Marca tradicional de Gramado e primeira fabricante de chocolates artesanais do Brasil, a Prawer fecha os seis primeiros meses do ano com uma produção 20% maior de chocolate do que no mesmo período de 2020. Resultado de uma estratégia que tem dado muito certo: a expansão das operações para outras cidades, com foco nos mercados e boutiques.
Antes, 75% da produção da fábrica era comercializada em Gramado, em uma das quatro lojas locais. Agora, cerca de 70% vai para fora da cidade, via lojas físicas ou e-commerce. "Com a chegada da pandemia da Covid-19, decidimos pensar em alternativas, como a de fazer essa expansão para novos pontos de venda em outras cidades. Está dando certo e a perspectiva é crescer ainda mais, pois temos muitas negociações em andamento", projeta a gerente comercial da empresa, Jéssica Sathet.
A nova estratégia comercial vem sendo trabalhada há dois anos e foi intensificada em 2020. Os avanços estão alinhados com a percepção dessa mudança de hábitos dos consumidores. "Muitos clientes estão frequentando praticamente só os mercados neste momento da pandemia, e a nossa decisão foi de colocar a Prawer mais nessa rotina deles", conta.
Atualmente, a fabricante de chocolate está presente em mais de 200 pontos de venda no Brasil, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, com lojas e mercados premium. Em São Paulo, por exemplo, está na Eataly e, em Santa Catarina, na rede de supermercados Angeloni. A expectativa é poder anunciar em breve a presença da marca na rede Zaffari.
Para chegar até estes pontos de venda, a empresa adaptou processos e otimizou uma das linhas de produção, com volume de escala para atender mercados, empórios e lojas multimarcas. Além disso, criou a linha de produtos Essencial, focada no varejo. "Mantivemos a essência do artesanal, mas com processos produtivos mais ajustados dentro da fábrica, e lançamos uma linha pensada para levar a qualidade do nosso chocolate, que atende o paladar dos nossos consumidores, mas com uma embalagem própria para estes novos estabelecimentos", explica Jéssica.
Outro foco da expansão da empresa foi turbinar as ações na internet. Hoje a Prawer vende 200% a mais pelo e-commerce do que em 2019, no período pré-pandemia. O site vendia R$ 10 mil por mês, passando para mais de R$ 130 mil na Páscoa, por exemplo. "Nos preparamos para fazer esse relacionamento com o cliente nos canais digitais de forma mais efetiva", conta.
Segundo ela, um dos grandes diferenciais da Prawer, que agora irá concorrer com diversas outras marcas de chocolate nos supermercados, é o fato de estar há 45 anos no mercado, sempre mantendo a essência do artesanal.