram reaproveitados pela Prometeon, empresa que também fabrica pneus. "As ampliações na produção de pneus pela Prometeon reduziram o impacto na cidade e novos empreendimentos pela fábrica irão ocorrer com a retomada da economia", destaca o prefeito.

"Outros receberam uma boa indenização e foram treinados para melhor aproveitar este dinheiro, ou seja, foi uma transição acordada entre empresa e Sindicato da categoria que ocorreu plenamente conforme foi ajustado", complementa.

Na sua página oficial, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Artefatos de Borracha de Gravataí (Stiab) publicou uma nota e um vídeo sobre o fechamento da fábrica. “Durante toda a história desta fábrica, sempre estivemos juntos em tempos ruins e bons, os trabalhadores da borracha de Gravataí construíram e elevaram o nome e a qualidade do produto da empresa, mas a lei dos investimentos optou por desativar a unidade, LAMENTÁVEL A DECISÃO ANTISSOCIAL nossos governantes nada fizeram para tentar salvar a fábrica, aliás preocupam mesmo é tom ALIMENTAR tributos”, diz a nota da entidade.