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Economia

- Publicada em 14 de Junho de 2021 às 18:06

Ocean Winds avalia projeto de energia eólica offshore no Rio Grande do Sul

Estado tem 17 empreendimentos tramitando no Ibama

Estado tem 17 empreendimentos tramitando no Ibama


MORTEN JUHL/AFP/JC
Jefferson Klein
Parece que é apenas uma questão de tempo para que projetos de energia eólica offshore (sobre superfícies líquidas como oceanos e lagoas) possam ser uma realidade no Rio Grande do Sul.
Parece que é apenas uma questão de tempo para que projetos de energia eólica offshore (sobre superfícies líquidas como oceanos e lagoas) possam ser uma realidade no Rio Grande do Sul.
Na tarde dessa segunda-feira (14), representantes da empresa Ocean Winds, uma joint-venture formada pela Engie e a EDP Renováveis, fizeram uma videoconferência com o governador Eduardo Leite falando sobre seu projeto que totaliza cerca de 7,2 mil MW (quase o dobro da demanda média de energia dos gaúchos) no Litoral Norte do Estado.
O secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior, destaca que essa aproximação faz parte do plano do Estado em atrair empreendimentos dessa área e salientar as possibilidades regionais de infraestrutura para que as ações de montagem desses complexos possam ser desenvolvidas localmente.
Para se ter uma ideia da relevância dos investimentos nesse segmento, cada MW offshore instalado representa cerca de R$ 10 milhões em aportes. O deputado federal Alceu Moreira (MDB), que também acompanha a questão, detalha que o projeto da Ocean Winds, que ficará situado no mar, na costa de Tramandaí, será constituído por uma base fixa e outra flutuante.
Já o presidente do Sindicato das Indústrias de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Guilherme Sari, enfatiza que, de acordo com o atlas eólico gaúcho, o Estado possui diversas áreas interessantes para o emprego da energia offshore. “Não existe no Brasil um potencial parecido”, frisa o dirigente. Não é apenas a costa marítima que tem características favoráveis para esse tipo de geração, mas também as lagoas.
Se forem consideradas alturas de 100 metros para captação do vento e águas com profundidades de até 50 metros, no mar o Rio Grande do Sul teria potencial para gerar 80,3 mil MW, além disso as lagoas apresentam boas perspectivas. A maior da América do Sul, a dos Patos, tem potencial para gerar até 24,5 mil MW, e a Mirim teria capacidade para 7,3 mil MW e a Mangueira para 2,1 mil MW.
Sari argumenta que projetos offshore em lagoas não são tão complexos do que os realizados no oceano, por envolverem menores profundidades, estarem mais perto dos pontos de conexão do sistema de transmissão de energia, além de não enfrentarem o problema de desgaste do equipamento com a salinidade.
Ainda, conforme dados do Sindienergia-RS, hoje tramitam no Ibama cerca de 42 mil MW em empreendimentos de energia eólica offshore no Brasil para serem licenciados, sendo que desse total cerca de 11,4 mil MW encontram-se na costa marítima gaúcha.
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