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Economia

- Publicada em 17 de Junho de 2021 às 16:23

Crise elétrica pode dificultar retomada do crescimento econômico

Térmicas são apontadas como uma saída para evitar racionamento

Térmicas são apontadas como uma saída para evitar racionamento


STÉFERSON FARIA/AGÊNCIA PETROBRAS/JC
Jefferson Klein
Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, a recuperação da economia brasileira neste momento é uma perspectiva muito concreta. No entanto, um obstáculo que pode se interpor no caminho desta retomada é a insuficiência hídrica que afeta a disponibilidade da geração hidrelétrica no País. Especialistas na área de energia apontam a produção termelétrica como uma ação necessária para mitigar eventuais riscos de desabastecimentos no Brasil.
Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, a recuperação da economia brasileira neste momento é uma perspectiva muito concreta. No entanto, um obstáculo que pode se interpor no caminho desta retomada é a insuficiência hídrica que afeta a disponibilidade da geração hidrelétrica no País. Especialistas na área de energia apontam a produção termelétrica como uma ação necessária para mitigar eventuais riscos de desabastecimentos no Brasil.
“Não tem energia ruim, o ruim é não ter energia”, defende o diretor-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. O dirigente afirma que não se deve abrir mão da expansão das fontes renováveis, porém a confiabilidade do sistema elétrico nacional se dá através das termelétricas. Pires destaca que o racionamento enfrentado pelo País, em 2001, ocorreu por não se ter disponibilidade de usinas dessa natureza naquela época.
Já o diretor-presidente da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget), Xisto Vieira Filho, detalha que o maior problema enfrentado atualmente quanto à oferta hídrica concentra-se nos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste. No momento, a capacidade desses reservatórios verifica um patamar muito baixo, de 30,5%. O dirigente salienta que se não fossem as termelétricas esse percentual estaria hoje em torno de 5%. “As térmicas realmente estão salvando o sistema, como sempre fizeram”, frisa Vieira Filho.
Os integrantes da Abraget e do CBIE estiveram entre os participantes do debate: “A importância da energia térmica na estabilidade e garantia do sistema elétrico brasileiro”, realizado nessa quinta-feira (17) pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs). Também presente ao evento, o ex-diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, sustenta que é fundamental administrar o uso da água com antecedência e é preciso desmistificar o tema termeletricidade. “É uma matriz elétrica (nacional) com todos os tipos de fontes e temos espaço para todas”, comenta. O CEO da Thymos Energia, João Carlos de Oliveira Mello, concorda quanto à importância das térmicas. “Se não houver essa tecnologia, vamos ficar dependentes da natureza, se chove ou não chove, o que é um desgaste desnecessário”, considera Mello.
Por sua vez, o CEO da Empresa Brasileira de Gás Natural (EBGN), Ricardo Pigatto, enfatiza que ao analisar o custo da termeletricidade (mais alto do que algumas renováveis) é preciso levar em conta todos os conceitos envolvidos com o aproveitamento de uma fonte como, por exemplo, a segurança propiciada ao sistema elétrico. Ele aponta o gás natural como um combustível de transição fundamental dentro do setor.
Quanto a novos empreendimentos térmicos projetados, foi citado na ocasião o complexo Nova Seival, que está previsto para ser construído em Candiota e ser alimentado com carvão mineral. O diretor-executivo da Energias da Campanha (empresa responsável pela iniciativa), Roberto Faria, informa que o investimento estimado nessa unidade é de aproximadamente R$ 6,5 bilhões. A planta terá capacidade para 726 MW (cerca de 20% da demanda de energia elétrica do Rio Grande do Sul).
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