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Logística

- Publicada em 24 de Junho de 2021 às 16:08

Aeromóvel volta a ser opção de mobilidade para Canoas

Uma das vantagens do veículo é utilizar uma via elevada, o que diminui a necessidade de desapropriações

Uma das vantagens do veículo é utilizar uma via elevada, o que diminui a necessidade de desapropriações


FREDY VIEIRA/arquivo/JC
Tema que motivou vários debates políticos nos últimos anos em Canoas, o aeromóvel novamente é visto como uma solução logística para o município da região Metropolitana e terá a discussão sobre a modelagem para o seu desenvolvimento aprofundada neste segundo semestre. O empreendimento foi contratado em 2015, na penúltima gestão do prefeito Jairo Jorge (PSD), foi interrompido pela administração seguinte, de Luiz Carlos Busato (PTB), e será retomado agora que Jorge, eleito novamente nas eleições passadas, é o atual mandatário da cidade.
Tema que motivou vários debates políticos nos últimos anos em Canoas, o aeromóvel novamente é visto como uma solução logística para o município da região Metropolitana e terá a discussão sobre a modelagem para o seu desenvolvimento aprofundada neste segundo semestre. O empreendimento foi contratado em 2015, na penúltima gestão do prefeito Jairo Jorge (PSD), foi interrompido pela administração seguinte, de Luiz Carlos Busato (PTB), e será retomado agora que Jorge, eleito novamente nas eleições passadas, é o atual mandatário da cidade.
“Existe um contrato que está hoje juridicamente paralisado e estamos trabalhando na reativação dele”, afirma o CEO da AEROM Sistemas de Transporte (desenvolvedora da tecnologia do aeromóvel), Marcus Coester. Segundo dados da prefeitura canoense, o empreendimento prevê, em sua primeira etapa, 18 quilômetros de linhas, 24 estações e 22 veículos. O sistema terá capacidade para movimentar até 12 mil passageiros por hora e 82 mil por dia. O custo da obra está estimado em R$ 1,7 bilhão. Coester recorda que em compras de equipamentos e desenvolvimento de projeto já foram aportados na iniciativa (em valores atualizados) em torno de R$ 150 milhões.
O secretário de Governança e Enfretamento à Pandemia de Canoas, Felipe Martini, que representou o prefeito Jairo Jorge no debate “Soluções inovadoras para a mobilidade urbana”, promovido nesta quinta-feira (24) pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), considera o aeromóvel uma ideia inteligente e sustentável. Ele aponta como uma das vantagens o fato do veículo se deslocar por uma via elevada, o que otimiza o espaço aproveitado e reduz a necessidade de desapropriações de terrenos.
Martini comenta que uma ferramenta que pode ser utilizada para seguir adiante com a ação é a formação de uma parceria público-privada (PPP). Por também apresentar benefícios ambientais, se tratando de um veículo leve e que utiliza eletricidade para operar e não combustíveis fósseis, a perspectiva é que seja mais fácil obter financiamentos de bancos públicos que apoiem conceitos de energia limpa. Coester acrescenta que a retomada da economia mundial, pós-pandemia de coronavírus, será “verde”, ou seja, com maior atenção ao meio ambiente.
Também presente ao evento, o secretário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre, Luiz Fernando Záchia, adiantou que a capital gaúcha, até 12 abril de 2022, deve aprovar uma lei efetivando um plano de mobilidade urbana que definirá diretrizes, qualificando a cidade para receber financiamentos federais para ações que serão desenvolvidas nessa área.

Porto Alegre expandirá em 10 quilômetros malha de ciclovias neste ano

Um dos problemas de mobilidade na capital do Rio Grande do Sul, constatado pelo secretário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre, Luiz Fernando Záchia, é a falta de ligação entre muitos segmentos da malha cicloviária do município. “Há trechos que não levam a lugar algum”, critica. Para 2021, a prefeitura porto-alegrense prevê implementar mais 10 quilômetros em ciclovias, com isso a extensão total passará de 58,73 quilômetros para 68,73 quilômetros.
Outro modal que será foco de estudos pelo poder municipal é o hidroviário. Entre os locais que poderão contar futuramente com conexões a partir desse tipo de transporte estão a Ilha da Pintada, Tristeza, Ipanema, Belém Novo e Parque Marinha do Brasil. Já quanto ao Centro Histórico da Capital, o secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos de Porto Alegre, Cezar Schirmer, admite que um dos maiores desafios da região é a mobilidade urbana. Apesar de ser uma área pequena, com cerca de 2,3 quilômetros quadrados, o bairro registra a presença diária de aproximadamente 350 mil pessoas. “A questão da mobilidade precisa ser resolvida para não atrapalhar qualquer proposta de revitalização da região”, defende Schirmer. Para se ter uma noção da complexidade logística do Centro Histórico, ele conta hoje com 19 terminais e 203 paradas de ônibus, além de 51 pontos de táxis.
Ainda quanto à mobilidade, uma proposta que está sendo avaliada é transformar a antiga linha do aeromóvel construída nas proximidades da usina do Gasômetro, na década de 1980, em uma espécie de museu sobre o assunto. Quanto ao futuro, o coordenador da Comissão de Transportes e Logística da Sergs, João Fortini Albano, prevê que as mudanças de locomoções passarão pelo avanço dos veículos elétricos e mais pessoas adotando as bicicletas ou fazendo seus percursos a pé.