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Economia

- Publicada em 02 de Julho de 2021 às 16:29

Petróleo fecha sem viés único, à espera de decisão da Opep+ e com câmbio no radar

O petróleo WTI para agosto fechou em baixa de 0,09%

O petróleo WTI para agosto fechou em baixa de 0,09%


ANDRE RIBEIRO/PETROBRÁS/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
Os contratos futuros de petróleo fecharam sem sinal único, nesta sexta-feira (2). Havia bastante expectativa entre investidores por um anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre ajustes em sua oferta nos próximos meses, em meio a relatos de um impasse no grupo. A commodity chegou a ficar pressionada com o noticiário sobre as negociações, mas foi apoiada pelo dólar mais fraco.
Os contratos futuros de petróleo fecharam sem sinal único, nesta sexta-feira (2). Havia bastante expectativa entre investidores por um anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre ajustes em sua oferta nos próximos meses, em meio a relatos de um impasse no grupo. A commodity chegou a ficar pressionada com o noticiário sobre as negociações, mas foi apoiada pelo dólar mais fraco.
O petróleo WTI para agosto fechou em baixa de 0,09% (-US$ 0,07), em US$ 75,16 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro subiu 0,44% (US$ 0,33, a US$ 76,17 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
No câmbio, o dólar mais fraco tendia a apoiar os contratos, ao torná-los mais baratos para os detentores de outras divisas. Além disso, até o fechamento dos mercados, não havia anúncio oficial da reunião da Opep+. Com isso, a sessão foi mercada pelo impasse. Apesar de não haver comunicado oficial, várias reportagens da imprensa internacional afirmavam que a organização caminha para ampliar sua produção mensal em cerca de 400 mil barris por dia, a cada mês entre agosto e dezembro. No entanto, os Emirados Árabes Unidos teriam reservas sobre a proposta de prorrogar o corte na produção até o final de 2022.
Na visão do Commerzbank, a Opep+ tem se tornado quase "segura demais" sobre si própria, por conta da alta de preços, da oferta apertada e da falta de respostas de fora da aliança. "Como sabemos, orgulho vem antes da queda. Uma autoconfiança excessiva pode prejudicar a imagem da organização como um parceiro confiável de negociações, provocando disputas internas no grupo", avalia o analista Eugen Weinberg. Caso isso ocorra, o preço do petróleo poderia subir no médio prazo, por conta do impacto, acredita o banco alemão.
Já a Eurasia previa em relatório mais cedo que o diálogo poderia se estender para a próxima semana. A consultoria avalia que os Emirados Árabes desejam garantir a oportunidade de exportar mais, mas também acredita que o país não está disposto a "arriscar tudo no fim das contas" e provocar um impasse. Os Emirados Árabes não gostariam ainda de ser vistos como culpados por uma alta nos preços que provocasse mais inflação global, na opinião da Eurasia, a qual acrescenta ainda que uma saída do país da Opep+ seria surpreendente, "mas definitivamente não poderia ser descartada".
Olhando adiante, a Capital Economics espera um crescimento forte na demanda ao longo do terceiro trimestre, com a retirada gradual de restrições a viagens. Por outro lado, a variante delta da covid-19 segue como preocupação. Hoje, a Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a alertar sobre a disseminação pelo mundo dessa cepa, mais contagiosa.
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