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Economia

- Publicada em 25 de Junho de 2021 às 15:05

Leilões de energia acabam sem venda de usinas gaúchas

Complexo de Candiota 3 optou por não concorrer no certame

Complexo de Candiota 3 optou por não concorrer no certame


CGTe Eletrosul/dvulgação/jc
Jefferson Klein
Os leilões de energia A-4 e A-5 (quatro e cinco anos, respectivamente, para entrega da geração) realizados nesta sexta-feira (25) pelo governo federal foram concluídos sem que usinas localizadas no Rio Grande do Sul estivessem entre as vendedoras. Os certames contemplavam térmicas a carvão e gás natural de energia existente (em que concorrem unidades já construídas e não projetos a serem implantados). Um dos complexos que atende a essas características é a termelétrica gaúcha Candiota 3, no entanto a estrutura resolveu não participar da disputa.
Os leilões de energia A-4 e A-5 (quatro e cinco anos, respectivamente, para entrega da geração) realizados nesta sexta-feira (25) pelo governo federal foram concluídos sem que usinas localizadas no Rio Grande do Sul estivessem entre as vendedoras. Os certames contemplavam térmicas a carvão e gás natural de energia existente (em que concorrem unidades já construídas e não projetos a serem implantados). Um dos complexos que atende a essas características é a termelétrica gaúcha Candiota 3, no entanto a estrutura resolveu não participar da disputa.
No começo deste ano, a CGT Eletrosul, proprietária da usina a carvão, informou que analisava a participação da planta em leilões ainda em 2021. Agora, em nota sobre as concorrências realizadas, a estatal comunicou que “embora todos os estudos e desenvolvimento de solução técnica para fornecimento de energia elétrica, após 2024, terem sido realizados pelas equipes técnicas, o Conselho de Administração (da empresa), após uma aprofundada análise de riscos em relação à atual conjuntura setorial e corporativa, deliberou por não aprovar a participação da CGT Eletrosul nos referidos certames. Entretanto, reiteramos que a CGT Eletrosul continuará em permanente acompanhamento do mercado a fim de identificar outras oportunidades de negócios de geração para Candiota 3”.
O contrato de comercialização de energia da térmica iniciou em 1º de janeiro de 2010 e é válido pelo período de 15 anos, ou seja, está próximo de seu término. Localizada no município de mesmo nome, Candiota 3 tem uma potência instalada de 350 MW (um pouco menos do que 10% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul) e foi resultado de um investimento de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.
Apesar do grande número de inscritos (70 para o A-4 e 79 no A-5), foi apenas um o vendedor de energia nos dois leilões realizados. No certame A-4, foram transacionados 12.923.697,600 MWh, a um valor de cerca de R$ 1,95 bilhão, comercializados por uma térmica pertencente à Petrobras, que utiliza gás natural liquefeito (GNL) como combustível e que fica no município de Cubatão (SP). A potência instalada da usina é de 249,9 MW e a energia foi contratada ao preço de R$ 151,15 o MWh (deságio de 52,47% em relação ao preço inicial). A entrega da geração, para a Light (RJ), Equatorial Pará e Equatorial Maranhão, ocorrerá de 1º de janeiro de 2025 a 31 de dezembro de 2039.
Já no A-5, a mesma usina vendeu 8.442.043,200 MWh, a um valor de aproximadamente R$ 1,45 bilhão, sendo o preço do MWh de R$ 172,39 (deságio de 45,79% em relação ao preço inicial) e a entrega da energia, para a Equatorial Pará e Equatorial Maranhão, está prevista para acontecer entre 1º de janeiro de 2026 a 31 de dezembro de 2040. O gerente executivo da secretaria de leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Patrus, considerou os leilões como bem-sucedidos e salientou os expressivos deságios nas operações.
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